Ter piedade do próximo, como Deus teve de nós
 
“Então, Pedro aproximou-se e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” (Mt 18,21-22)
 
Será que existem limites para o amor?

Se nós, mulheres e homens pecadores não vemos limites para amar nossos escolhidos, imaginem o Pai que nos escolheu a todos!


A essência de Deus é amor e essa essência foi nos dada, gratuitamente, para que fossemos, de fato, a Sua imagem e semelhança. Ocorre que, não a deixamos livres, ativas, não permitimos que essa essência conduza nossa vida, a obstaculizamos, a oprimimos. Deixamos ser conduzidos pela nossa limitação afetiva, pela nossa finita paciência, pela nossa minúscula capacidade de amar, pela nossa pequenez humana.


Setenta vezes sete” não significa um limite. Foi uma forma simbólica de Jesus nos ensinar que não há limite para o perdão, pois não deve haver limite para o amor.


Façamos uma análise profunda de nossa vida. Busquemos o que rompe nossa relação com nosso(s) irmão(s) e reatemos tal vínculo, pois cada vez que nos distanciamos de algum deles, o fazemos, da mesma forma, com o Pai.


Não devemos nos esquecer que nossa proximidade com Deus está diretamente vinculada a nossa proximidade apenas com aquele que amamos, mas, acima de tudo, com aquele que consideramos nosso maior inimigo. De pouco vale amar aquele que está próximo, que é amigo, que é parente. De pouca valia têm nossas tentativas de reaproximação com Deus Pai se não conseguimos nos aproximar de nosso irmão.


Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta.” (Mt 5,23-24)


Tenha a certeza de que você só encontrará o amor de Deus, no dia em que, verdadeiramente, sentir amor pelo próximo desconhecido. É nele que está o Pai, e é por ele que é nosso caminho para a salvação.

 
Oração de Santo Efrém, o Sírio

Senhor e Mestre da minha vida, 
não me abandones ao espírito de preguiça, de desencorajamento 
de dominação e de vã tagarelice.

Concede-me a graça de um espírito de castidade, de humildade, 
de paciência e de caridade, a mim, Teu servo.

Sim, meu Senhor e meu Rei, que eu veja as minhas faltas 
e não condene o meu irmão. 
Tu, que és bendito pelos séculos dos séculos. Amém. 

Ó Deus, tem piedade de mim, pecador. 
Ó Deus, purifica-me que sou pecador. 
Ó Deus, meu Criador, salva-me. 
Perdoa-me os meus numerosos pecados! 

 
Milton Menezes
Enviado por Milton Menezes em 29/03/2011
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T2877000
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