Volta, minh'alma, ao teu sossego

Muitos são os Salmos nos quais o salmista busca refúgio em Deus.

“Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.”
“Em ti, Senhor, me refugio.”


Fica aflito, pede socorro, quer resposta. “Clama de contínuo”, busca salvação, suplica por proteção, quer ter ouvida sua voz súplice. Reclama da inatividade de Deus, sugere fórmulas para a sua salvação, em desespero pede vingança contra seus malfeitores... e depois, assustado, pede abrigo.

“...no esconderijo das tuas asas eu me abrigo.”
“Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.”
“Tu és meu esconderijo, tu me preservas na tribulação...”
“Sê meu castelo forte, cidadela fortíssima que me salve.”


Há lugar para as orações de súplica nos tempos de desespero, quando a situação nos foge ao controle. No entanto, por imaturidade da nossa fé corremos o risco de viver em fuga, sempre nos ocultando no escuro das asas de Deus.

Jesus nos oferece uma outra possibilidade, a do descanso.

“Vinde, todos que estais cansados, e eu os aliviarei.”

Entregar-se aos seus cuidados requer muito treino, talvez o de uma vida inteira. Mas num ato de ousadia, vale a pena tentar trocar o esconderijo pelo descanso.

“Mesmo escura a noite, brilhe a tua luz – ó Estrela da Manhã!
E em teus braços eu descanso, meu Senhor Jesus.”

Talita Ribeiro
Enviado por Talita Ribeiro em 15/07/2010
Reeditado em 15/07/2010
Código do texto: T2380189