Evangelizar é Amar

Cremos que a Palavra proferida por Jesus, poucos momentos antes de ascender aos céus, comissionando-nos para a pregação do evangelho [o seu evangelho] a toda criatura, é o desfecho do seu Ministério de Amor aqui neste mundo.

Jesus disse: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16. 15).

O seu Amor ficou demonstrado no primeiro momento, quando Ele veio ao mundo em forma de homem, despindo-se de si mesmo, como Filho de Deus, e tornando-se como um de nós, já com a Missão de dar a sua vida em lugar da nossa, pagando Ele mesmo a nossa culpa, anos depois numa cruz, o que de mais humilhante poderia existir naquela época.

Mas, de fato, Ele nasceu com essa missão, eis que o anjo anunciou:

"Eis que vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi [Belém], O

SALVADOR, que é Cristo o Senhor" (Lucas 2. 10-11).

Ele não se tornou Salvador porque nasceu em uma manjedoura, em uma estrebaria;

Ele não se tornou Salvador porque nasceu em Belém da Judéia, conforme fora profetizado centenas de anos antes;

Ele não se tornou Salvador porque, aos doze anos de idade, fez maravilharem-se os doutores da Lei, ao ouvirem-no;

Ele não se tornou Salvador por ter passado quarenta dias no deserto, tendo vencido Satanás que o tentara, antes do início do seu Ministério;

Ele não se tornou Salvador por ter recebido o batismo de João Batista;

Ele não se tornou Salvador por ter escolhido doze homens para serem seus discípulos, os quais o seguiram por três anos, vendo-O pregar, curar, expelir demônios, ressuscitar mortos.

“E muitas outras cousas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mudo inteiro caberiam os livros que seriam escritos”, conforme nos afirma a Palavra de Deus, no Evangelho de João 21. 25.

Ele se tornou Salvador porque morreu [deu a sua vida] numa cruz pelos nossos pecados [os meus e os seus], e mais: Ele ressuscitou, sem o que seria vã a nossa fé; a tumba está vazia, e também a cruz.

Mas, no dia em que nasceu, o anjo já o chamara de SALVADOR, quando do anúncio do nascimento, porque, como já dissemos, Ele nasceu com essa Missão.

Douglas C. Mônaco – Missão Portas Abertas disse:"É impossível amar as pessoas e não querer que elas conheçam a mensagem de Deus"

Evangelizar é amar, por isso Jesus pregou o tempo todo, por isso Ele nos comissionou para a pregação da sua Palavra, por isso Ele deu a sua vida por nós, e a Sua Palavra nos ensina que também nós devemos dar a nossa vida pelo próximo: “Nisto conhecemos o amor, em que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos irmãos” (I João 3. 16).

Não precisamos ficar indagando "de quem é a culpa da morte do nosso Senhor e Salvador Jesus?": dos romanos, ou dos judeus?

Não precisamos ficar questionando a “culpa”, pois, na verdade, somos nós os culpados, todos nós e cada um de nós, pois foi o nosso pecado [o meu e o seu] que Ele veio perdoar com a sua morte naquela cruz, cruz que não era dEle, porque era nossa.

Quando o irmão Douglas Mônaco, da Missão Portas Abertas, fez a afirmação acima: "É impossível amar as pessoas e não querer que elas conheçam a mensagem de Deus", ele o fez com conhecimento de causa, pois a Missão que liderava no Brasil, criada pelo conhecido Irmão André, há mais de cinquenta anos, vem levando a todo o mundo a Palavra de Deus, com riscos à própria vida.

Riscos para a própria vida, porque o irmão André, no início do seu Ministério, quando era proibido falar de Deus, e mais especificamente de Jesus, nos países da extinta "Cortina de Ferro", adentrava em tais países, com seu fusquinha, levando Bíblias, e jamais foi pego, melindrado ou impedido.

Com a queda do comunismo, irmão André passou a fazer isso nos países onde, atualmente, a pregação do evangelho ainda não é permitida, e assim a Palavra de Deus tem sido levada a toda a criatura, nos confins da terra, nos lugares considerados proibidos, nos países de risco.

Então, a palavra do irmão Douglas é pertinente, pois baseada não em "teoria própria", mas na prática, na vivência dos missionários da Instituição que ele dirigia à época no Brasil, Missão Portas Abertas, de enfrentar riscos, por amor ao próximo, e, também, por obediência a Jesus (Hebreus 5. 9), levando bíblias para locais onde ainda impera a proibição, e, também, a perseguição.

Há que se levar em conta ainda o que Deus nos diz através de João: “Como é que vocês dizem que amam a Deus, a quem não veem, se não amam ao irmão [ao próximo] a quem veem?” (I João 4. 20 – transcrição não literal), e podemos considerar que esse questionamento é aplicável, também, na questão de não pregar ao próximo, sob a falsa premissa de que se deve deixar “cada um na sua”, o que é evidência de falta de amor ao próximo, por não nos preocuparmos com a mais importante decisão da vida dele, qual seja a sua vida eterna na presença [ou não] de Deus; o que, também, aponta para uma postura nossa de não estarmos contribuindo para que a vontade maior de Deus, de “que nenhum se perca”, se concretize.

Que Deus abençoe o trabalho daqueles que se arriscam por amor, amor aos pecadores, e sendo oportunos ou não, pregam, ensinam e testemunham a Palavra de Deus àqueles que ainda não tiveram um encontro pessoal com Jesus.

Edmar Torres Alves – editor do Sê Fiel

www.sefiel.com.br

edtoral
Enviado por edtoral em 04/09/2010
Código do texto: T2478264