Dez vantagens dos falsos profetas

I) Densidade demográfica, como diz um comercial “os bons são maioria” e seus pares enchem a terra. Elias em seus dias lutou só, contra 850, Micaías também enfrentou uma multidão de falsários.

II) Produção mais fácil, uma vez que não precisam buscar “na fonte” basta repetir o que outro igual já disse e “deu certo”. “um edifica uma parede, eis que outros a cobrem com argamassa não temperada;” Ez 13:10

III) Aceitação maior. Sua rejeição é insignificante uma vez que nunca estão na brecha, nunca “tocam na ferida” para se manterem populares. “E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” Jr 6; 14

IV) Seus erros podem ser diluídos, em alguns casos jogam com a falta de fé dos destinatários, em outros, com o tempo, tática antiga, aliás. “...Percebo muito bem que vós quereis ganhar tempo; porque vedes que o assunto me tem escapado.” Dn 2; 8

V) Suas recompensas são mais rápidas uma vez que estão nessa vida, de modo que ostentam os frutos de seus ministérios diante de todos. Seus antepassados aliás, tinham estabilidade e salário estatal. “também os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel. “1 Reis 18:19

VI) Nada ameaça sua sobrevivência, podem jogar com a Palavra, acusando de falsos aqueles que os denunciam. “Não te enviou o SENHOR, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras. “Jer 28:15

VII) Suas possibilidades são imensas. Podem dizer a coisa certa no contexto errado;

VIII) Dizer a coisa certa no contexto certo, com a intenção errada;

IX) Dizer no contexto certo com aparente motivação certa, a coisa errada.

j) Por fim, suas mensagens são facilmente aceitas pelo sabor. É como tratar de uma criança enferma que precisa desesperadamente de uma injeção, e perguntar se ela prefere chocolate, o ímpio escolher entre o veraz e o enganador.

Em suma, é fácil bradar ufano, que o mar vai se abrir, que verterá água da rocha, que Deus é com esse ou aquele; difícil é ser impregnado da ‘mente de Cristo’ segundo a Sua Palavra, estando atento, vigilante em toda brecha que houver, mandando às favas o aplauso humano, e a ditadura do “politicamente correto” em nome do espiritualmente sadio.

Esse ofício pode enviar às cavernas, como fez ao maior deles, João Batista, depois, no auge de seu ministério, perder a cabeça, por amor à verdade.

Diametralmente oposta é essa leva insípida, que “perde a cabeça” em busca de aplauso e aceitação. Aquele que sabe-se aceito por Deus, não mendiga afeto humano. Faz seu trabalho de modo decente, e seus frutos ainda que amargos são certos. “Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então saberão que houve no meio deles um profeta.” Ez 33; 33

Deve significar algo, pois, a advertência do Senhor sobre o caminho largo e o estreito... "Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que é mentira, este é um criminoso." (Bertolt Brecht)