A 3a aparição de Jesus aos Apóstolos*
Reflexões sobre o Evangelho Segundo São João - 16a semana)
“Depois disso, tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe eles: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam. Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram. Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer? Não, responderam-lhe. Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas. Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados). Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes. Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: Quem és tu?, pois bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe. Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.” (Jo 21,1-14)
Queridas irmãs, queridos irmãos:
Esta passagem do Evangelho de São João traz-nos a terceira aparição de Jesus Cristo aos apóstolos, após sua ressurreição, que pescavam às margens do mar de Tiberíades, também chamado de mar da Galiléia.
Após as duas primeiras aparições de Jesus aos apóstolos, sobre as quais refletimos na semana passada, que ocorreram em ambientes fechados, pois encontravam-se trancados, com medo de perseguições, o evangelista João traz-nos a Sua terceira aparição, já no aparente cotidiano daqueles que o seguiram durante Sua vida pública. Porém, tal narrativa apresenta-se, muito mais, como um ensino catequético, do que como uma crônica de um fato ocorrido, o que não foge ao rotineiro formato do Evangelho de São João.
Lembremo-nos que Jesus, segundo o evangelista Mateus, ao caminhar ao largo do Mar da Galiléia (mesmo local de sua terceira aparição), no início de Sua vida pública, encontrou Simão (chamado Pedro) e, seu irmão, André que, por serem pescadores, lançavam sua rede ao mar. Convidou-os, Jesus, para segui-Lo, pois os faria “pesadores de homens”, e assim o fizeram. Logo em seguida, o mesmo fez, Cristo Jesus, com outros dois pescadores – Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João – os quais, igualmente aos primeiros, largaram tudo e seguiram o novo mestre. (Mt 4,18-22)
Já segundo Lucas, no mesmo local e na mesma época da vida de Cristo, às margens do lago de Genesaré (outro nome para o Mar da Galiléia ou Mar de Tiberíedes), ao ser comprimido pelas pessoas ao seu redor, para ouvi-lo, sobe em uma das barcas que se encontrava a beira do lago, a qual pertencia à Simão Pedro, e solicita ao seu dono que se afastasse um pouco da margem, para melhor poder pregar. Logo após sua fala, orientou Simão que jogasse sua rede ao mar, ação que fora feita pelo pescador, de forma relutante, pois alegara sua tentativa, por toda noite, sem sucesso, mas o faria, novamente, pelas palavras proferidas por Jesus. O resultado foi que os pescadores apanharam tanto peixe que, quase, rompera sua rede, a ponto de se verem obrigados a solicitar ajuda aos demais pescadores. Tal fato fez com que Simão Pedro caísse aos pés de Jesus e, deixando tudo para traz, o seguisse. O mesmo ocorrendo com Tiago e João, outros dois pescadores (Lc 5,1-11).
Duas formas, discretamente diferentes, para narrar o fato que iniciou a opção dos quatro primeiros apóstolos de largarem tudo para traz e seguirem Jesus. Cujo encontro primeiro deu-se às margens do Mar de Tiberíedes, com homens humildes, iletrados, mas pescadores e decididos.
Teologicamente, a imagem da pesca está relacionada a lida diária, especialmente ao processo de evangelização e conversão dos irmãos, com vistas a indicá-los o caminho em direção ao Reino dos Céus.
O próprio Jesus Cristo, em parábola narrada por São Mateus, comparou a rede de pesca com o Reino dos Céus que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie (Mt 13,47). Não foi sem razão que Simão, segundo a passagem de Lucas acima citada, alegou que atiraria sua rede ao mar, após uma noite inteira de fracasso na pesca, somente por causa das palavras de Jesus. Com as Suas palavras, certamente, houvera conversões e, com isso, a rede voltaria repleta, o que de fato ocorreu.
Quando proferimos as palavras de Deus, com força, crença, propriedade e autoridade advindas do Espírito Santo, acarretamos mudanças e, como pescadores de homens, possibilitamos o pleno “carregamento” da rede por convertidos (peixes).
Os apóstolos foram escolhidos entre os pescadores, não apenas pela simplicidade de tal oficio, na demonstração de Jesus que a fé, sobrepõe-se à cultura e às posses. Os responsáveis dessa prática foram escolhidos, acima de tudo, pela imagem da pesca de homens, da pesca de convertidos, da pesca daqueles que povoariam “a terra dos justos”, que estaria em condições, após aceitarem Jesus como centro de sua vida, de se encontrarem com o Pai, face a face. Não, somente, uma conversão de momento, uma crença relampejante, ou seja, iluminada, barulhenta, mas passageira. Referimos a uma conversão que muda, que redefine o caminhar, que redireciona a estrada da vida.
Assim sendo, queridos irmãos, mais uma vez, Jesus vai até seus apóstolos, na lida da pesca e, novamente, encontra-os sem nada pescarem. Sozinhos, sem a presença sentida do Santo Espírito, “estavam nus”, ou seja, desprotegidos, sem forças, totalmente despreparados. Como poderiam pecar? Como poderiam converter seus irmãos ao caminho em direção ao Pai? A pesca, nesse caso, além do significado do retorno ao cotidiano, traz-nos, também, a prática da evangelização. Poderiam aqueles homens, sentindo-se fracos e desamparados, atuarem como pescadores de homens? Sequer o Mestre foi por eles reconhecido, pois para vê-Lo faz-se necessário ter fé, ter a certeza de sua presença, condição inexistente, naquele momento, para aqueles que criam em um Deus morto, mesmo já tendo aparecido a eles por duas vezes. Assim como nós, os apóstolos, no inicio de sua jornada, tiveram muita dificuldade para realmente crerem na presença viva de Jesus, após ter vencido a morte!
Assim, mesmo não reconhecido, mesmo com a inexistência da fé esclarecedora e mobilizadora dos apóstolos, Jesus fez-se presente. Pela Sua infinita bondade, Ele se aproximou e procurou auxiliar aqueles homens, orientando-os a pescar e disse: “Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor!”
Lançaram a rede da forma correta, com a fé necessária, com a autoridade devida e, dessa forma, mais uma vez, assim como nas anteriores, recolheram muitos peixes. A verdade fez com que “o amado pelo Senhor” – São João – o reconhecesse. A força que somente de Jesus poderia ter vindo foi identificada, primeiramente, por aquele “mais especial” e, depois, pelos demais. Abriram seus corações e suas mentes para a presença de Deus, pois obedeceram aquele que os orientara e jogaram novamente a rede ao mar. Ao se disponibilizarem, foram capazes de reconhecer a presença de Cristo vivo, bem como de pescarem muito peixes.
É interessante que, apesar da grande quantidade, “a rede não se rompeu”, pois a força divina que nos é dada, não apenas nos torna capazes de transformar nossa vida, de nos possibilitar transmitir a palavra de Deus e de demonstrar, ao próximo, Sua presença viva em nós, mas, também, de enfrentarmos qualquer “peso” ou força contraria, sem que nos “rompamos”, sem que nos esmoreçamos, sem que desistamos. É só confiar! É só ter fé!
Não apenas Jesus procurou seus apóstolos, não apenas os orientou a pescar, mas completa, mais uma vez, com a grande lição de humildade, servindo-os. Ele, Cristo Jesus, deu o pão e o peixe àqueles homens, de forma gratuita, desinteressada e com extrema humildade.
Esse é o Nosso Senhor!
Sempre a nossa disposição, sempre presente e desejoso de nos orientar, de nos fortalecer, de nos amparar. Reconheçamos e aceitemos a Sua presença viva em nossa vida, assim como a missão que Ele nos oferece: a de levá-Lo aos nossos irmãos, com a certeza que Ele estará sempre próximo, cobrindo-nos com sua força, preenchendo-nos com Sua paz e infundindo-nos com Seu Espírito.
Todos somos convidados a “Pescar”, mas se o fizermos contando, somente, com nossas forças, certamente, voltaremos com a rede vazia, o que nos leva ao desânimo e à tentação de abandonarmos tal tarefa. Lembremo-nos, sempre, que Jesus estará conosco, indicando a forma correta de lançarmos a rede. Somente com a presença de Jesus em nossa vida, nossa missão será fecunda e nossa pesca será abundante.
Fiquem com Deus!
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* Evangelho do 3º Domingo da Páscoa do Calendário Litúrgico Ortodoxo.
Reflexões sobre o Evangelho Segundo São João - 16a semana)
“Depois disso, tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe eles: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam. Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram. Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer? Não, responderam-lhe. Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas. Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados). Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes. Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: Quem és tu?, pois bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe. Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.” (Jo 21,1-14)
Queridas irmãs, queridos irmãos:
Esta passagem do Evangelho de São João traz-nos a terceira aparição de Jesus Cristo aos apóstolos, após sua ressurreição, que pescavam às margens do mar de Tiberíades, também chamado de mar da Galiléia.
Após as duas primeiras aparições de Jesus aos apóstolos, sobre as quais refletimos na semana passada, que ocorreram em ambientes fechados, pois encontravam-se trancados, com medo de perseguições, o evangelista João traz-nos a Sua terceira aparição, já no aparente cotidiano daqueles que o seguiram durante Sua vida pública. Porém, tal narrativa apresenta-se, muito mais, como um ensino catequético, do que como uma crônica de um fato ocorrido, o que não foge ao rotineiro formato do Evangelho de São João.
Lembremo-nos que Jesus, segundo o evangelista Mateus, ao caminhar ao largo do Mar da Galiléia (mesmo local de sua terceira aparição), no início de Sua vida pública, encontrou Simão (chamado Pedro) e, seu irmão, André que, por serem pescadores, lançavam sua rede ao mar. Convidou-os, Jesus, para segui-Lo, pois os faria “pesadores de homens”, e assim o fizeram. Logo em seguida, o mesmo fez, Cristo Jesus, com outros dois pescadores – Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João – os quais, igualmente aos primeiros, largaram tudo e seguiram o novo mestre. (Mt 4,18-22)
Já segundo Lucas, no mesmo local e na mesma época da vida de Cristo, às margens do lago de Genesaré (outro nome para o Mar da Galiléia ou Mar de Tiberíedes), ao ser comprimido pelas pessoas ao seu redor, para ouvi-lo, sobe em uma das barcas que se encontrava a beira do lago, a qual pertencia à Simão Pedro, e solicita ao seu dono que se afastasse um pouco da margem, para melhor poder pregar. Logo após sua fala, orientou Simão que jogasse sua rede ao mar, ação que fora feita pelo pescador, de forma relutante, pois alegara sua tentativa, por toda noite, sem sucesso, mas o faria, novamente, pelas palavras proferidas por Jesus. O resultado foi que os pescadores apanharam tanto peixe que, quase, rompera sua rede, a ponto de se verem obrigados a solicitar ajuda aos demais pescadores. Tal fato fez com que Simão Pedro caísse aos pés de Jesus e, deixando tudo para traz, o seguisse. O mesmo ocorrendo com Tiago e João, outros dois pescadores (Lc 5,1-11).
Duas formas, discretamente diferentes, para narrar o fato que iniciou a opção dos quatro primeiros apóstolos de largarem tudo para traz e seguirem Jesus. Cujo encontro primeiro deu-se às margens do Mar de Tiberíedes, com homens humildes, iletrados, mas pescadores e decididos.
Teologicamente, a imagem da pesca está relacionada a lida diária, especialmente ao processo de evangelização e conversão dos irmãos, com vistas a indicá-los o caminho em direção ao Reino dos Céus.
O próprio Jesus Cristo, em parábola narrada por São Mateus, comparou a rede de pesca com o Reino dos Céus que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie (Mt 13,47). Não foi sem razão que Simão, segundo a passagem de Lucas acima citada, alegou que atiraria sua rede ao mar, após uma noite inteira de fracasso na pesca, somente por causa das palavras de Jesus. Com as Suas palavras, certamente, houvera conversões e, com isso, a rede voltaria repleta, o que de fato ocorreu.
Quando proferimos as palavras de Deus, com força, crença, propriedade e autoridade advindas do Espírito Santo, acarretamos mudanças e, como pescadores de homens, possibilitamos o pleno “carregamento” da rede por convertidos (peixes).
Os apóstolos foram escolhidos entre os pescadores, não apenas pela simplicidade de tal oficio, na demonstração de Jesus que a fé, sobrepõe-se à cultura e às posses. Os responsáveis dessa prática foram escolhidos, acima de tudo, pela imagem da pesca de homens, da pesca de convertidos, da pesca daqueles que povoariam “a terra dos justos”, que estaria em condições, após aceitarem Jesus como centro de sua vida, de se encontrarem com o Pai, face a face. Não, somente, uma conversão de momento, uma crença relampejante, ou seja, iluminada, barulhenta, mas passageira. Referimos a uma conversão que muda, que redefine o caminhar, que redireciona a estrada da vida.
Assim sendo, queridos irmãos, mais uma vez, Jesus vai até seus apóstolos, na lida da pesca e, novamente, encontra-os sem nada pescarem. Sozinhos, sem a presença sentida do Santo Espírito, “estavam nus”, ou seja, desprotegidos, sem forças, totalmente despreparados. Como poderiam pecar? Como poderiam converter seus irmãos ao caminho em direção ao Pai? A pesca, nesse caso, além do significado do retorno ao cotidiano, traz-nos, também, a prática da evangelização. Poderiam aqueles homens, sentindo-se fracos e desamparados, atuarem como pescadores de homens? Sequer o Mestre foi por eles reconhecido, pois para vê-Lo faz-se necessário ter fé, ter a certeza de sua presença, condição inexistente, naquele momento, para aqueles que criam em um Deus morto, mesmo já tendo aparecido a eles por duas vezes. Assim como nós, os apóstolos, no inicio de sua jornada, tiveram muita dificuldade para realmente crerem na presença viva de Jesus, após ter vencido a morte!
Assim, mesmo não reconhecido, mesmo com a inexistência da fé esclarecedora e mobilizadora dos apóstolos, Jesus fez-se presente. Pela Sua infinita bondade, Ele se aproximou e procurou auxiliar aqueles homens, orientando-os a pescar e disse: “Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor!”
Lançaram a rede da forma correta, com a fé necessária, com a autoridade devida e, dessa forma, mais uma vez, assim como nas anteriores, recolheram muitos peixes. A verdade fez com que “o amado pelo Senhor” – São João – o reconhecesse. A força que somente de Jesus poderia ter vindo foi identificada, primeiramente, por aquele “mais especial” e, depois, pelos demais. Abriram seus corações e suas mentes para a presença de Deus, pois obedeceram aquele que os orientara e jogaram novamente a rede ao mar. Ao se disponibilizarem, foram capazes de reconhecer a presença de Cristo vivo, bem como de pescarem muito peixes.
É interessante que, apesar da grande quantidade, “a rede não se rompeu”, pois a força divina que nos é dada, não apenas nos torna capazes de transformar nossa vida, de nos possibilitar transmitir a palavra de Deus e de demonstrar, ao próximo, Sua presença viva em nós, mas, também, de enfrentarmos qualquer “peso” ou força contraria, sem que nos “rompamos”, sem que nos esmoreçamos, sem que desistamos. É só confiar! É só ter fé!
Não apenas Jesus procurou seus apóstolos, não apenas os orientou a pescar, mas completa, mais uma vez, com a grande lição de humildade, servindo-os. Ele, Cristo Jesus, deu o pão e o peixe àqueles homens, de forma gratuita, desinteressada e com extrema humildade.
Esse é o Nosso Senhor!
Sempre a nossa disposição, sempre presente e desejoso de nos orientar, de nos fortalecer, de nos amparar. Reconheçamos e aceitemos a Sua presença viva em nossa vida, assim como a missão que Ele nos oferece: a de levá-Lo aos nossos irmãos, com a certeza que Ele estará sempre próximo, cobrindo-nos com sua força, preenchendo-nos com Sua paz e infundindo-nos com Seu Espírito.
Todos somos convidados a “Pescar”, mas se o fizermos contando, somente, com nossas forças, certamente, voltaremos com a rede vazia, o que nos leva ao desânimo e à tentação de abandonarmos tal tarefa. Lembremo-nos, sempre, que Jesus estará conosco, indicando a forma correta de lançarmos a rede. Somente com a presença de Jesus em nossa vida, nossa missão será fecunda e nossa pesca será abundante.
Fiquem com Deus!
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* Evangelho do 3º Domingo da Páscoa do Calendário Litúrgico Ortodoxo.