SOMOS TODOS MÉDIUNS E NÃO SABÍAMOS!

Em alusão ao meu texto SOMOS TODOS FILHOS DE DEUS, a leitora e colega Anabailune postou o que segue sobre a mediunidade e a liberdade de escolha no centro espírita:

07/04/2010 09:49 - anabailune

Eu achava que era espírita, e até frequentava um centro Kardecista. até que um dia disseram: "Você é médium e tem que trabalhar." Argumentei: "Não desejo este caminho para mim." Ela respondeu: "Se você não aceitar, ficará cada vez mais doente e sua vida virará uma confusão só!" Respondi: "Mas e o livre-arbítrio, do qual vocês tanto falam? Não vale de nada, neste caso?" Ela não respondeu, e eu parei de frequentar. Nunca fiquei doente e estou bem viva até hoje!

De fato, muitas vezes fui esclarecido por amigos espíritas de que sou médium e alguns dos meus pretensos guias espirituais me advertiram quanto a não praticar a mediunidade, esclarecendo que quem não o faz adoece. Esse parece ser o procedimento padrão dos espíritas ao abordarem uma pessoa que tencionam converter ao espiritismo. De igual forma agem os pentecostais xiitas, como os Deus é Amor, Brasil Para Cristo e do gênero, tentando converter pela intimidação, apelando para nuvem pretas sobre a cabeça do interlocutor, bode preto atrás da pessoa, coisa do demônio e tudo o mais.

Esse tipo de coisa funciona muito bem com pessoas que não conhecem Palavra de Deus e o poder do Criador de todas as coisas. Em regra, por terem origem na cultura católica, como é no Brasil, as pessoas cresceram ouvindo falar de assombração, maldições, superstições, sendo advertidos sobre demônio em forma de bode preto, pessoas com chifres e patas de bodes e superstições mil, tendo por isso o consciente coletivo de não enfrentar espíritos, que são coisas do outro mundo. Sendo assim, pelo temor aos espíritos, que muitos também ouviram dizer que são demônios, as pessoas obedecem a advertência espírita, pois quem quererá enfrentar os demônios?

A dona Maria Dornelles, adventista vegetariana com quase 100 anos, perdeu o medo dos demônios e decidiu enfrentá-los quando conheceu o Cristo da Bíblia. Contou-me que há mais de sessenta, quando era espírita, seu próprio esposo, o seu Honorato, crendo no que lhe diziam no centro espírita, a advertia de que, porque ela tinha muita mediunidade, ficaria louca se não praticasse a “caridade” no centro espírita. Entretanto, ela disse que não tinha mediunidade nenhuma e o que ela manifestava era fingimento, fazendo apenas para satisfazer ao que seus guias espirituais esperavam dela. Todavia, convencia, pois seu marido acreditava que suas manifestações fossem autênticas, tanto que relutou para aceitar quando ela esclareceu que não eram.

Muitas outras pessoas contam que foram esclarecidas de que são médiuns e que devem praticar a "caridade" mediúnica (fazer curas e dar passes pela imposição das mãos no centro espírita, muitas vezes incorporando espíritos), ao preço de ficarem doentes ou loucas por não canalizarem esse potencial.

Existem algumas coisas interessantes e, deveras, intrigantes, para não se dizer, bem questionáveis, no espiritismo branco (o kardecismo). A primeira delas é que a pessoa só fica sabendo que é médium através dos espíritas, que associam o fato de a pessoa ter visto qualquer manifestação estranha a um suposto potencial de mediunidade que então eles dizem que a pessoa tem. Ora. Se for assim, todos são médiuns, embora ninguém tenha ficado sabendo antes. Portanto, ninguém precisa de médium.

A segunda é que só se fica sabendo que se teve uma vida passada porque algum espírita (qualquer um deles) conta. Assim ocorreu comigo. Fiquei sabendo que fui um nobre na Idade Média e que queimei minha esposa porque ela me traiu. Quem me contou foi um médium que me falou isso logo ao me conhecer e depois contar a minha vida atual para me impressionar. Todavia, sei que os anjos caídos com Lúcifer andam por todos os lugares onde andamos e sabem tudo da nossa vida.

E a terceira coisa é que a caridade no centro espírita é somente o fazer curas, não através de médico, exame laboratorial e remédio que se tem que pagar, mas através da imposição das mãos transferindo energia para o doente que, em regra, acaba morrendo tempos depois da mesma doença. Esse foi o caso do marido de uma amiga minha, com o qual, ela e os filhos freqüentavam o centro espírita sobre a empresa que eu trabalhava. O cara tinha uma doença no pulmão (um vírus ou uma bactéria) que lhe produzia uma febre que os analgésicos espirituais não conseguiam baixar. Todavia, ele continuava buscando a cura no centro espírita, onde lhe fizeram cirurgia pelo espaço, além de tratá-lo com acupuntura espiritual. Claro que ele era muito do burro, pois a acupuntura normal já é mesmo só para combater sintomas, como dor, febre e coisas assim. Imagine acupuntura pelo espaço! Quanto charlatanismo e cegueira de quem acredita nisso!

Pois o homem morreu dessa doença após uma sequência interminável de dias de muito sofrimento. Todavia, a mulher burra seguiu indo ao centro espírita praticar “caridade” para não deixar morrer o seu menino mais velho que contraíra a mesma doença. E a febre do garoto só aumentou, até a noite em que a esperei sair do centro espírita e lhe disse que devia fazer um exame bacteriológico, pois os pseudo-s médicos espirituais estavam muito desatualizados, porque no tempo que esses espíritos dizem que viveram e eram médicos a medicina era muito precária.

Ela deu ouvidos ao meu conselho e dois dias depois disse que o menino estava baixado no Hospital de Clínicas recebendo tratamento médico e que sua febre já estava sendo controlada.

Embora o charlatanismo seja crime, milhares de pessoas são iludidas com centenas de terapias alternativas sem qualquer eficácia, inclusive condenadas pela OMS, a exemplo da Iridologia, Reiki e outras, como a cura fantasiosa no centro espírita. Todavia, muitas pessoas se esforçam para livrá-las desse engano mortal, mas eles estão tão cegos pela presunção de que o espiritismo é inteligência, que presumem que aqueles que os advertem são fanáticos e preconceituosos, dizendo que os cristãos odeiam os espíritas, por isso os combatem. Todavia, quanto a mim, não combato os espíritas, combato o engano que os escraviza.

E, a exemplo da Anabailune, a dona Maria Dornelles nunca ficou doente por ter enfrentado os espíritos e ter se negado a continuar praticando a mediunidade, sem ter ficado doente até agora, quando já está com quase sem anos e cuidando de sua casa sozinha. De igual modo, embora muitos tenham me esclarecido e advertido de minha mediunidade, também não fiquei doente, bem como sei que não estão adoecendo muitas outras pessoas que receberam a mesma advertência.

Todavia, muitas vezes vi os espíritas doentes e nos últimos tempos até remédios providenciamos para médiuns que fizeram a cirurgia pelo espaço e não se curaram. A irmã da minha esposa é uma que vai para a mesa de cirurgia no próximo mês depois de ter feito a tal cirurgia espiritual.

Quanto engano e quanto desejo de ser enganado! É lamentável ver que pessoas tão inteligentes se deixam enganar por uma filosofia tão pobre!