Páscoa ou Sacrifício Perdido?

Mateus 22.36-40
Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.


Lucas 24.1-6
E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas.
E acharam a pedra revolvida do sepulcro.
E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
E aconteceu que, estando elas muito perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois homens, com vestes resplandecentes.
E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?
Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia,

 
Hoje nós não nos prenderemos diretamente no mandamento que diz que devemos “Amar a DEUS de todo o nosso coração, nossa alma e entendimento” (Mateus 22.37), não que isto não seja importante, aliás, é importantíssimo, mas se não conseguiremos cumprir este mandamento se não seguirmos a todos os ensinamentos da Bíblia.
É muito fácil amar ao próximo quando o meu próximo está morrendo na Líbia, Realengo ou em qualquer outro local distante de mim, onde ele pode ser vítima de guerras, homens bomba, ataques terroristas e fatos afins, neste caso eu amo ao próximo, me compadeço dele e oro para que a paz seja restabelecida naquele lugar. Mas como eu costumo agir quando meu próximo é o meu vizinho, ou se ele está ainda mais próximo, quando ele mora na mesma casa que eu?
Uma das imagens mais lindas que temos acesso é quando encontramos uma família, ou grande parte dela, na igreja, é praticamente impossível não nos lembrarmos das palavras de Josué 24.15 (Eu e minha casa serviremos ao SENHOR), mas como eles vivem fora do templo? Ou se prestarmos atenção nos detalhes, mesmo dentro da igreja a convivência não é muito correta. Muitas vezes nós abraçamos uma pessoa que nunca vimos antes, mas que está visitando a igreja naquele dia, mas para o nosso irmão que está ao nosso lado todos os dias não conseguimos ao menos olhar. Às vezes em casa somos incapazes de falar com um familiar, ou melhor, falamos muito, estamos sempre trocando insultos com eles.
Existem muitos outros exemplos estranhos de amor ao próximo, como quando estamos no ônibus. Eu já reparei que, algumas vezes, quando eu me levanto para que um idoso e/ou deficiente se sente em meu lugar, outros como ele não têm onde sentar, e que pessoas até mais novas que eu não se levantam, às vezes chego a acreditar que nem enxergam aquelas pessoas de pé a seu lado.
O mais triste é que muitas vezes somos capazes de fazer estas coisas ou até coisas piores, e não conseguimos ter uma única ponta de arrependimento ou reconhecimento do erro, mas saímos por aí anunciando o amor de DEUS.
Como eu posso evangelizar o meu próximo do Iraque (Mateus 28.19-20) ou mesmo o meu vizinho, se todos estão vendo que eu não pratico as coisas que falo? Eu apenas a guardo no fundo do baú para que se mantenham intactas.
Mas o que estas coisas têm haver com a Páscoa? Páscoa é a ressurreição de CRISTO (Lucas 24.6), não tem nada haver com tratar mal desconhecidos ou mesmo aos conhecidos. Se você olhar bem, estes assuntos estão interligados, pois como JESUS irá ressuscitar em meu coração se eu o estou matando a cada ato meu?
De que adiantou DEUS sacrificar seu ÚNICO FILHO (João 3.16) se eu me limito a crer me esquecendo que JESUS precisa ressuscitar em minha vida, e que para eu ser salvo preciso nascer de novo (João 3.3)? O sacrifício da cruz teve algum efeito em minha vida?