Mateus: Morte de Cristo e remissão dos pecados

“E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei todos dele, por que isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para a remissão dos pecados” (Mateus 26: 27-28)

Esses dois versículos falam sobre a Santa Ceia de Jesus, a última Páscoa, antes de ir para o Monte das Oliveiras.

O sangue do Novo Testamento citado por Jesus é, como o próprio diz, o seu sangue, que é derramado por muitos para a remissão dos pecados. Analisemos então.

Com certeza, o sangue de Cristo foi realmente derramado por muitos: todos os daquela época que foram coniventes, que PEDIAM a punição e morte do Redentor. O sangue de Cristo não foi derramado apenas pelos que o pregaram naquela cruz, mas por todos aqueles infelizes e ignorantes que armaram aquele circo que culminou na morte de Jesus.

Mas Cristo, filho do Pai Celeste, já sabia do seu destino e se resignava. Mais, ele cumpria o seu destino com prazer, por que o seu sofrimento serviria para algo muito importante: a remissão dos pecados do povo.

A morte de Cristo deveria ter servido para a nossa melhora, o nosso progresso espiritual e nossa comunhão com Deus. Deveria ter servido para que aqueles que não criam, cressem, pois não é qualquer pai que entrega seu filho para a remissão dos pecados de outros. Mas Deus o fez. E Cristo se resignou. Amou-nos tanto, mas tanto, que suas últimas palavras foram uma prece para seus carrascos. A morte Dele era nobre. Mas serviu? Teve utilidade?

Pergunto isso, meus caros, por que vejo todos os dias pessoas que ainda não perceberam, não “se tocaram” de tudo isso. Pessoas que, aparentemente, crêem em Deus, se dizem pessoas de fé, mas ainda não pararam para refletir sobre a magnitude dessa história que é tema de filmes que passam na sessão da tarde todas as Páscoas. Ou ainda, pessoas que simplesmente desdenham, blasfemam e duvidam. Honestamente, eu não sei qual categoria é a mais lamentável.

Lamentável e explico por quê: é inconcebível que a morte de Cristo tenha sido em vão. Aliás, em vão não foi, por que nos remiu dos pecados. Mas, de que adianta essa remissão se ela não é valorizada? Não é valorizada por ninguém, digo mais.

Primeiro, é um ato de ingratidão imenso para com Deus, que deu Seu filho, e para com Cristo, que sofreu toda aquela agonia e humilhação. Pense: se você ajuda alguém, com a maior boa vontade, se prejudica às vezes para tentar um auxílio e essa pessoa te apunhala você com certeza sairá contando choroso essa história aos quatro ventos. Geralmente, auxílios pequenos. Favores. E mesmo que sejam grandes, não são absolutamente nada comparados á atitude de Deus. Pois bem: se você sentiu a ingratidão ferir, em algo tão menor, imagine a ingratidão que é praticada contra Deus e contra Cristo a esse respeito. Você suportaria se uma ingratidão milhões de vezes menores partisse de seu filho? Sua mãe? Seu companheiro? Seu melhor amigo? Arrisco dizer com toda a propriedade e certeza: não.

Outra forma de ingratidão é quando nós, insensatos que somos, insistimos em pecar sempre nas mesmas coisas. Insistimos em fazer exatamente o que é contrário à vontade de Deus. Exatamente aquilo que Ele disse: “Não faça. Não cometa. Não vá por ai. Faça um retorno. Mude de direção.”

Deixamos de fazer? Mudamos de direção? Ouvimos a palavra Dele? Não. Se ouvíssemos, a Humanidade não sofreria tanto como sofre de todos os males possíveis. Não é isso uma forma de ingratidão? Ora, pecar é, até certo ponto, tolerável. Somos carne, não somos puramente espíritos e nem perfeitos. Aliás, muito menos perfeitos. Mas precisamos colaborar, nos esforçar, tentar progredir, LUTAR CONTRA nossas más inclinações! Por que se não vira algo muito cômodo: “Eu sou humano, não sou perfeito. Deus entende”. Deus entende. Claro que entende! Vamos ver se você vai entender quando começar a colher os frutos das suas atitudes insensatas. Aliás, Deus entende tudo, quem não entende aqui é você, sou eu, somos nós, que não ENTENDEMOS o significado do sacrifício de Cristo. Se tivéssemos entendido, nossa conduta seria outra.

Não é isso então, meus caros, ingratidão para com Deus?

Não é então, meus amigos, simplesmente transformar a morte de Jesus em nada? Por que, se ele se sacrificou para a remissão dos nossos pecados, o MINIMO que podíamos fazer seria dar o nosso melhor para fazer como Cristo disse à mulher adúltera: “Vá, e não peques mais”. Aliás, deixe-me mudar o que disse: o MINIMO que podíamos fazer para honrar a morte de Cristo era crer nele e em Deus. Era amá-los. E muitos nem isso fazem.

Pensemos então, irmãos: com certeza, não é essa a conduta que Deus esperava de nós. Não era essa a expectativa de Cristo. Eles merecem desapontar-se tanto conosco?

Caahzita
Enviado por Caahzita em 22/06/2010
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