Qual a resposta de São Luís dada no Capítulo V, item 28, do ESE, referente à Eutanásia?
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (Capítulo V, item 28), Allan Kardec recebe de São Luís, a resposta à pergunta: "Um homem agoniza, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é sem esperança. É permitido pousar-lhe alguns instantes de agonia, abreviando-lhe o fim?
"Mas quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir um homem até à beira da sepultura, para em seguida, retirá-lo com o fim de fazê-lo examinar-se a si mesmo e modificar-lhes os pensamentos? A que extremos tenha chegado um moribundo, ninguém pode dizer com certeza que chegou a sua hora final. A ciência, por acaso, nunca se enganou em suas previsões?"
"Bem sei que há casos que se pode considerar, com razão, como desesperados. Mas se não há nenhuma esperança possível de um retorno definitivo à vida e à saúde, não há também inúmeros exemplos de que, no momento do último suspiro, o doente se reanima e recobra suas faculdades por alguns instantes? Pois bem: essa hora de graça que lhe é concedida, pode ser para ele da maior importância, pois ignorais as reflexões que seu Espírito poderia ter feito nas convulsões da agonia, e quantos tormentos podem ser poupados por um clarão de arrependimento".
"O materialista, que só vê o corpo, não levando em consideração a existência da alma, não pode compreender estas coisas. Mas o Espírita, que sabe o que se passa além-túmulo, conhece o valor do último pensamento. Aliviai os sofrimentos o mais que puderdes, mas guardai-vos de abreviar a vida, mesmo que seja em apenas um minuto porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro".