JULGAS SER ALGUMA COISA?

"PORQUE, SE ALGUÉM JULGA SER ALGUMA COISA, NÃO SENDO

NADA, A SI MESMO SE ENGANA".(Gal.6:3)

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Como já antes(Gal.6.1), fundamenta também,neste caso, o

serviço a ser prestado ao próximo com um olhar sobre o próprio

"eu". Devemos carregar o fardo uns dos outros, porque cada um

de nós não é nada. O que somos recebemos. E o que temos por

nós mesmos, de forma alguma, é decisivo para DEUS. Querer

gabar-se de seu estado cristão ou da sua perfeição, querer

inclusive, medir-se com outros, seria um engano fatal.

Embora o apóstolo Paulo pudesse ser posto na categoria dos

maiores apóstolos, contudo, à parte de CRISTO ele reconhecia

nada ser. "TENHO-ME TORNADO INSENSATO; A ISTO ME

CONSTRANGESTES, EU DEVIA TER SIDO LOUVADO POR

VÓS;PORQUANTO EM NADA FUI INFERIOR A ESSES TAIS

APÓSTOLOS, AINDA QUE NADA SOU". (2 Co. 12:11)

Todas as almas humanas são dotadas de um valor infinito.

"QUE APROVEITA AO HOMEM GANHAR O MUNDO INTEIRO

E PERDER A SUA ALMA? QUE DARIA UM HOMEM EM

TROCA DE SUA ALMA?"(Marcos, 8:36-37)

Assim sendo, o apóstolo Paulo não pode estar falando neste

ponto, sobre a nulidade absoluta do ser humano. O fato de que

o homem é digno de ser remido labora contra tal possibilidade.

Mas o homem, por si mesmo, à parte de DEUS, de seu desígnio

na criação, de seu algo na redenção, nada é. Porém, em

conexão com o desígnio e com o alvo divinos o homem é uma

criatura de valor extraordinário. Dessa espécie de valor,

entretanto, Paulo não estava falando aqui. Contudo, pensar

alguém que é algo, "quele algo em que ele mesmo se fez, e no

que se escuda o seu orgulho" não sendo ele coisa alguma(por

si mesmo e à parte do desígnio e do alvo divinos) é enganar-se

a si mesmo. Ora, o autolidíbrio nada vale, tal como o homem

nada vale por si mesmo. Se alguém multiplicar zero por zero, o

resultado continuará sendo zero. Isso é o que Paulo queria dizer.

A correta atitude e a ação espiritual, em contraste com a nulidade

humana, têm as seguintes caractarísticas:

1 - Consideramos os outros melhores do que nós mesmos.

"NADA FAÇAIS POR PARTIDARISMO OU VANGLÓRIA, MAS

POR HUMILDADE, CONSIDERANDO CADA UM OU OUTROS

SUPERIORES A SI MESMO" (Fil. 2:32).

2 - Rejeitamos os pensamentos contaminados de orgulho

pessoal, condescendendo com aqueles de posição inferior à

nossa.

"TENDE O MESMO SENTIMENTO UNS PARA COM OS

OUTROS; EM LUGAR DE SERDESS ORGULHOSOS,

CONDESCENDEI COM O QUE É HUMILDE; NÃO SEJAIS

SÁBIOS AOS VOSSOS PRÓPRIOS OLHOS"(Rm. 12:16)

3 - Se qualquer vanglória tiver de haver, essa deve ser por

causa do Senhor, e não por nossa prória causa ou por causa de

outro ser humano.

"PARA QUE, COMO ESTÁ ESCRITO:AQUELE QUE SE

GLORIA, GLORIE-SE NO SENHOR". (1 Co. 1:31).

4 - Evitamos dar um valor exagerado a nós mesmos.

"PORQUE,PELA GRAÇA QUE ME FOI DADA, DIGO A CADA

UM DENTRE VÓS QUE NÃO PENSE DE SI MESMO ALÉM DO

QUE CONVÉM; ANTES, PENSE COM MODERAÇÃO,

SEGUNDO A MEDIDA DA FÉ QUE DEUS REPARTIU A CADA

UM". (Rm. 12:3).

5 - Evitamos a arrogância própria, devido às nossas realizações

e habilidades.

"NO QUE SE REFERE ÀS COISAS SACRIFICADAS A ÍDOLOS,

RECONHECEMOS QUE TODOS SOMOS SENHORES DO

SABER.O SABER ENSOBERBECE, MAS O AMOR EDIFICA.

SE ALGUÉM JULGA SABER ALGUMA COISA, COM EFEITO,

NÃO APRENDEU AINDA COMO CONVÉM SABER".

(1 Co.8:1-2)

6 - O amor de DEUS garante que estimamos acertadamente a

nós mesmos.

"MAS, SE ALGUÉM AMA A DEUS, ESSE É CONHECIDO POR

ELE" . ( 1 Co. 8:3).

Aqueles que procuram dominar a seus semelhantes, que procuram

degradá-los, usualmente mostram-se indulgentes para consigo

mesmos, julgando-se a si mesmos com um padrão suave,

mas aos outros com severidade. Tal tipo de indivíduo jamais

ajudará a um irmão ou procurará restaurá-lo. Pelo contrário,

regozijar-se-à ante o contraste feito entre ele mesmo e o outro,

que caiu em falta, e desejará que esse contraste permaneça.

Tal homem nunca pensará em comparar-se com

JESUS CRISTO, mediante o que ficaria demonstrado ser ele a

pior e mais vil criatura que existe. Pelo contrário, se alegrará em

fazer comparações entre si mesmo e aqueles que são menos

moralmente controlados do que ele. Sua falta de simpatia e o

excessivo orgulho,que o levam a pensar que é alguém sem

falha, são pecados bem piores do que aqueles cometidos pelos

cristãos caídos. O orgulho envolve dois grandes pecados:

a) Não atribui a DEUS a glória que lhe é devida.

b) É um agente natural enganador, que leva o homem a

valorizar-se falsamente; portanto, é prejudicial ao progresso da

alma. O engano aqui aludido é o autolidíbrio. Porém, grande

número de enganadores consegue fazer com que outras

pessoas os julguem importantes,conforme certamente foi o caso

dos falsos mestres que havia nas igrejas cristãs da Galácia.

Não há pessoas mais inclinadas para censurar aos outros e mais

descaridosas do que certas pessoas religiosas que pretendem

possuir mais luz e mais profunda comunhão com DEUS.

Geralmente se deixam arrastar por uma fraseologia sublime

e altissonantes, que parece transparecer uma familiaridade

admiravelmente profunda com as realidades divinas, despidos

disso, muitos deles se assemelham a Sansão sem a sua

cabeleira.

"E DEUS ESCOLHEU AS COISAS HUMILDES DO MUNDO,

E AS DESPREZADAS, E AQUELAS QUE NÃO SÃO,PARA

REDUZIR A NADA AS QUE SÃO; A FIM DE QUE NINGUÉM

SE VANGLORIE NA PRESENÇA DE DEUS. MAS VÓS SOIS

DELE, EM CRISTO JESUS, O QUAL SE NOS TORNOU,

DA PARTE DE DEUS, SABEDORIA, E JUSTIÇA, E

SANTIFICAÇÃO, E REDENÇÃO, PARA QUE, COMO ESTÁ

ESCRITO; AQUELE SE SE GLORIA, GLORIE-SE NO

SENHOR". (1 Co. 1:28-31).

Wil
Enviado por Wil em 15/11/2006
Código do texto: T291863