DEUS, DONO DE NOSSOS BENS

"SE NÃO VOS TORNASTES FIÉIS NA APLICAÇÃO DO ALHEIO, QUEM VOS DARÁ O QUE É VOSSO?"

(LUCAS, 16:12)

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Quem possui bens é, sempre, apenas administrador, pois dono de nossos bens é DEUS. Os bens confiados devem ser administrados fielmente conforme a vontade de DEUS.

Bens terrenos não são os dons maiores que DEUS nos confia. São apenas pouco, e não muito. Muito é o bem verdadeiro em que podemos fiar-nos de corpo e alma, aquele que virá, a participação no reino de DEUS, a vida nova e eterna. Os bens terrenos são apenas pouco; não conseguem realmente garantir-nos a vida. Não são capazes de impedir a morte, mem sequer de dilatar a vida ou aumentar a estatura de nosso corpo, ainda por um mínimo que seja. Somente quem sabe gerir retamente o pouco, a ele se confia o muito.

"DISSE-LHE O SENHOR: MUITO BEM, SERVO BOM E FIEL; FOSTE FIEL NO POUCO, SOBRE O MUITO COLOCAREI; ENTRA NO GOZO DO TEU SENHOR".(Mat. 25:21).

DEUS concederá os futuros bens celestiais somente àquele que souber administrar fielmente, conforme sua vontade, os bens terrenos. A idéia central deste versículo é a mesma que é apresentada na parábola anterior; um administrador ou mordomo cuida das riquezas de outrem. Na realidade, essa é a verdade de toda a posse de bens materiais, porquanto, em última análise, ninguém realmente possui qualquer riqueza material. Assim sendo, somos meros administradores, e não proprietários. Somos mordomos tanto das riquezas físicas como das riquezas morais ou espirituais. O que possuímos é apenas um empréstimo, e esse empréstimo, a qualquer momento, nos podem ser tirado. Se não pudermos provar a nossa fidelidade em tais possessões, como poderíamos esperar receber algo que seria eternamente nossa possessão?

"... O QUE É VOSSO..." equivale às verdadeiras riquezas do vs. 11, e isso fala da posse da vida eterna e de todas as suas implicações pela alma - é a possessão do céu, onde estão as verdadeiras riquezas celestiais. É o destino para onde os cristãos se aproximam. No além, o que os fiéis tiverem será propriedade definitiva deles, porquanto não estarão mais sob teste, mas estarão seguros, imperturbáveis, e terão direito às possessões eternas e ao aprazimento de tudo quantos lhes tiver sido proporcionado.

"Viajar esperançoso é melhor do que chegar"

Estas palavras expressam uma verdade, tanto aqui como na outra existência. Nossa jornada não deixa de ter alvo e destino, porquanto a alma está se dirigindo para a pátria celeste. Essa pátria não importa em estagnação, porque ali haverá outras tarefas, ainda maiores e mais nobres, para realizarmos; e assim, em certo sentido, haverá a continuação da nossa jornada. O alvo dessa caminhada é, principalmente, a perfeição total do ser inteiro, tanto do ponto de vista moral como do ponto de vista metafísico, até nos tornarmos possuidores da imagem completa de CRISTO, incluindo a total participação em sua natureza.

"A QUAL É O SEU CORPO, A PLENITUDE DAQUELE QUE A TUDO ENCHE EM TODAS AS COISAS".(Ef.1:23)

Essa é a possessão que será verdadeiramente nossa, de tal modo que então não seremos meros administradores de bens alheios. Mas possuiremos a vida necessária, ou seja, não mais seremos seres dependentes. Possuiremos a vida em nós mesmos, e disso consiste a verdadeira imortalidade.

"PORQUE ASSIM COMO O PAI TEM VIDA EM SI MESMO, TAMBÉM CONCEDEU AO FILHO TER VIDA EM SI MESMOS". (João, 5:26).

Somente DEUS é independente, isto é, somente ele tem vida em si mesmo, e a sua existência não depende de quem quer que seja. Mas nós somos dependentes, isto é, JESUS prometeu-nos a possessão da vida eterna, ou seja, a independência; e nesse sentido é que compartilharemos da natureza de DEUS. Ora, isso é uma elevadíssima mensagem.

"POR QUE HEI DE EU TEMER NOS DIAS DA TRIBULAÇÃO, QUANDO ME SALTEIA A INIQUIDADE DOS QUE ME PERSEGUEM, DOS QUE CONFIAM NOS SEUS BENS E NA SUA MUITA RIQUEZA SE GLORIAM ? AO IRMÃO, VERDADEIRAMENTE, NINGUÉM O PODE REMIR, NEM PAGAR POR ELE A DEUS O SEU RESGATE".

(Salmos, 49: 5-7).

A gente todos os dias arruma os cabelos; por que não o coração.

(Provérbio Chinês)

FONTES:

Bíblia Sagrada

N.T Interpretado

Evangelho Segundo Lucas.

Wilson de Oliveira Carvalho