A carga é sua

“Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los;” Mat 23; 4

É mais fácil jogar sobre ombros de terceiros nossas cargas que as tomarmos com o devido esforço. Nesse caso, o “trabalho” consiste em não fazer força alguma. Se tivermos que avaliar uma situação peculiar e pudermos fazer isso apenas rotulando como semelhante a outra qualquer, estaremos eximidos de pensar, e quiçá, julgar com o devido cuidado. Tendemos, à projeção de experiências. Alguém que conviveu com um mau pastor, diz que são todos uns hipócritas. Quem jamais ouviu a frase “todos os homens são iguais”, ou, “toda mulher trai”? Essas “máximas” surgiram, fruto de projeções experimentais incidindo sobre todo um gênero, conduzidas adiante, por mentes descuidadas, não afeitas a pensar. Se tomarmos o nome Faraó, por exemplo, a primeira idéia que surge ,e de um déspota, tirano, opressor do povo de Deus. Contudo, um deles, deu um exemplo de fé e obediência notáveis. Ele tivera dois sonhos que ninguém soubera interpretar, e informado dos dons de José o hebreu prisioneiro, mandou chamá-lo. O filho de Jacó, na graça do Espírito de Deus, não só interpretou os sonhos do Faraó, como se fez seu conselheiro, recomendando a escolha de alguém ajuizado e sábio para condução dos rumos do país. Ao invés de questionar ou sentir seu orgulho de governante-mor, ferido, disse: “... Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus? Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu.” Gen 41; 38 e 39 Ele, pois, recebeu o conselho de Deus, obedeceu e escolheu a José como governador. Se generalizarmos, pois, ao decidirmos sobre faraó, seremos injustos com esse, ao menos. Mas, no quesito projeção de experiências e fuga das cargas, nada se equipara ao tema do momento, o homossexualismo. Alguns sofrem violência, é certo, sobretudo, de fanáticos neo-nazistas, os Skinheads, que, de fato, são homofóbicos. No rastro disso, todo e qualquer que tiver posição contrária ao comportamento gay, recebe o mesmo rótulo que os assassinos. A pretexto de evitar violência, se tenta coibir o pensar e expressar idéias. Isso coloca assassinos e cristãos no mesmo barco, afinal, seriam todos “intolerantes”. Acontece que o “modus operandi” dos primeiros aquilata aos gays como dignos de morte; enquanto os segundos, como alvos da salvação. Deve haver alguma diferença nisso. No aspecto das cargas, todo cristão é ensinado a mortificar a natureza em troca da expressão de Cristo em nós. “negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” Luc 9; 23 Alguns advogam que nasceram assim e que isso lhes é um comportamento natural; negar sua presumida natureza, sequer cogitam. Tudo bem, é um direito deles. Agora, nos imputar inverdades, desconhecendo que mortificamos nossas naturezas propensas a toda sorte de pecado e ainda tentar nos coagir a negarmos Deus? Sim, para nós, alterar Sua Palavra equivale a negá-lO. Isso já foi tentado com os leões de césar, com a fogueira do “santo padre” e não deu. Conseguiriam com passeatas? Se lograrem tal feito, tolher nosso temor a Deus, poderemos agir até mesmo como os Skinheads, pois,seremos meros animais; “O homem que ... não tem entendimento, é semelhante aos animais, que perecem.” Sal 49; 20 Nosso entendimento acerca da vontade de Deus é que nos leva a amarmos os gays e exortá-los à mudança. A lei dos homens? Alguém já definiu de modo insuperável: As leis são como teias de aranha; apanham os insetos pequenos, os grandes rompem-nas. Ao afrontar Deus e zombar de nossa fé, usam seus aríetes contra os muros que os protegem. Atuam de modo suicida não apenas espiritualmente. Seria mais fácil ignorá-los afinal, se eles se perderem serão eles, mas essa indiferença destoaria dos preceitos de Cristo. “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” Gal 6; 2 Eu gostaria que qualquer deles, quando me visse desviar dos ensinos do Salvador me exortasse a voltar atrás, e o mesmo prometo fazer, para ser coerente com o que aprendí do Senhor. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7; 12

“Tem que haver coerência entre o pensamento, as palavras e as atitudes. Senão, pensar pra quê?”

Edith Vaz de Araujo

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 14/06/2011
Código do texto: T3033549