A Palavra, e as reações

“Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi;...”

São diversas as possibilidades de reação à Palavra de Deus, dependendo do ser de cada um. No caso de Habacuque, foi de temor e o fez orar. Nos dias de Jeremias, o Senhor ordenou que ele escrevesse tudo o que profetizara até então. O profeta ditou, Baruque escreveu, depois, leu ao povo no templo. Os príncipes pediram nova leitura particular, e , alarmados, disseraram que se lesse na presença do rei Jeioaquim. “E sucedeu que, tendo Jeudi lido três ou quatro folhas, o rei cortou-as com um canivete de escrivão, e lançou-as no fogo que havia no braseiro, até que todo o rolo se consumiu no fogo que estava sobre o braseiro.” Jr 36; 23 Outro rolo foi escrito com acréscimos, e seu juízo não foi mudado. Quantos em nossos dias mostram igual petulância e loucura, falando com desprezo da Palavra de Deus! Do seu modo, também queimam. Outros, Não a rejeitam totalmente, mas, validam-na, segundo suas predileções. Nos dias de Micaías havia muitos profetas faceiros que só viam prosperidade, igualzinho aos de hoje; Josafá desejou outro e inquiriu Acabe sobre sua existência. “...Ainda há um homem por quem podemos consultar ao SENHOR; porém eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom,...” II cron 18; 7 Os da escola de Acabe decidem o que querem ouvir. O espiritismo lança mão de muitos textos bíblicos que lhes convém, os que denunciam como errada sua doutrina, rejeitam. De igual modo os gays, gostam muito de um trecho que fala que Deus é amor, e rejeitam dezenas sobre justiça, santidade, e os que denunciam ao homossexualismo como infame, escandaloso. “Nem só de pão viverá o homem mas de toda a palavra que procede da boca do Senhor...” Luc 4; 4

Deus não está mendigando aceitação, nós a carecemos, pois somos pecadores. “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca?” Sal 50; 16

Se queremos viver impiamente, Deus tolera , mas, incluamos-nO fora disso; Ele gosta de ser respeitado. “O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu temor?” Mal 1; 6 Se O não queremos honrar, ao menos não profanemos. Há também os competidores, os “descobridores” dos mistérios de Deus. Ainda hoje acham “novidades” teológicas, sendo incapazes de se restringir ao que foi mandado. Embriagados com suas “visões”, ignoram a mensagem clara. Belsazar, rei em Babilônia, ébrio pediu a leitura de uma mensagem misteriosa; ninguém conseguia, até que se lembraram de Daniel. “Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou.” Dn 5; 26 “Então mandou Belsazar que vestissem a Daniel de púrpura e proclamassem que seria o terceiro dominador no reino.” 29 Ora, Daniel acabara de dizer que o reino de Belsazar tinha acabado, ele vibrou com a interpretação do profeta, e ignorou o conteúdo da mensagem. Como se fosse um joguinho entre ele e Deus. Como se dissesse, morta a charada, Senhor, manda outra. Daniel é o cara, tá vendo o que tenho em meu reino? Ora, Daniel era servo de Deus, por isso foi dada a interpretação a ele. A “promoção” de Daniel ficou pra depois, porque se cumpriu cabalmente a mensagem. Alguns são tão obcecados com suas inclinações, que nem Cristo em Pessoa conseguiria suas atenções para uma mensagem diferente de seus umbigos. Ah se aprendêssemos uma reação contrita como Davi, quando denunciado seu pecado por Natã! Quem sabe submissa como Faraó, que ouviu a interpretação profética de José, a acatou seu conselho identificando o Espírito de Deus. Nós confundimos informação com conhecimento. Ele disse: “Se vós permanecerdes em minhas palavras verdadeiramente sereis meus discípulos, conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”Jo 8; 32 Saber é informação, conhecimento, é relação. Eu posso mediante informação, dizer que Bogotá é a capital da Colômbia; mas não conhêço a cidade, nunca estive lá. De igual modo, saber de cor, textos bíblicos não salva nem santifica ninguém. Permanecer na palavra é viver, experimentar resultados práticos leva a conhecer. O senhor na história das duas casas disse que mero ouvir sem praticar, é “alicerçar” na areia, ou seja, edificar sem fundamento. Mas, muitos fazem concessões “politicamente corretas” para fugirem da pecha de fundamentalistas. Que vergonha! Não vivamos um evangelho enlameado, sem fundamento. Saibamos o que significam as palavras do salmista. “...Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha,...” 40; 2