SEXO SÓ PARA O PRAZER – Sétimo Mandamento aplicado
Filho. Entre as melhores coisas que criei para a tua felicidade está o sexo. Sei quanto gostas e o bem que te faz. Eu criei para ser assim, benéfico e prazeroso. Entretanto, além de ser prazeroso e incrementar a relação ente marido e a esposas, o sexo possui outros atributos. Contudo, mesmo esses visam harmonia familiar, que resulta em equilíbrio social. Tudo para que o prazer seja real e duradouro, não resultando em desprazer.
Se quiseres, porém, poderás ter quantos parceiros sexuais desejar, bem como praticar sexo da forma que imaginar. Não esqueças, contudo, que desregramentos produzem efeitos ruins e resultam em desprazer.
Quando eras criança gostavas da paz e da segurança que sentias protegido pela relação harmoniosa de teus pais. Como teria sido se eles não tivessem compromisso sentimental e moral mútuo? Por certo crescerias nos braços do Estado, criado por pessoas desconhecidas, comprometidas somente com a recompensa financeira decorrente da profissão de criar crianças. Não receberias afeto dessas pessoas, muito menos elas teriam compromisso sentimental e, tampouco, moral. De outra forma, serias enteado de alguém que poderia ser mau, então viverias corrido, talvez, de uma casa para a outra.
Se tens filhos com quem amas, amaas esses filhos por três bons motivos: Primeiro, porque inconscientemente vês a ti mesmo nesses filhos. Os seres humanos têm muito amor por si próprios. Segundo, porque esses filhos são parte do(a) parceiro(a) que amas e que em muitos aspectos se assemelha a um de teus pais ou parentes próximos, a quem amas também, pois são parte tua. Terceiro, porque são teus filhos.
De outra forma, se tens relacionamento fora do casamento, esse não passa de uma busca por prazer pessoal, o prazer que se sente na carne, a libido. Tal relacionamento não se dá por amares essa pessoa. Se a amas, não amas o cônjuge legítimo. Relacionamentos em que não há amor de uma ou outra parte produzem filhos indesejados da parte que não ama. Tal desafeto dá-se porque, sem que o cônjuge não amante saiba, não ama nos filhos desse relacionamento a porção na qual identifica o progenitor não amado, com quem pratica sexo apenas por prazer. Por isso os juízes precisam coagir alguns pais a dar uma fração miserável de um salário mínimo a filhos que eles deveriam amar, mas não amam tanto quanto amam os filhos que têm com o parceiro que amam além do prazer sexual.
Essa falta de amor acarreta desprazer para todos os envolvidos durante todo o curso de suas vidas. Logo, quanto mais prazer sem regra, mais desprazer posterior. Isto sem falar das doenças e intrigas por infidelidade que resultam em morte mais imediatamente.
Por isto, meu filho, ordenei que não pratiques adultério, tampouco sexo antes do casamento. Não que desejasse te privar do prazer (eu mesmo é quem pus o prazer no sexo dos seres humanos), mas pretedo protegê-lo do desprazer decorrente do sexo fora do casamento.
E adulterar, filho, não é só praticar sexo fora do casamento. Todo tipo de distorção, contaminação e deturpação, seja de objetos, palavras, informações, imagens, pessoas, produtos, alimentos, corpo, etc., é adulterar. Portanto, “não adulterarás”.
Inspirado em Êxodo 20:14.
Wilson do Amaral