Viver como estou vivendo

E viver o apocalipse

Tragédia total

Sofrimento sem fim

Todos os selos foram tirados

O armagedom é só pra mim

Os quatro canto do mundo

Se resumem em mim

Deus,onde está o édem?

Meu paraíso se parece com erupção de vulcão

Larva e fogo

Sinto o gosto de sangue na boca

Cheiro de enchofre no nariz

Meu cérebro ferve

Minha alma pede socorro

O corpo rasteja como serpente decadente

Estou entregue a sorte do mundo

Sorte dos miseráveis

Dos hipócritas

Porque tanto sofrimento,Senhor?

Estou tão fraco

Tento resistir

Tu mesmo disseste

"Faça por onde que eu te ajudarei"

Faço o que posso

Meu fardo é tão pesado

Não sei se está sendo justo

Talvez esteja cometendo

Mais pecado dizendo o que digo

Não sei bem ao certo

Tudo está tão complicado

Sofro tanto

Além de minha condenação

Pareço carregar o peso de todos os condenados

Senhor,meu Deus!

Não deixe que eu enfraqueça ainda mais

Resisti até aqui,senhor

Reclamo como qualquer mortal

Mas,no fundo,sei que nunca saiu de perto de mim

Tudo o que te peço,Senhor

É que nunca me deixe faltar a fé

Não quero temer nada

Nem ninguém

Que me dobre somente diante de ti

Senhor,

O único Senhor sobenano

Que conheço entre o céu e a terra

Que nenhum sofrimento

Por maior que seja

Nunca me faça dobrar diante de outro

Que não seja o meu Deus

Que continue o apocalipse

Mas que mantenha a minha fé.

Waldir da Silva Costa

01.10.2010

Waldir da Silva Costa
Enviado por Waldir da Silva Costa em 01/11/2010
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