CELEBRE O SEU NATAL COM ALEGRIA

Texto extraído do livro “Nas asas da esperança” escrito pelo Padre Juarez de Castro e que se encontra a venda nas melhores livrarias do país.

Era a semana que antecedia o Natal. Eu tinha acabado de celebrar a missa. Enquanto tirava os paramentos, adentrou a sacristia a Igreja um jovem que me disse a queima-roupa: “Não gosto do Natal!” Eu, sem entender o porquê daquilo, pois eu nem havia perguntado, voltei-me para ele e lhe perguntei por quê. Ele mais furioso ainda, disse-me que não gostava do Natal, pois era uma festa que o deixava triste e via acontecer muita injustiça, como pessoas que ganhavam grandes presentes e outros sem receber nada. Sem falar das festas que se faziam nas casas dos ricos e da carência nas casas dos pobres. Por tudo isso ele sentenciou: “O Natal é a festa mais triste que existe!”.

Fiquei pensando no que aquele jovem havia acabado de me dizer e lembrei-me como o Natal pode ser uma festa de tristeza enquanto cantamos “Noite Feliz”. Não deveria ser então uma noite feliz?

É, realmente o Natal é visto por muitos como uma festa que nos deixa depressivos, lembramos dos Natais passados e sentimos nostalgia. Ou passamos o Natal sozinhos e ficamos tristes porque estamos sós. O Natal será triste e de profunda melancolia se o limitarmos a uma mera festinha de confraternização de fim de ano. Concordo que o Natal será triste se o reduzirmos a uma ceia, por maior que seja. Mas nenhuma ceia ou festa conseguirá exprimir a grandeza do Natal.

O Natal se transformou mesmo em uma festa sem sentido. Ele ficou sem graça porque as crianças criam expectativa por causa dos brinquedos. Ficou sem cor, aliás, ficou de uma só cor, com o vermelho do Papai Noel. Transformaram o Natal em uma festa triste porque limitaram-no a uma mesa farta, um peru e algumas castanhas.

Ora, se o Natal for somente alguns presentes trocados e um punhado de cartões enviados por obrigação, realmente será uma festa triste, pois não terá sentido. É por isso que as pessoas se entristecem no Natal. Esqueceram que o Natal é uma festa de amor e que encontra seu sentido no nascimento de um Deus, Isso mesmo, um Deus que é Rei e Senhor e que nasceu em uma estrebaria fedorenta ao lado de animais. Um Deus que se rebaixou para nos elevar. Um Deus que tomou nossa carne e foi semelhante a nós em tudo, menos no pecado. Um Deus que se esvaziou e trouxe o céu para a terra. Um Deus que se encarnou, tomou o nosso jeito de gente para que a gente ficasse com um jeito divino. Ora, só por isso o Natal é festa de alegria. Só por isso eu deveria me alegra. Tenho um Deus que me ama de tal modo que quis nascer como eu e quis ser como eu para que eu seja como Ele. Essa é a verdadeira festa de Nata – a festa do homem que se tornou um pouquinho divino, pois Deus se tornou humano. Se eu não viver essa alegaria, meu Natal será triste e depressivo, colocando a culpa na injustiça dos presentes que os pobres não têm, atribuindo minha tristeza à solidão, e assim vou inventando desculpas para o meu Natal triste, sem saber que ele e assim porque não percebi o Deus que nasceu para mim.

O Natal é alegre e feliz só por ser Natal. O Natal é alegria só por ser o nascimento de um Deus de amor. O Natal será feliz quando eu encontrar o verdadeiro sentido para que meus presentes e minhas festas encontrem também a razão de ser. O Natal é feliz não

Antônio Oliveira
Enviado por Antônio Oliveira em 30/12/2010
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