Nada de decreto!
"Minha única contribuição para a redenção é o meu pecado que precisa ser redimido" (Arcebispo William Temple).
"No qual [Jesus] temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça" (Efésios 1. 7).
Concordamos com a afirmativa do Arcebispo canadense, William Temple, de que nossa parte na história da Salvação é o nosso pecado, que precisa ser redimido. Aliás, melhor dizendo, o nosso pecado já foi redimido desde o momento em que aceitamos o sacrifício de Jesus por nós na cruz do Calvário.
Se você ainda não o fez, querido leitor, a hora é agora! Amanhã pode ser muito tarde.
A Palavra de Deus nos assevera que em Cristo temos a redenção, pelo seu sangue derramado na cruz do Calvário, pela Graça de Deus à disposição de todos nós.
Assim, já temos o perdão, a redenção, a salvação que Deus derramou sobre nós, sobre o mundo todo, pela sua Graça, mediante a nossa fé em Jesus Cristo, seu único Filho.
A Palavra de Deus nos diz que Ele "derramou [a sua Graça] abundantemente sobre nós em toda sabedoria e prudência" (Efésios 1. 8).
Então Deus já nos concedeu a paz, o perdão, a redenção, a remissão, a Salvação, a libertação dos poderes malignos. Falta-nos entrar com a nossa contribuição, que é colocar os pés no Calvário, ou seja, "tomar posse" daquilo que já é nosso graciosamente [Graça é um favor imerecido].
Em relação à salvação, não temos que pedir nada, não necessitamos exigir nada, nem podemos ordenar ["decretar"], como é costume de muitos, pois já faz parte do que é nosso: a salvação pela Graça, o amor, o perdão, a cura, a libertação, a paz perfeita.
Nada de decreto! Somos servos, somos súditos; e, embora Deus nos considere como mais do que servos e súditos, pois nos considera filhos, nada decretamos, pois esse é um ato de exclusiva Autoridade de Deus; e quem decreta é o Senhor; e Ele já decretou, enviando-nos seu próprio e único Filho para pagar o preço em nosso lugar.
É como se um pai muito abastado, fizesse um depósito na conta bancária de seu filho, uma quantia volumosa, e lhe entregasse o talão de cheques, melhor dizendo o cartão de saque.
O filho, à maneira que vai necessitando, retira no Banco o que já lhe pertence, já é seu. Com aquele cartão ele, também, compra em qualquer loja o que quiser e precisar. Se ele não fizer isso jamais usufruirá da fortuna que já é sua por direito, e por liberalidade e amor do pai.
Esse filho não precisa mais ir à presença de seu pai, a todo o momento, para pedir uma "mesadinha", a fim de comprar isso ou aquilo. É só ir ao banco e retirar o dinheiro, ou usar o próprio cartão no comércio, onde fizer as suas compras.
Está lá, livre, desbloqueado, disponível, em seu nome, para toda a vida, o recurso que o filho necessita para pequenos e grandes gastos.
Ele precisa voltar à presença do seu progenitor sim, constantemente, mas para outras necessidades, não essa. Voltar para a manutenção de uma relação de amor entre pai e filho, duas pessoas que se amam. Voltar, eternamente grato, para agradecer a bênção recebida.
Foi assim conosco também, Deus já depositou, pela Graça, a nossa salvação, o nosso perdão. Depositou naquela cruz, a cruz do Calvário.
Agora, só nos resta apropriarmo-nos de tamanha bênção, aceitando o sacrifício de Jesus, feito, uma única vez, por todos nós, singular condição para sermos considerados filhos de Deus: “Mas a todos quantos o receberam [no coração], deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, os que creem no seu nome” (João 1. 12).
E, ainda, nos cabe, reiteramos, além de sacar o que já é nosso, sempre agradecer a Deus Pai, em nome de Jesus, por tudo o que Ele já nos deu, e disponível está para nós a qualquer momento.
Edmar Torres Alves – editor do Sê Fiel
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