M I R A G E M

PALAVRAS DE VIDA

Pastor Serafim Isidoro.

M I R A G E M

"Disse o néscio em seu coração: Não há Deus"...-

(Davi, rei de Israel).

O horizonte é uma miragem, disse-me em outro dia um amigo piloto aviador. Embora tenha viajado um bocado, não me lembro de ter-me deparado algum dia com a experiência de ter uma alucinação, seja no mar, em terra ou no ar. Na realidade, eu nunca tive tal experiência. Mas a miragem, aí está.

Na prática, a vida futura, a vida após a morte para alguns, constitui-se uma miragem. Vislumbram jardins, como Zoroastro e as pessoas; ou os horrores, como Dante Alighieri. Para uns e para outros, o futuro porvir assemelha-se a esta vida que conhecemos, com suas nuances boas ou más. Na verdade, este entendimento já é uma miragem.

Não podemos entender o que se passa na mente de uma pessoa que se diga atéia. Também não entendemos o que se passa no interior de uma pessoa que haja nascido cega. A idéia central em um ser humano, seja turco, judeu, oriental, africano ou asiático, é a idéia de deus. Esta nos veio independentemente de religião, de raça ou de cor. É inata em todos os povos de todas as gentes, de todas as épocas.

Indagando a determinado cidadão se podia crer, o Mestre recebeu a interessante resposta: "Eu creio Senhor; ajuda a minha incredulidade". O que faz a diferença entre o ateu e o crente, é Jesus. Na sociedade brasileira, aventuramo-nos afirmar, nem é mesmo a figura de um deus, mas a pessoa viva, sensível e presente do Senhor, Jesus o Cristo.

O opposite, o contrário, o inverso da fé, é a razão. O ateu quer ser racional. Quando estudávamos no grupo escolar de nossa cidade natal, usávamos repetidas vezes uma borracha para apagar o que nos parecia errado em nossos escritos. Na lousa, usávamos o apagador feito de flanela. Agora usamos o delete, no computador. Aquele outro usa a razão, a lógica, o raciocínio dedutivo, conclusivo para apagar a idéia de Deus. E diz ter conseguido tal façanha. Deus não lhe aborrece...

Dizemos, com nosso Mestre, que são bem-aventurados, felizes, euloguetos, os olhos que podem ver e os ouvidos que podem ouvir. Os que têm a fé. Paulo, apóstolo doutrinador maior da Igreja assevera que a esperança oriunda da fé, é como uma ancora que penetra além do véu. Além da miragem existe o fatível, depois da morte. Esta, o horror que por certo, o ateu terá que enfrentar. A segurança dele está apenas no resfolgar do dia presente. Cessado este, o futuro lhe é uma incógnita.

Se morrer com esperança em Jesus nos dá esperança de uma ancora, o morrer sem Ele será ponto final de alguém que viveu sem Deus e sem esperança no mundo. A porta que a morte lhe abrirá, ele só a conhecerá naquela ocasião.

Só Jesus.

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