IGREJA- UMA UNIDADE NA DIVERSIDADE
Antes de entrarmos por esse assunto, vamos entender o que significa os termos Igreja, Unidade e Diversidade. O termo Igreja se traduz no sentido de um ajuntamento de pessoas que em comum doutrina adoram a Deus, vivem em irmandade e funciona como uma agência de promoção do Evangelho, do Reino de Deus e sua expansão.
Unidade é antes de tudo, um sentimento de comunhão, parceria, fraternidade (Koinonia). Em seu sentido mais amplo, sugere a idéia de coisa comum, de todos, pensamento coletivo, geral, em torno de um só propósito ou direção. Diversidade é, em seu sentido, variedade, alterações, diferença, oposição.
Pode então, a igreja ser uma unidade ao mesmo tempo em que é diversidade? Sim e não. Como assim, você deve estar se perguntando. Ora, somos uma unidade exatamente porque vivemos na diversidade, onde ninguém é igual ao outro, tanto em capacidade como em personalidade. A grande dificuldade da igreja moderna é achar o ponto de equilíbrio entre ser diferente e não causar diferença. Isso é significante e muito requer de quem lidera o grupo. Pense num corpo de bombeiros. São todos fortes, grandes? São todos motoristas ou nadadores? Ainda mais, são todos comandantes, sargentos ou coronéis? Claro que não! Entretanto, com essas diferenças formam o batalhão, em prol de um só lema: servir a população e o estado. A igreja também deve ter esse caráter- ser formada de vários níveis de pessoas e aptidões para um fim comum, que é servir aos homens em nome de Deus. Afinal, Deus é um ser servidor. Isso é algo que a igreja às vezes esquece- Deus nos serve; Não que Ele seja escravo, mas doador e como tal, serve-nos da salvação, dons e segurança em sua sombra e na sua Rocha, que é Cristo. Viu, é simples. Numa igreja não há só pastores, apenas evangelistas ou presbíteros, diáconos e afins; não são todos músicos, mestres ou doutores na lei, não são todos uma só função, mas a cada um é dado segundo o querer de Deus e a medida da fé. Outra coisa, a igreja é um governo teocrático, pelo menos em sua organização espiritual. Lideres e obreiros são postos segundo a direção de Deus.
O maior desafio da igreja nessa geração tem sido, conforme já citei, achar o equilíbrio entre ser unidade (como um todo) e diversidade (enquanto indivíduo) e assim trabalhar em equação sempre positiva. As diferenças, se bem ordenadas, trazem crescimento, maturidade e organização, coisas essas que faltam em nossas igrejas, não que isto signifique total ausência, mas que deve ser uma prática efetiva em nossas reuniões e não somente um ideal a ser alcançado. A igreja do Senhor Jesus deve estar comprometida com o Senhor Jesus. Parece estranho, mas é a verdade. Focamos coisas que certamente estão fora do foco de Deus. Amamos mais nossa própria gloria do que dar glória a Ele através de nossas atitudes. Somos mais cautelosos no que nos diz respeito do que ao que diz respeito a Deus. Não é inútil insistir em mudar isto. Você, eu, nós podemos mudar, a começar por nós, interiormente. Cada um de nós é igreja, e nesse sentido, alcançando essas qualidades: crescimento, maturidade e senso de organização, poderemos na diversidade agregar nossos valores para o todo- a unidade, a igreja de Cristo na terra, “Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos”. (Ef. 1,23); O papel da igreja é este- cumprir os desígnios de Deus por meio do Filho em nós e, nesse aspecto, Ele se apóia em nossas diferenças para alcançar a todos. Cada qual é uma ferramenta que Deus preparou para sua glória. Pense nisso quando entrar na sua congregação, ou quando simplesmente ao falar com Deus. Deus aposta na diversidade e não na adversidade.
"Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união." (Salmos 113.1);
Deus abençoe a todos, em nome de Yeshua Ha Mashia, (Jesus, O Messias).