Oficinas de Oração e Vida I
Oficinas de Oração e Vida I
Por: Egídio Garcia Coelho
www.motivacao.org
Dentro do nosso desenvolvimento espiritual, passamos por muitos degraus e estou aqui dando início a uma série de publicações com o mesmo título numa seqüência, revelando minha experiência dentro das Oficinas de Oração e Vida, criadas pelo Frei Ignácio Larrañaga.
Acredito ter sido em fevereiro de 1999, pouco mais de dois anos após minha mulher ter sofrido três intervenções cirúrgicas devido a um câncer de mamas, sendo a última no Hospital do Câncer em São Paulo, quando experimentamos o que pensávamos ser a maior catástrofe de nossa existência em agosto de 1996.
Hoje percebemos o quanto foi gratificante tal experiência que nos levou a uma alteração bastante significativa em nossa maneira de ser e viver, pois com três filhos de 15, 13 e 9 anos, até então não tínhamos a noção da verdadeira responsabilidade de pais.
Eu também na profissão de consultor e como educador ainda costumava usar frases como: "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".
Chegávamos a ser considerados um casal modelo, tanto que até cursos de casais chegamos a ministrar e bastou que uma turbulência nos pegasse de jeito para que tudo fosse despencado, levando-nos a repensar e reestruturar muito do que até então tínhamos como verdade e também perceber que quando se trata de desenvolvimento espiritual, deve haver muita seriedade e firme propósito com rigorosa disciplina acima de qualquer coisa.
Quero deixar claro que minhas publicações não serão tendenciosas para converter ninguém a religião católica do Frei Inácio Larrañaga e da minha família, mesmo porque hoje embora venha freqüentando regularmente a mesma religião junto com a família, não me submeto mais a nenhuma doutrina e sequer aceito uma instituição religiosa como intermediaria do
Reino de Deus, tendo consciência de que está dentro de cada um o verdadeiro Templo Sagrado, sendo cada religião importante no que se pode dizer, para "religar ao divino", porém, submeter-se a elas gera fanatismo e estagnação na jornada.
Uma vez religado ao divino cada pessoa pode seguir seu próprio caminho desde que se mantenha ligado numa constante sem se julgar auto-suficiente e deverá ser extremante disciplinada, tendo ainda consciência de que a força de uma assembléia se faz necessária na manutenção das energias e raízes profundas dogmáticas que se esquecidas poderão causar conflitos internos de graves conseqüências.
Embora uma das primeiras providências para se poder furar o teto filosófico imposto pelas religiões sejam vencer os dogmas, nunca conseguiremos apagá-los na profundidade genética que pode ser milenar e sempre estarão nos influenciando num nível imperceptível. Daí o motivo que me faz permanecer fiel freqüentador da igreja apreciando a boa vontade e dedicação de tantos que se submetem a uma vida religiosa com a bonita intenção de melhorar a qualidade de vida no planeta, mesmo sabendo que muitos são equivocados sinceros. E estaria mentindo se não afirmasse aqui existirem muitas verdades que me são ditas e experiênciadas com os rituais religiosos que acompanho.
No trabalho desenvolvido dentro das Oficinas da Oração e Vida, depois da leitura de determinados textos bíblicos e uma obordagem do(a) líder coordenador(a), é dado um espaço para reflexão onde se pode fazer espontaneamente uma oração em cada uma das 12 (doze) Sessões semanais e no programa foram (são) incluídas tarefas de casa com leituras, reflexões e orações escritas, sendo estas (minhas), as que estarei publicando na seqüência. Também foram (são) feitas algumas interpretações dos textos bíblicos, segundo o entendimento e compreensão de cada um e pretendo revelar aqui algumas que alcancei naquela tão importante fase do meu desenvolvimento espiritual que tive o privilégio de experimentar.
Julho/2005
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