A Lei: Moisés e Jesus Cristo

Sob quais aspectos os ensinamentos de Jesus restabelecem a Lei Divina recebida por Moisés?

Deus é soberanamente justo, bom e misericordioso e dá a cada um segundo as suas obras. Jesus acrescentou que essa Lei é o amor, e nela encontra-se o princípio dos deveres para com Deus e aos outros homens: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Jesus referia-se à Lei Divina, à vontade do Pai, como a qual identificava-se completamente, pois vivenciava em si mesmo. É assim que a Lei moral emanava de sua autoridade.

Qual a importância da compreensão dos atributos de Deus e de suas leis para o homem?

A compreensão dos atributos de Deus e de suas leis, de par com a da imortalidade da alma e da vida futura são de suma importância, pois modificam profundamente as relações mútuas entre os homens, a vida, os costumes e as obrigações.

O Espiritismo busca desvendar o sentido oculto e alegórico dessas verdades, fundamentando-as científica e racionalmente.

Se a lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés, e a do Novo Testamento em Jesus Cristo, já a Terceira Revelação da Lei Divina não está personificada em ninguém, pois as Leis Morais são produtos do ensinamento de uma plêiade de Espíritos, que são as "vozes do céu" em todas as partes do mundo.

O Espiritismo em nada ensina contrário aos mandamentos morais de Jesus, mas desenvolve-os, explica-os, torna claro para todos o que fora dito de forma alegórica.

Qual a relação de O Livro dos Espíritos com o Evangelho Segundo o Espiritismo?

As Leis Morais contidas em O Livro dos Espíritos nada mais são que os imperativos morais ensinados por Jesus, porém articulados à luz da razão, ou seja, da filosofia, na medida em que a referida obra consiste em princípios racionais que visam fundamentar O Evangelho Segundo o Espiritismo.

É assim que a Lei Divina evolui para a consciência humana, segundo a capacidade cognitiva e a evolução dos homens, do Decálogo, Dez Mandamentos, às Leis Morais. Foi Moisés quem abriu o caminho, Jesus continuou a obra, o Espiritismo a concluirá (ESE, Capítulo I, item 9).

Bibliografia: ESE Capítulo I, itens 1 a 4).