QUANTO DA BÍBLIA FOI ADULTERADA
Se a Bíblia foi adulterada nas cópias, o Cristo que ela (e somente ela) revela também foi. Portanto, Ele não é confiável. Sendo assim, os novaeristas e espíritas, que dizem que a Bíblia não é confiável, bem como os mórmons, que dizem que ela se contradiz, também dizem que a doutrina que eles mesmos pregam é inspirada em um Cristo não confiável. Logo, a inteligência que atribuem a si mesmos é dúbia, pois, denunciando a Bíblia como falsa, denunciam como falsa a doutrina que pregam.
Excetuando a parte do Velho Testamento que foi e é também copiada pelos judeus, a maioria dos copias integrais da Bíblia foram feitas por monges católicos. Por esse fato poderíamos presumir que, sendo eles católicos, teriam conformado a Palavra de Deus aos interesses da Igreja, como espíritas e novaeristas dizem ter ocorrido ao longo das repetidas cópias. Entretanto, só mesmo não lendo a Bíblia para conformar-se com tal sentença, pois, mesmo a versão católica das Sagradas Escrituras, publicada pelas Edições Paulinas, contradiz praticamente toda a doutrina católica, desautorizando e denunciando a Igreja, padres e papas. Se não fosse assim, jamais teria havido a Reforma, pois pessoas como Wycliffe, João Huss, Jerônimo, etc., que morreram na fogueira por causa da Reforma, mas sem se retratar (sem voltar atrás), e Martinho Lutero e tantos outros, que puseram a própria vida em risco em favor desse movimento que abriu o mundo para a luz da inteligência, o fizeram porque viram na Bíblia quão errada estava a Igreja, os padres e os papas, nos quais eles antes criam piamente e defendiam com sinceridade.
Um exemplo de como a Bíblia contradiz a doutrina católica é a própria Lei dos Dez Mandamentos, de Êxodo 20:4 e Deuteronômio 5:11, onde diz para não fazer imagem de escultura nem mesmo de Deus (que está “encima, no Céu”), Êxodo 34:17, que diz para não fazer deuses fundidos. E todos sabemos que a prática de adorar imagens é comum na Igreja há mais de 1500 anos. Outro exemplo no Decálogo é o quarto mandamento, que trata do descanso solene no sábado, santificando-o com único Dia do Senhor. Embora que o papa tenha declarado que a Igreja é superior a Bíblia, tendo autoridade para alterar o que quiser na Palavra de Deus, o mandamento do sábado segue intacto na Bíblia, em Êxodo 20:8 a 11 apesar do inconveniente que é para a Igreja. Uns e outros, alguns não católicos inclusive, argumentam em defesa da santificação do domingo pinçando passagens fora do contexto, mas mesmo leigos vêm que não há passagem na Bíblia dando autoridade a Igreja acima da Bíblia e tampouco autorizando a guarda do primeiro dia da semana como sagrado. Ao contrário, em Mateus 5:17, Jesus disse que não veio “revogar a Lei e os Profetas”. Bem pelo contrário, veio cumprir.
Outro exemplo fatídico de como a Bíblia contradiz a Igreja Católica e nem por isso a Igreja a alterou pode ser visto em João 14:10, onde Cristo diz que somente Ele é “o caminho, a verdade e a Vida”, que ninguém vai “ao Pai senão por Ele”. Se os copistas católicos tivessem tentado conformar isso a doutrina católica, Cristo teria dito: “Os padres e papas também são o caminho, a verdade e a vida além de mim. Ninguém vai ao Pai senão por mim e eles”. Todavia, não foi alterado e a passagem Bíblica continua desautorizando a prática dos padres e papas de pôr-se como intermediários entre Deus e os homens. É sabido que os sacerdotes católicos fazem a vez de Cristo ao ouvirem confissões e pretenderem perdoar os pecados das pessoas.