Arrependimento e Aceitação
Na origem da palavra, arrependimento quer dizer mudança de atitude, ou seja, atitude contrária, ou oposta, àquela tomada anteriormente.
Diferentemente do remorso, em que a pessoa que o sofre não se sensibilizou verdadeiramente do mal que possa haver causado a outros, e que, pensando apenas no próprio bem, é capaz até de infligir a si mesmo algum tipo de castigo (como uma auto-flagelação por exemplo) apenas para tentar se esquivar de sofrer uma punição ainda mais severa por causa do erro que cometeu (punição que pode realmente, ou não, vir a penar), o arrependido verdadeiramente percebe e se sensibiliza das conseqüências ruins que seus atos causaram para outras pessoas (ou o mal que acredite haver causado a algum ser/entidade sobrenatural em que creia).
Essa sensibilização à dor alheia leva o arrependido a uma tristeza verdadeira pelo dano sofrido pelos que prejudicou. E, como conseqüência, sempre faz o arrependido tomar uma firme decisão de não mais cometer o mesmo erro, para não mais causar mal a outros. O arrependimento pode assim, também, ser considerado como a dor sentida por causa da dor causada.
A palavra aceitação é utilizada em diversas circunstâncias e pode referir-se a diversas realidades:
• A um acordo entre várias partes, num contrato;
• À resignação de um indivíduo perante uma realidade adversa;
• À procura, por parte de um público alvo, de um determinado bem econômico ou cultural.
Tomar a Cruz,
É uma expressão que ficou imortalizada, na época das cruzadas e que define o acto de um Cristão abandonar a sua terra para combater os Sarracenos; expalhar a fé cristã pelo Médio Oriente e conquistar a Terra Santa, em troca da absolvição dos seus pecados e em busca de novas riquezas, pois, foi com base nessas promessas que os sucessivos Papas atrairam muitos peregrinos que partiam com a maior ingenuidade, sem saberem que a grande maioria, iria para ter uma morte garantida.
O que se verificou foi que a grande maioria dos que lá chegaram, não estavam sequer preparados para combater um exército inimigo tão bem organizado, e que afinal a promessa de uma terra prospera e cheia de riquezas, não passava mesmo de um sonho inalcançável.
Com o desespero, muitos começaram a praticar actos barbaros, imorais e desmedidos, provocando isso um ódio dos muçulmanos tão grande, que como retaliação, organizavam hostilidades contra Igrejas e outros monumentos Cristãos, roubando também diversos tesouros sagrados.
Aquiles Lucas