A ENFERMIDADE NA VIDA HUMANA
A enfermidade e o sofrimento sempre es-tiveram entre problemas mais graves da vida humana. Na doença o homem experimenta sua impotência, seus limites e sua finitude. Toda doença pode fazer-nos entrever a morte.
A enfermidade pode levar a pessoa à an-gústia, a fechar-se sobre si mesma e, às ve-zes, ao desespero e a revolta contra Deus. Mas também pode tornar a pessoa mais madura, ajuda-la a discernir em sua vida o que não é essencial. Não raro, a doença provoca uma busca de Deus, um retorna a Ele.
O ENFERMO DIANTE DE DEUS
O homem do Antigo Testamento vive a doença diante de Deus. É diante de Deus que ele faz sua queixa sobre a enfermidade, e é dele, o Senhor da vida e da morte, que implora a cura. A enfermidade se tornas ca-minho de conversão e o perdão de Deus de início à cura. Israel chega à conclusão de que a doença, de uma forma misteriosa, está ligada ao pecado e ao mal e que a fidelidade a Deus, segundo sua Lei, dá a vida: “Porque eu sou Javé, aquele que te restaura” (Ex 15,26). O profeta entrevê que o sofrimento também pode ter um sentido redentor para os pecados dos outros. (Cf Is53,11). Final-mente. Isaias anuncia que Deus fará chegar um tempo para Si em que toda falta será perdoada e toda doença será curada (Cf Is33-24)
CRISTO- MÉDICO
A compaixão de Cristo, para com os doentes e suas numerosas curas de en-fermos de todo tipo são um sinal evi-dente de que “Deus visitou o seu povo e de que o Reino de Deus está bem pró-ximo. Jesus não só tem poder de cu-rar, mas também de perdoar os peca-dos: ele veio curar o homem inteiro, al-ma e corpo; é o médico de que neces sitam os doentes. Sua compaixão para com todos aqueles que sofrem é tão grande que ele se identifica com eles: “Estive doente e me visitastes (Mt 25,36). Seu amor de predileção pelos enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção toda especial dos cristãos para com todos os que sofrem no corpo e na alma. Esse amor será na origem dos incansáveis esforços para aliviá-los.
Muitas vezes Jesus pede aos enfer-mos que cream. Serve-se de sinais pa-ra curar: saliva, a imposição das mãos, lama e ablução. Os doentes procuram toca-lo “porque dele saia uma força que a todos curava” (Lc 6,19)Também nos sacramentos Cristo continua a nos “to-car” para nos curar.
Comovido com tantos sofrimentos, Cristo não apenas se deixa tocar pelos do-entes, mas assume sua miséria: “Ele lê-vou nossas enfermidades e carregou nossas doenças. Não curou todos os enfermos. Suas curas eram sinais de vinda do Reino de Deus. Anunciavam, uma cura mais radical: a vitória sobre o pecado e a morte por sua Páscoa. Na cruz, Cristo tomou sobre si todo o peso do mal e tirou o “pecado do mundo” (Jo 1,29). A enfermidade não é mais do que uma conseqüência do pecado. Por sua paixão e morte na cruz, Cristo deu um novo sentido ao sofrimento, que dora-vante pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora.
FONTE:http//angelgireh.tripod.com/sp07.html