Guerras - Assassínio - Crueldade - Pena de Morte

1) Qual o objetivo das leis divinas ao tornar a guerra necessária?

A evolução dos povos primitivos e a promulgação das leis de Deus, para que haja fraternidade entre todos os homens.

Quando a humanidade atingir a evolução, a guerra tornar-se-à necessária apenas para fundamentar as bases da liberdade e da evolução, pois este é o objetivo do Criador ao torná-la um mal necessário.

2) Como se explica que em meio às civilizações mais adiantadas existam criaturas, às vezes, tão cruéis quanto selvagens?

A crueldade se apresenta de forma predominantemente em povos primitivos, porque para eles a matéria se sobrepõe ao Espírito. Em decorrência, deixam-se dominar por seus instintos selvagens e, que só se interessam pela sua sobrevivência pessoal, são presas fáceis do sentimento de crueldade que tanto assola os seres humanos.

Estes povos, por terem ainda pouco desenvolvimento moral, entregam-se à influência de Espíritos igualmente imperfeitos, que se comprazem no sofrimento de suas vítimas. Tal cumplicidade entre os Espíritos e os encarnados será enfraquecida a partir do momento em que povos mais adiantados moralmente venham anular esta influência negativa. A crueldade se manifesta porque o senso moral não está devidamente desenvolvido, os Espíritos inferiores podem encarnar entre pessoas mais evoluídas, na esperança de progredirem mais depressa, mas geralmente a prova se lhes torna penosa, sua natureza inferior os domina, e por isso, tornam-se cruéis para com aqueles que já sabem viver pacificamente.

Porém, com a Lei do Progresso, eles evoluirão gradativamente, aos poucos, as leis humanas, mais e mais centradas nas leis divinas, limitarão a ação dos maus, até que estes se sintam totalmente deslocados e que impulsionados pelo mecanismo evolutivo que rege o Universo, os homens de índole cruel renascerão inúmeras vezes, em invólucros cada vez mais de acordo com suas necessidades evolutivas.

3) A pena de morte constitui-se em transgressão às leis de Deus? Por quê?

Embora a Lei de Conservação atribua ao homem o direito de preservar a própria vida, ele não deverá usar esse direito para eliminar da sociedade um membro considerado perigoso, o próprio homem descobrirá outros meios de se preservar do perigo, sem ser o de matar. A pena de morte fecha ao réu as portas do arrependimento, frustrando-lhe as oportunidades de renovação; cabe ao homem a obrigação moral de proporcionar aquele que errou a oportunidade de corrigir seus erros.

"Quem fere pela espada, por ela será ferido", disse Jesus (Mt 26:52), corroborando a Lei de Ação e Reação, pois cada um deve responder sobre seus atos perante Deus. Muitas vezes, grandes criminosos resgatam seus erros em prolongadas e dolorosas reencarnações, com enfermidades incuráveis, ou renascendo em corpos mutilados. A Justiça Divina, fica impune; os crimes cometidos têm que ser resgatados de uma forma ou de outra, para que os Espíritos infratores aprendam a assimilar a Lei de Deus que prescreve o "amor ao próximo como a si mesmo".

É esta superação, este evoluir incessante que faz com que o Espírito enquanto princípio inteligente individuado, ao submeter-se as renovações gradativas das encarnações, aflore suas potencialidades enquanto essência inteligente do Universo.

Bibliografia: LE, 742 a 765.

Roseli Princhatti
Enviado por Roseli Princhatti em 04/12/2010
Reeditado em 04/12/2010
Código do texto: T2652268
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