Sofonias: as riquezas e o Juízo Final

“Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor do Senhor” (SF 01:18)

Nesse versículo, a reflexão que deve ser feita por nós é uma só, mas que pode ser dividida em duas vertentes: a riqueza.

A primeira vertente é o apego às coisas materiais de forma exacerbada.

A Palavra de Deus, ou seja, a Bíblia, nos diz que Deus empobreceu para que nós enriquecessemos. Sendo assim, Deus não condena o conforto, a prosperidade material. Pelo contrário: Cristo mesmo disse: “Eu vim para que tenham vida, e vida com abundância”. Se quisermos ter mais uma prova contra essa idéia estranha de que Deus quer que vivamos na pobreza, podemos pegar a profecia de Isaías, que diz: “Se crerdes e ouvirdes, comerei do melhor dessa terra”.

O grande problema é quando nós simplesmente damos mais valor ao nosso ouro e à nossa prata do que à nossa evolução e purificação espiritual. Há uma parábola contada por Cristo que compara o Reino dos Céus a uma festa de núpcias, onde muitos foram convidados mas poucos compareceram, pois a maioria estava ocupada cuidando da sua casa de campo e dos seus negócios. A casa de campo e os negócios são todas as coisas materiais que nós colocamos à frente da nossa vida espiritual. Quantas vezes, por exemplo, deixamos de ir à Igreja para ir a um passeio? Ou então, quantas vezes deixamos de fazermos as nossas orações para vermos um programa na televisão? Quantas vezes sabemos que aquilo é errado, mas é gostoso fisicamente falando, nos trará um retorno bom financeiramente falando, e fazemos mesmo assim? Irmãos, sempre que agimos dessa forma, colocamos nosso ouro, prata, negócios e casas de campo à frente do Reino de Deus. Mas o engraçado é: quando estamos doentes, quando precisamos, quando estamos nos sentindo desamparados, confusos, perdidos, sem expectativas, prostrados como Josué ao perder a guerra contra Ai, nós não vamos às casas de campo nem aos nossos negócios: vamos às Igrejas, rezamos, fazemos promessas, votos, etc. Ué, se na hora boa seus bens materiais foram seus companheiros, por que na hora da agonia não volta-te para eles? Nessa hora Deus serve? Não é muito comodismo da nossa parte? Não é puro interesse? Por que de “fé” é que essa prática não pode ser chamada nem em pensamento.

Outra vertente desse versículo e que conversa com o que foi dito acima é a crença errada que as pessoas apegadas aos bens materiais exageradamente têm de que estão “protegidas” pela sua riqueza.

Meus irmãos, façamos a seguinte reflexão: uma pessoa extremamente rica, realmente abastada, está imune à um acidente? A uma doença? Não. Ela pode, pela sua condição financeira privilegiada, tratar-se num hospital de primeira linha, num outro país que seja referência no tipo de enfermidade que a acomete, mas LIVRE da doença, ela não está.

Estaria essa mesma pessoa então livre da morte? Não. Dessa, nem que ela se interne no melhor hospital do mundo pode escapar se não for pela vontade de Deus.

Resume-se assim o seguinte: não importa o quão rico você é, não importa o que você possui, não importa quantos zeros tem a cifra do seu patrimônio, sem a graça de Deus, você não vai a lugar nenhum e não será poupado no dia do Juízo.

Deus não vai, antes de julgar nossas obras, perguntar:

-Quem aqui era milionário? Passe à direita.

-Quem aqui era bilionário? Está perdoado, irmão. Passe à direita.

-Quem aqui ganhava um salário mínimo ou menos? Está condenado. Aparte-se de mim!

Isso seria ridículo. Portanto, meus irmãos, tenhamos uma coisa bem fixada em nós: tenhamos uma vida abundante, próspera, como Deus prometeu àqueles que O seguissem, mas não achemos que temos o direito de dispor disso sem responder depois. Não achemos que a nossa riqueza nos torna imunes.

Quem planta, colhe o que plantou. E não é a sua riqueza que vai te dar a Vida Eterna, e sim a sua fé, as suas boas obras, a caridade que você praticou, o tanto de lágrimas que secou.

E o tanto quanto amou e acreditou em Deus e proclamou o nome Dele, por que a fé sem obras é uma fé morta.

Caahzita
Enviado por Caahzita em 27/06/2010
Código do texto: T2344662