AO MEU DEUS
O “meu” Deus... ou talvez deva dizer,
O Deus em que eu acredito,
É bom, é generoso, é compassivo e gentil.
É piedoso e é amoroso,
Em uma única palavra – é “Pai”.
Esse Deus, que tem por mim um amor tão grande,
Quisera eu, tão pequena, lhe retribuir por igual!
Mas por vezes eu falho...
E quando percebo o grande estrago,
Me dói a alma, apontando minha tamanha ingratidão.
Esse Pai de bondade, que me cuida desde que nasci,
Ou talvez mesmo antes...
É a Divina Providência, que sempre me guia
Apesar de meus olhos cegos pelas ilusões materiais,
Apesar da rebeldia que meu coração custa a se libertar.
Esse Deus que acredita em mim
E por isso nunca me abandona,
É sinônimo de Amor,
É para mim o mais puro esplendor,
Que um dia desejo ser digna de contemplar.
Esse Deus que me emociona por sua infinita bondade,
Infinita misericórdia e compaixão,
É esperança que me acalenta
Apesar de meus erros repetidos,
Apesar desta vaidade e tanto egoísmo morando em meu coração.
Sempre que alguém “pinta” um Deus diferente
Destes que punem e castigam...
Sinto vontade de chorar ou de contestar.
Pois quem assim define a Deus, certamente
Ainda tem um longo caminho pela frente, e Deus por encontrar.
Fechando estes versos que escrevo
Do fundo da alma e com verdadeira emoção,
Agradeço a Deus-Pai de bondade
Por essa imensa oportunidade
De existir, de viver, de tentar me corrigir...
E principalmente, pelo Senhor, meu bom Pai,
Nunca desistir de mim.