RECONCILIAÇÃO

"ORA, TUDO PROVÉM DE DEUS, QUE NOS RECONCILHOU CONSIGO MESMO POR MEIO DE CRISTO E NOS DEU O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO".

(2 Co. 5:18)

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Observamos na passagem em Colossenses, 1:20, abaixo descrita, que coisas "no céu e na terra" precisam de reconciliação.

"E QUE, HAVENDO FEITO A PAZ PELO SANGUE DA SUA CRUZ, POR MEIO DELE, RECONCILIASSE CONSIGO MESMO TODAS AS COISAS, QUER SOBRE A TERRA, QUER NOS CÉUS."

A respeito podemos supor aqui se o apóstolo se refere aos seres angelicais que caíram. Como eles serão redimidos, não sabemos dizê-lo; mas a despeito de nossa ignorância, CRISTO é o redentor deles.

Aquele citado texto menciona a Cruz, o sacrifício de CRISTO, e esse é o fator remidor, ficando subentendido, naturalmente, que através dele vem igualmente à vida celeste, após a morte física, e tudo visando à redenção humana. Ao assim dizer, a passagem mencionada se mostra um paralelo exato do versículo acima epigrafado. O custo é grande, porquanto a queda fora radical. (Rm. 3:25:26).

A reconciliação nas páginas do N.T. consiste do livramento conferido a um homem de suas dificuldades, por ele mesmo criadas, e que ele, por sua arrogância e perversidade, causou sobrevirem contra si mesmo. Tal homem perdeu o favor divino; e as Escrituras Sagradas descrevem DEUS como alguém irado contra tal indivíduo, intensamente desagradado, embora não devamos imaginar alguma atitude semelhante à ira humana. Não obstante, tal desprazer é perfeitamente real, e a alienação ente a alma do tal homem e DEUS é radical. Assim sendo, a reconciliação consiste da remoção das causas dessa alienação, centralizadas no pecado e no espírito voluntarioso do homem. A bondade e graça, o que capacita a receber os benefícios da redenção que há em CRISTO JESUS. A reconciliação antecipa o completo perdão do pecado, e pelo menos, o começo da participação na sanidade positiva de DEUS, participação essa que, finalmente, se fará completa, porquanto o homem está destinado a participar plenamente do amor, da justiça e da bondade de DEUS, e não meramente a ficar livre de pecados graves.

Dessa forma, o homem é modificado, e a alienação entre o homem e DEUS se vê inteiramente eliminada.

"E VÓS OUTROS TAMBÉM QUE, OUTRORA, ÉREIS ESTRANHOS E INIMIGOS NO ENTENDIMENTO PELAS VOSSAS OBRAS MALIGNAS". (Col. 1: 21).

Como se nota, o novo pacto descreve os homens perdidos como inimigos de DEUS. As condições que estabeleceram essa inimizade, portanto, precisam ser eliminados. E DEUS faz isso na pessoa de CRISTO. A conversão e a santificação fogem do homem o tipo de vigorosamente a todo mal, e a participação do homem na queda no pecado é a causa de uma profunda alienação entre ele mesmo e o Senhor.

Porém, CRISTO como que lançou uma ponte por sobre o abismo de separação, algo que o próprio homem jamais poderia fazer.

Assim sendo, o homem é meramente perdoado de suas maldades, por causa do sangue de CRISTO, mas também é tornado um ser justo, de maneira positiva, passando a compartilhar de CRISTO. Nesse ponto, a reconciliação se completa.

Finalmente, entendemos que a outorga do ministério de reconciliação poderia ter sido feito aos anjos ou a outros seres (talvez desconhecidos de nós). Porém, foi entregue ao humilde homem, de tal maneira que, em amor, um ser humano pode ajudar a outro. Isso agradou a DEUS, por quanto isso deu aos homens a oportunidade de viverem segundo a lei do amor que é a prova mesma da espiritualidade.

"AMADOS, AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS, PORQUE O AMOR PROCEDE DE DEUS, E TODO AQUELE QUE AMA É NASCIDO DE DEUS E CONHECE A DEUS". (1 João, 4:7)

FONTES: Bíblia Sagrada

Livro N.T. Interpretado.

Wilson de Oliveira Carvalho

Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo o que plantamos" (Provérbio Chinês)