Semblante
“... E atentou O Senhor para Abel e para sua a oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante. E O Senhor disse a Caim: por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? (Gênesis 4:5-6).
Estou certa de que o semblante é uma externação do que está dentro de nós. Caim, o primeiro homicida, mostrou-nos claramente isso. Um aspecto tombado pelo peso da sua ira.
Nosso semblante denuncia-nos quando estamos, preocupados ou aliviados, saudáveis ou enfermos, tristes ou alegres, animados, ou vencidos pelo desanimo, ou mesmo ressentidos, e serve-nos de sinal, uma espécie de alerta quando as coisas não vão muito bem dentro de nós.
É lamentável o momento em que vivemos. A era do culto ao corpo e nada parece mais importante aos homens que tentar mascarar seu estado interior supervalorizando a aparência exterior. Intervenções cirúrgicas, academias, técnicas de maquiagem parece tomar o lugar daquilo que deveria ser o mais importante, o cuidado com o coração. E todo esse esforço é vão, pois tais artifícios seriam incapazes de transformar um coração triste, amargurado, ou preocupado, num semblante feliz e tranquilo.
Segundo o escritor de provérbios, o coração alegre, aformoseia o rosto. Não existe um meio mais simples de alcançar a verdadeira beleza senão por esse intermédio. E é obvio que o conceito de alegria na Bíblia é completamente diferente da noção de alegria que o mundo tem. Essa, a alegria de que trata as Escrituras é fruto de um encontro pessoal e legitimo com Cristo.
Por tudo isso fica-nos dois importantes conselhos:
Cuidemos do nosso interior. Cultivando sentimentos saudáveis para que possamos expressar em nossa face o que de melhor Deus nos concedeu. E que sejamos sensíveis o suficiente para observar nos semblantes aquilo que por alguma razão os lábios silenciam.
As expressões nos falam muito mais do que palavras.
Silvana Sales.