Quaresma, momento de silêncio, recolhimento e comunhão!
Nestes momentos de plenas orações, quando se intensificam as ações invisíveis na Natureza sobre todos os seres da Criação, causando uma verdadeira comoção pelo movimento rumo às Portas da Redenção, já que é Quaresma para o mundo cristão, necessário de faz, também, abrir nossas Almas à mágica comunhão.
Para facilitar este período, que deveria ser só de jejum, abstinência e oração, sugere-se nos recolhermos em silêncio e meditação.
Mas, é muito bom, para os processos da comunhão, buscar o repouso da Alma e as sublimes inspirações nas músicas de nossos mestres da arte das canções.
Já que a música, como uma linguagem universal, atinge os mais elevados planos da Criação e nos coloca, sempre, em pleno estado de percepção.
Portanto, que possamos, neste período sacramental, abrirmos nossos corações, dando asas à imaginação e, revivendo bons momentos eternizados no passado, fazermos nossas preces rogando pela salvação dos povos e, também, de todos os nossos irmãos.
E que a música, a única linguagem comum a todas as Almas, não importando crença, religião ou mesmo tradição, já que ela nos fala diretamente aos nossos corações, este supremo órgão que supera a razão, nos auxilie neste período de Quaresma a vencer os temores, os preconceitos e as superstições para que possamos fazer nossas orações!
Dizem os conhecedores do Mundo dos Espíritos que as Almas Nobres, aquelas que atingiram elevado grau de perfeição, quando deixam o plano da forma rumo aos novos encantos da Conscientização, também ouvem músicas sublimes que transcendem seu ser e lhes promovem êxtases que lhe servem de remédios, como um bálsamo de consolação!
Que nos possamos, também nesta Quaresma, abrirmos nossos ouvidos aos Cânticos das Esferas e atingir – se o Supremo Criador nos permitir – a mais profunda e divina comunhão com todos os Mestres da Verdadeira Tradição, aquela que se opera pela única magia real que é fruto da oração, pois se revela como religião universal que prega, verdadeiramente, o Amor e o Perdão!
José Paulo Ferrari