O suicídio
Entre as ações que mais intrigam nossa capacidade de compreensão, o ato de atentar contra a própria vida, sobressai. Embora grandes frustrações ou dores pareçam justificá-lo, ao menos em parte, permanece o fato de que é um gesto difícil de defender. A uns, parece covardía, a outros, coragem. O imperador Napoleão Bonaparte disse uma frase interessante a respeito: "Não há nada de grandioso em acabar com a própria vida, como quem perdeu tudo no jogo; resistir a um infortúnio imerecido, requer muito mais coragem."
O fato é que muitas pessoas famosas cometeram suicídio, o que, portanto, é de domínio público. Celebridades como Inger Stevens, Judy Garland, Marilyn Monroe; políticos como Getúlio Vargas, Adolf Hitler, etc… sem falar em mortes por overdose de drogas, que também é uma forma de suicídio. Entre esses casos destacam-se Elvis Presley, Elis Regina, Raul Seixas, Kurt Cobain…
Quaisquer que sejam as razões que ensejam, transferir a esperança, da vida para a morte, chama atenção quando são pessoas de posses, de renome; portanto, mortes não motivadas por privações sociais básicas. Uns buscam com isso, escaparem das dores emocionais, da solidão; outros, por estranho que pareça, conquistar prazeres, glória. Esses últimos, são os que se sacrificam por uma causa, como os homens-bomba, por exemplo, aos quais se promete grandes recompensas nos "Jardins de Alá".
De qualquer forma, é uma grande temeridade apostar todas as fichas no que não conhecemos; o que existe do outro lado da vida, ou no fato de que nada mais existe. Para nós cristãos, há uma fonte fidedigna de informações, que afirma a permanência da existência após a morte do corpo - A Bíblia Sagrada. E mais, que todos serão julgados segundo suas ações enquanto vivos.
Quando o Senhor ordena: "Ama teu próximo como a tí mesmo", deixa implícito que amar a si mesmo é condição inata do homem, tal, que serve de padrão para como se deve amar o semelhante. Ninguém, pois, odeia a si mesmo, o que pode odiar, eventualmente, são circunstâncias sofríveis, que o privem de viver como gostaria. Mesmo que esses infortúnios advenham alheios à vontade humana, não justificam o suicídio. Segue sendo uma ação arbitrária, oposta ao querer de Deus, como o Senhor Jesus fêz questão de frisar: "O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenhais vida… " (Jo 10; 10) Quem abraça a fé genuína no Salvador, em momento algum cogita nesse recurso extremo, por mais dores que possa sofrer. O que o Senhor demanda dos seus, não é que se matem; mas, que neguem-se, entregando a Ele a regência de suas vidas, uma vez que é sábio e confiável o bastante para dirigí-las. Já o Ladrão, labora com a lógica de uma das prostitutas, que pleiteou a posse de um filho que não era seu, perante o rei Salomão. Ela preferia ver a criança morta, a vê-la nos braços da verdadeira mãe. Assim ele, Satanás, labora para arrastar pessoas à detruição, e não vê-las servindo a Jesus, o único e verdadeiro Senhor.
Resta, então, encararmos a possibilidade de suicídio, como uma tentação do maligno; e, se cedermos à tal, haveremos de prestar contas; uma vez que só tem autoridade sobre a vida quem a criou, Deus.
Em suma: Como fuga, conduz ao fim da possibilidade de salvação, pois, como diz um ditado popular, enquanto há vida, há esperança. Como busca, revelar-se-á insanidade, porque ao invés de entrar num jardim de delícias como herói, o tal adentra ao Eterno Tribunal, como assassino. "Duas coisas são infinitas: O universo e a estupidez humana; não estou muito certo quanto ao universo." (Einstein)