ERIGINDO A NOVA TORRE DE BABEL
Em vídeo postado no You Tube (http://www.youtube.com/watch?v=3IIlYbPCKrM) o presidente Barack Obama definiu plenamente a Nova Ordem Mundial. “Nosso país não é mais um país cristão”, disse ele no começo do discurso. “E mesmo que fosse só de cristãos, que cristianismo ensinaríamos nas escolas? O de James Dobson ou o de Al Sharpton? Que passagens das Escrituras deveriam instruir nossas políticas públicas? Escolheríamos Levítico, que sugere que a escravidão é aceitável e que comer fruto do mar é abominação, ou Deuteronômio, que sugere apedrejar o filho que se desvia da fé?”
Se prestarmos bastante atenção, veremos claramente a torção malévola nessas palavras. De leve, mas de forma óbvia, elas retratam a Bíblia como politicamente incorreta e, por conseguinte, moralmente inferior a mente dos cidadãos atuais. Levítico não sugere que a escravidão é aceitável. Pareceria assim se partisse da ótica de um povo acostumado a liberdade, onde não há escravidão, como nos dias atuais. Todavia, o livro parte da ótica de um povo acostumado a escravidão e a escravização, num tempo em que tal prática era perfeitamente normal e justa aos olhos de todo mundo; quando mesmo as leis dos Estados apoiavam a hostilidade e crueldade sobre os escravos. E nesse contexto o livro de Levítico dá início a humanização dos indivíduos através da regulamentação da prática da escravidão, impedindo que se praticassem crueldade contra qualquer trabalhador, especialmente o não-remunerado. Inclusive, se examinar-mos esse livro isentos da disposição anti-Deus mostrada no discurso do presidente veremos que nele o Senhor não só inibe a hostilização e mal-trato dos escravos, mas também determina as condições em que seria permitido escravizar alguém, o tempo máximo de escravidão e os dotes que o escravo deveria receber juntamente com a alforria.
De igual forma, nesse mesmo tempo era usual (e muitas pessoas afoitas por “fazer justiça” desejavam e não perdiam a oportunidade) o apedrejar pessoas desordeiras e criminosas, sendo que muitos desses justiceiros de plantão se dispunham voluntariamente, outorgando-se também o direito de sair apedrejando a quem julgassem merecedor.
No livro de Deuteronômio Deus regulamenta a punição por apedrejamento (que as pessoas já praticavam livremente e sem o menor critério), determinando os critérios com os quais seria julgado cada caso e em que circunstâncias seria permitido a aplicação de tal sentença, bem como a forma de sua aplicação. E a própria Bíblia provê ensinamentos que gradativamente tornariam os indivíduos mais civilizados aos moldes ocidentais modernos e civilizados o povo israelita era bem mais que seus vizinhos já há três mil e quinhentos anos, naquele tempo muito mais até do que grande parte dos árabes de hoje.
Aliás, é bom lembrar que a civilidade ocidental moderna é devida a Bíblia. Também se deve observar o incremento demagógico das insinuações do presidente norte-americano por tratar-se ele do comandante de um país onde se pratica a pena de morte em alguns Estados, prática extremamente barbárea, não só por ser inútil, mas também por tratar-se sua nação de uma sociedade ocidental em pleno século XXI.
Quanto ao proíbir comer fruto do mar, falando assim, chamando polvo, lula, lagosta, ostra, camarão, etc., toda variedade de animais imundos e nocivos a saúde de fruto, Levítico pode até parecer cruel para com os “inocentes” alimentos que a glutonaria humana consome em nome do sabor. Entretanto, Levítico jamais sugeriu que consumir frutos do mar fosse abominação, mas que consumir animais imundos, seja do mar, do ar ou da terra, é profanação do corpo e agressão à saúde e o espírito por consequência. E justamente querendo reduzir os custos dos Ministérios da Saúde dos países é que em Levítico Deus deixou uma lista de peixes que são bons para o consumo humano.
E continuando a sutil vilanização das Escrituras Sagradas, o presidente prossegui a indagação de que passagens das Escrituras Sagradas deveriam nortear as políticas públicas. “Talvez devêssemos ficar apenas com o Sermão da Montanha”, sugeriu, “com uma passagem tão radical que é de duvidar que nosso próprio Departamento de Defesa sobreviveria à sua aplicação”.
Com vistas na vocação bélica dos Estados Unidos e no crescente incentivo às pessoas para que olhem para dentro de si mesmas, cada vez mais para si e somente para si, é certo que ninguém e, especialmente o Departamento de Defesa da maioria dos países e o dos Estados Unidos, não suportariam dar o outro lado da face. As pessoas já andam revidando até tapas que não levaram. Estamos no limiar da ditadura homossexual, por exemplo. Eles já não se contentam em ser respeitados e aceitos como seres humanos e terem os mesmos direitos que todos têm, mas querem ter leis especiais para apoiar seu comportamento e obrigar as pessoas aprova-lo. Inclusive no Brasil, as leis estão prestes a passar por cima da liberdade de expressão e de consciência para obrigar as pessoas não só a tolerar os homossexuais (como a maioria das pessoas já tolara), mas também aceitar como normal a prática do homossexualismo embora não aceitem.
Com essas considerações insinuantes da irracionalidade da Bíblia o presidente Barack Obama deixou claro que nos EUA não se farão mais leis motivadas por princípios cristãos, como seu conceito de ética e de moral. E este dizer está em conformidade com o que recentemente declarou um juiz na Inglaterra, que os direitos cristãos não têm proteção da lei, referindo-se as sanções da lei contra as opiniões dos cristãos e seus líderes em relação ao homossexualismo.
E, prosseguindo na sua explicação sobre um Estado absolutamente desvinculado dos princípios cristãos, Barack Obama disse que as pessoas motivadas pela religião devem traduzir suas preocupações em valores universais e não específicos das religiões. Em outras palavras, explicou que as propostas das religiões devem estar “sujeitas a discussão” e a que sejam “influenciáveis pela razão”.
Discurso estranho este se for observado que as religiões, muito mais que a comunidade em geral, é que mais têm “traduzido suas preocupações em valores universais”. Prova é a atuação humanitária muito mais efetiva no meio religioso, além, é claro, da conformação dos indivíduos à sociedade à lei e à ordem. Inclusive, é bom que se lembre que há uma consciência cristã na sociedade a qual tem contido as paixões, especialmente dos não religiosos. Se dependesse desses, já seria comum as crianças assistirem a sexo nos filmes e tele-novelas, por exemplo. Quando essa consciência for banida mesma a caótica governabilidade se tornará impraticável.
Neste ponto o presidente Barack Obama sobrepujou em muito o pretencionismo ateu. Ao passo que mostrou quanto conhecimento tem da Bíblia, demonstrou quão oportunista e mal-intencionado é seu discurso, pois com esse dizer qualificou a religião de mero passa-tempo, não de algo que se deva levar a sério, tampouco de uma “chupeta” que se queira tirar a força das pessoas (como pretenderam o Positivismo e Comunismo), mas de algo que seja permitido já que as pessoas gostam, as distrai e acalma (o ópio), mas não que a religião seja algo cujos princípios produzam indivíduos e sociedades de melhor qualidade. Esquece que o remédio somente atua sobre o corpo se possui princípios ativos e que em alguns medicamentos o princípio ativo é mais forte ou mais fraco, sendo que alguns até já estão vencidos, requerendo que se renove o princípio restaurando a fórmula. Naturalmente que há no corpo a tendência a rejeição e reação, sendo que alguns sistemas poderão até ser prejudicados. Entretanto, após a administração correta, a doença termina e tudo passa a funcionar em harmonia.
No caso da religião essencial, os conflitos e reações não se originam nos que se submetem a ela (esses tornam-se respeitadores da liberdade de escolha e dos direitos dos outros), mas nos que não querem se conformar com a reforma de caráter que ela produz e ainda se ofendem com o sistema de vida moralmente mais elevado daqueles que foram transformados, por isso elegem pessoas capazes de torcer as leis e sobrepujar o direito de forma a aprovar leis com as quais se possa calar os religiosos. E na verdadeira religião de Cristo, a que toma unicamente a Bíblia como base, não há coerção de quem não aceita a religião, tampouco hostilização daquele que não a pratica. Ao contrário, ela provê a liberdade de escolha. Por isto seus ministros utilizam-se do direito de pregar livremente mostrando a todos as contradições filosóficas do mundo e as contradições doutrinárias das crenças, pois somente conhecendo todos os fatos é que se exerce a verdadeira liberdade de escolha. E quem quiser ouvir ousa e quem não quiser, não ouça.
Portanto, qualquer discurso ecumenista trata do esvaziamento, da anulação, inutilização da religião, pois no ecumenismo que se está pregando as divergências religiosas (a Bíblia) serão eliminadas para que aqueles que não querem se submeter a disciplina bíblica possam livrar-se dos discursos dos crentes e sossegar suas consciências quanto a existência de Deus, a moralidade de Cristo, a justiça divina no que diz respeito a justiça social, o direito do trabalhador, do pobre, das mulheres, das crianças, as práticas sexualmente imorais, a destruição do casamento, da família, etc., enfim, o franco desmoronamento da sociedade.
Observemos que o discurso de Barack Obama trata das divergências religiosas como causa de conflitos sociais e atraso, mas ele aponta a Bíblia como sendo origem dessas discrepâncias conflitivas. Por aí já se pode prever que o governo da nova ordem mundial forçará os crentes a “evoluírem” (melhor seria dizer envolverem) para uma religião fundamentada nos critérios e opiniões humanos, pois a Bíblia é que não aceita discussão dita por racional e por isso ela terá que ser suprimida dessa religião, como foi no final do Império Romano e durante o Sacro Império Romano. Sendo assim, embora existirá uma religião nominal chamada cristianismo, não existirá religião, pois essa religião será inócua, incapaz de conter as paixões humanas.
E em seu discurso o presidente Barack Obama passou com tanta violência por sobre a moralidade da Bíblia ao ponto de atribuir-lhe insanidade quando fez referência torcida a atitude de Abrão de levar Seu filho Isaque para sacrificar em obediência a ordem de Deus. “Se visse-mos Abraão encima do telhado com uma faca na mão levantada sobre Isaque o mínimo que poderíamos fazer seria chamar a polícia e tirar-lhe a guarda do filho”, sugeriu o presidente. “Sabe por que?”, explicou. “Porque nós não vemos e nem ouvimos o que Abraão via e ouvia, da mesma forma que não vemos e nem ouvimos o que os cristãos vêm e ouvem”.
Até parece que não partiram de cristãos e de pessoas culturalmente cristãs as leis mais efetivas de proteção a criança e a mão-de-obra infantil. Aliás, diga-se de passagem, mesmo os empresários crentes têm sua visão comercial baseada no capitalismo selvagem que se originou no positivismo que possui base atéia. E qualquer pessoa que conheça a história brasileira ou tenha mais de cinqüenta anos sabe muito bem como os empresários bem gostaram de enriquecer às custas da exploração da mão-de-obra infantil, juvenil e adolescente, a quem eles pagavam meio salário para trabalhar tão eficientemente e cumprir a mesma carga horária dos adultos.
E para mostrar ainda mais a intenção do presidente de torcer os fatos, é sabido que ao levar o filho para sacrificar Abraão não estava fazendo algo estranho as pessoas de sua época, pois até menos de quinhentos anos atrás povos pagãos tinham o costume de oferecer seus filhinhos aos deuses em sacrifício, queimando, inclusive, vivos. E, no discurso novaerista de agora, que mais atua para forçar o ecumenismo, nem mesmo se pode criticá-los, pois esses discursos defendem até que devemos respeitar essas práticas, pois tratava-se da prática da fé desses povos e devemos respeitar a fé dos outros. Sendo assim, porque em seu discurso o presidente Barack Obama trata de uma religião que respeite e acolha todo tipo de culto, é de se presumir que nesse ecumenismo ao qual ele se referiu que deverá ser praticado as pessoas serão obrigadas a respeitar e acolher cultos de sacrifícios humanos, embora ele mesmo tenha dito que no caso de Abraão se chamaria a polícia e tiraria a guarda de Isaque.
Todavia, ao mandar Abraão sacrificar seu filho Deus pretendia dar-lhe, e, através dele, dar a humanidade um vislumbre da dor de ser obrigado a sacrificar seu próprio filho não em favor de si mesmo (como os pagãos faziam), mas em favor dos outros. Com isso também relembrava a humanidade deturpadora que sacrifícios humanos são contrários e inúteis a prática da verdadeira justiça. E isto Deus faria quando visse Seu próprio Filho pendente numa cruz em favor de Seu próprio povo ignorante, que o desprezou, em favor dos pagãos, que não fizeram justiça com Ele embora fosse seu atributo por lei, além que O desprezarem e executarem, e em favor dos seres humanos do nosso tempo, que cinicamente O caluniam, atribuindo-lhe imoralidade e negando a eficácia de Sua moral para poderem praticar imoralidade sem o menor drama de consciência.
Portanto, quando Apocalipse fala de Armagedom, de segunda besta fazendo imagem para adoração da primeira, etc., trata disto que estamos presenciando agora (e que está acontecendo por todo o mundo), pois para entender o que é besta basta observar os elefantes, as mulas, os cavalos, os leões, etc., ver como eles agem com foraça e imperícia e cmparar com as ações dos Estados e as instituições estatais. Observe que, apesar das tantas ações paquidermes dos governos e suas instituições contra seu próprio povo e contra outros países, eles seguem orgulhosos e em seu discurso o presidente dos EUA fala que as religiões (aqui tratando da Bíblia) têm que se submeter a razão. A que razão ele se refere? A razão paquiderme que não tolera a opinião contradizente e não respeita a liberdade de consciência? Isso é razão?
Daqui para a frente as perseguições se tornarão uma realidade sempre mais frequente, pois a maioria da humanidade busca desesperadamente sufocar sua consciência e por isso outra vez chega ao fim a tolerância aos cristãos fundamentados no princípio original da Palavra de Deus. Todos os indivíuduos terão que decidir de que lado se pôr. Se do lado dos moralmente corretos ou dos politicamente corretos. Muitos cristãos confirmarão sua fé com o próprio sofrimento. Alguns até com o próprio sangue. Mas Jesus presto virá e pisará aos pés toda altivez, todo autoritarismo, toda prepotência e distorção. Portanto, devemos estar preparados para não "participarmos do cálice da ira de Deus, mas asentar-mos a Sua mesa e desfrutarmos de sua seia".
O discurso do presidente Barack Obama pode ser visto no link abaixo: http://www.youtube.com/watch?v=3IIlYbPCKrM
Wilson do Amaral