Onde começa o campo missionário?
Onde começa o campo missionário? Certamente muitos me diriam que começa num hospital, asilo ou numa penitenciária. Outros, na escola, faculdade e afins. Outros ainda, diriam que nas empresas em que trabalham... mas, afinal, onde começa o campo missionário? Nesse editorial vamos discutir um pouco sobre esse assunto tão negligenciado na esmagadora maioria das igrejas chamadas pentecostais. Sabemos, antes de qualquer coisa, que o termo pentecostes faz referência a uma Festividade judaica e que nessa ocasião se fez cumprir a promessa do derramamento do Espírito Santo sobre os que estavam reunidos no cenáculo. Com esse empoderamento promovido pelo derramar do Espírito Santo receberam os que ali estavam dinamismo e força para se cumprir a expansão do Reino do Messias. O avivamento que ali nascera seria progressivo ao longo dos séculos, chegando a nós através de muitos homens que Deus levantou ao longo dos tempos, homens alinhados com a vontade do Eterno e convictos de suas chamadas missionárias. Foram homens que perderam famílias, tudo, e a própria vida por amor de Cristo e sua obra. Que saudade desses heróis da fé, homens que o mundo não foi digno de tê-los e que hoje estão no justo descanso em Cristo Jesus. Seus legados estão aí, e assim como os grandes palácios de suas épocas, seus legados missionários estão deteriorados e carentes de reavivamento. São obras hoje dormentes nos corações de muitos que se dizem cristãos, mas que nunca se deram por uma causa maior em nome desse cristianismo. Aqueles perderam suas vidas em vão? È óbvio que não, pois você e eu somos resultados desse sacrifício. E o que estamos fazendo para dar continuidade a essa causa? Para você, o sangue desses homens não significa nada? Se assim é, porque não nos levantamos para fazer missão e evangelizar os povos? Penso que o brado de Jesus “Está consumado” é profundamente admissível ao afirmar que se você não quiser fazer missão, Deus ainda conta com alguém. O que devemos então fazer para alcançarmos essa vontade do Pai? Precisamos estar sensíveis ao seu sinal e obedecer sem hesitar, ainda que nos pareça, á princípio, sem sentido ou lógica. Obedecer cegamente a Deus é ser totalmente submisso a sua vontade sem questionar, sem delongas. Fazer missão é a urgência desse século. Conquistar almas é o que qualifica nossa salvação, mas afinal, onde é o campo missionário? Esse campo está logo após a soleira de nossas portas, podemos avistá-lo de nossas janelas e entramos nele quando saímos de casa, bastando para isso um só passo; por um momento ainda estaremos divididos, um pé na soleira e outro no campo, mas num segundo ato, ao pormos os dois pés para fora dos umbrais, estaremos totalmente comprometidos com o campo. Não dá mais para voltar sem os frutos, sem as almas, mas quando saímos, que semente estamos plantando? Isso é determinante para definirmos o que colheremos. Espero que esse nosso investir no campo missionário seja de modo pleno, bem sucedido.
O campo é extenso e já está branco. Ao soldado, será sua meta resgatar os feridos e doentes, os que foram antes e estão agora sufocados nas trincheiras do desprezo e do anonimato. Aos pastores, é o tempo de buscar as ovelhas que estão fora do aprisco, pois vem a noite, em que os lobos estão nas montanhas e nos vales e a ovelha poderá ser presa fácil, porque além de mansa, também é frágil. Ao mestre, é tempo de ensinar seus discípulos acerca de como triunfar sobre o mundo e suas vicissitudes. Enfim, o campo é o mundo, nós somos os que ajuntam os feixes, o Pai os segará para seu celeiro. Então mãos à obra, juntemos os feixes, que o segador já vem e não podemos deixá-lo esperando. Temos que nos apressarmos para que ao chegar não nos encontre de mãos vazias.