Que bom Senhor!
Que bom Senhor, saber que não és como o homem.
Em nossa fragilidade humana, somos tendentes a não esquecermos as falhas cometidas contra nós e muitas vezes agimos como se aquele que nos feriu fosse incapaz de arrepender-se. Tornamo-nos céticos quanto a sua mudança.
Em situação de “risco”, ou semelhante a situações passadas, calculamos suas atitudes alegando “conhece-la” bem e dificilmente cremos que possa ser diferente.
Ah! Senhor, como te agradeço por saber que Tu não és como nós, homens! A tua Palavra nos diz que ao nos arrependermos, Tu lanças no mar do esquecimento todos os nossos pecados e deles não te lembras mais.
Existe até mesmo um paradoxo maravilhoso entre a tua lembrança e o teu esquecimento, pois ao mesmo tempo em que Tua Palavra nos diz que Tu te esqueces dos nossos pecados, lembras com exatidão todos os nossos atos nobres. Nem mesmo um copo d’agua dada aos pequeninos, poderia fugir da tua generosa lembrança. Há até galardão para isso.
Lembro-me agora de um servo Teu chamado Pedro. Talvez, poucos dos teus seguidores tenham cometido tantos erros, mas poucos falaram com tanta coragem e segurança acerca de Ti, e a prova de que somos mais tendentes a ver mais as faltas, é que, muitas de nossas mensagens falamos mais dos erros desse servo de que suas atitudes gloriosas.
Fico profundamente tocada ao lembrar mais uma vez, Senhor, que Tu não és como nós homens, e nem eras um simples homem. És Deus e vês como tal.
Após os fracassos de Pedro, a tua Palavra registra o maravilhoso encontro no mar da Galileia, depois de tua ressurreição. Estavas frente a frente com aquele que por vezes tinha falhado contigo, mas, após um curto dialogo, Tu o consolas e o surpreende: Pedro apascenta meus cordeirinhos!
Lançavas no mar do esquecimento todas as falhas daquele homem, ficando apenas a lembrança de alguém que apesar de tudo te amava e desejava te seguir...
Que bom Senhor que não és como o homem!
Silvana Sales.