O QUE A ASSEMBLÉIA DE DEUS DIZ DA LEI E DO SÁBADO?

Os líderes da Igreja Pentecostal Assembléia de Deus escrevem e publicam oficialmente que a Lei de Deus continua valendo em nossos dias, porém, a maioria dos irmãos desse seguimento cristão está convicta de que não é preciso observar qualquer dia como santo e que a Lei foi abolida. Porque fazem assim? Que líderes seguem de fato? Os líderes de sua igreja?

Certamente falta-lhes ler a própria literatura da igreja e, inclusive, as notas publicadas nas Bíblias que a CPAD, editora da Assembléia de Deus distribui.

Como exemplo do que muitos isrmãos da Assembléia não lêm em sua própria literatura, segue o texto que redigi com base no que foi publicado no link: p://adventismoemfoco.wordpress.com/2009/07/21/o-que-a-assembleia-de-deus-diz-sobre-a-lei-e-o-sabado/ sobre o que verdadeiramente ensinam credenciados pastores estudiosos da Bíblia pertencentes a Igreja Pentecostal Assembléia de Deus do que eles aprenderam de Deus no Livro Sagrado.

Em vista de que a Bíblia aconselha que as ovelhas sujeitem-se aos seus pastores quando estes ensinam a palavra de Deus, nada mais esperado do que conhecer o que esses pastores e estudiosos da Bíblia ensinam. E, em busca de tal conhecimento, tomamos primeiro como exemplo os líderes espirituais da Igreja Pentecostal Assembléia de Deus, vendo o que ensinam a seus membros sobre os assuntos que falam da obediência ao Senhor; o que dizem sobre a Lei de Deus, os Dez Mandamentos e o sábado; o que registram oficialmente com vistas em orientar a sadia de seus rebanhos?

Em primeiro lugar, ao ver dessa denominação, o que é a Lei de Deus e o os Dez Mandamentos? E, para satisfazer a questão, transcreveu-se as palavras de um proeminente teólogo assembleiano, o Pr. Carlos Johansson, que diz: “A lei é a vontade de Deus, no Decálogo.” — Em “Síntese Bíblica do Velho Testamento”, p. 48. E, complementando o que ele disse, o Pr. Harold J. Brokke diz: “A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em nossos dias… a santa lei de Deus é um pré-requisito divino para uma experiência mais profunda da graça. (…)

“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a lei de Deus. (…) Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. (…) O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. (…) Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.” — Em “Prosperidade pela Obediência”, p. 10, 14–17.

Em completo acordo com os dois primeiro e reforçamndo o que disseram, o Pr. Myer Pearlman, professor de muitos pastores, inclusive do Pr. N. Lawrence Olson, que foi por muitos anos o orador do Programa de Rádio “A Voz das Assembléias de Deus”, acrescenta: “Os mandamentos representam a expressão décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa os Seus súditos.” — Em “Através da Bíblia”, p. 27.

Portanto, em conformidade com tudo o que foi dito acima, esses pastores têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, em muito alta estima. E, sendo que na visão desses a Lei de Deus jamais foi abolida, cabe aos membro conhecerem o que dizem e praticarem, poi o conselho bíblico determina que se deve obedecer aos pastores que ensinam a Palavra de Deus. E tais líderes da Assembléia da Deus nada mais fazem do que defender o que a Bíblia ensina sobre os Dez Mandamentos de Êxodo 20, a Lei de Deus.

2) Para que serve a lei, os Dez Mandamentos?

Já citado, o Pr. Harold J. Brokke dá várias respostas a essa pergunta. Ele diz:

“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a Lei de Deus. (…) Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. (…) O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. (…) Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.” — Op. cit., p. 14–17.

O Pr. Emílio Conde, pentecostal, afirma o seguinte:

“A Bíblia nos mostra a sagrada Lei de Deus: ‘faça isto’, ‘não farás!’. Êxo. cap. 20. E essa Lei deveria ser observada, cumprida rigorosamente — e até aos nossos filhos a deveríamos fazer conhecer. Deut. 6: 1–13. A Palavra de Deus é, sob certos aspectos, autoritária! Ela nos fala de modo imperativo.” — Em “Lições Bíblicas”, 07/12/1966, p. 12.

Tendo consciência da necessidade do homem com relação ao cuidado e proteção de Deus, o Pr. Myer Pearlman, atrás referido, escreveu:

“Os mandamentos de Deus são cercas, por assim dizer, que impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer prejuízo para sua alma.” — Em “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”, p. 91.

Concordando de que a lei de Deus é para o benefício do homem, o Pr. Carlos Johansson declarou o seguinte:

“O decálogo — o fundamento do pacto e o mais essencial da lei, como também a condição para vida e felicidade.” — Op. cit., p. 116.

Resumindo o que esses líderes assembleianos disseram, a Lei de Deus serve, dentre outros, para:

—> compreendermos a salvação,

—> revelar a vontade de Deus,

—> fazer os homens sentirem necessidade de Cristo,

—> saber o que é o pecado,

—> ser como cerca protetora do perigo e

—> ser a condição de vida e felicidade.

Todas estas coisas são muito boas razões para um cristão obedecer ao Senhor! Além de tudo, estão de acordo com a Palavra de Deus.

3) Desde quando existem os Dez Mandamentos, a Lei de Deus?

Também da Assembléia de Deus, o Pr. Orlando Spencer Boyer, teólogo, professor, pastor, comentarista, escritor, e autor de muitos livros, registrou estas palavras sobre o Decálogo:

“Não se deve pensar que não existia nada destes mandamentos antes de Moisés. Foram escritos nas mentes e nas consciências dos homens desde o princípio.” — Em “Pequena Enciclopédia Bíblica”, p. 198. Grifos acrescentados.

Aí está o testemunho de alguém que estudou bastante o Livro de Deus. Pelo que lemos dos testemunhos assembleianos, não há nenhuma dúvida entre seus teólogos e mentores de que os Dez Mandamentos foram dados a Adão, ANTES DA QUEDA. Portanto, a resposta a esta pergunta deve ser: DESDE A CRIAÇÃO DO MUNDO!

4) Precisamos de outra lei, além do Decálogo, para nos indicar o que é o pecado?

Quem responde muito bem a esta pergunta, também, é o Pr. Orlando S. Boyer, quando diz:

“Não há pecado que não é condenado por um dos Dez Mandamentos.” — Op. cit., p. 198.

5) Existe divisão entre a Lei Moral e a Lei Cerimonial?

Eis um comentário bíblico muito usado nos meios pentecostais, cujas “notas e comentários são de inteira responsabilidade da Casa Publicadora das Assembléias de Deus” (p. IV), que nos responde a questão com esta clara definição:

“Se Jesus não veio abolir a lei, todas as leis do A.T. ainda se aplicam a nós hoje? É preciso lembrar que havia três categorias de leis: a cerimonial, a civil e a moral.

“(1) A Lei Cerimonial diz respeito especificamente à adoração por parte de Israel (Levítico 1.2,3). Seu propósito primário era apontar adiante, para Cristo, portanto, não seria mais necessária depois da morte e ressurreição de Jesus. Mesmo não estando mais ligados à lei cerimonial, os princípios que constituem a base da adoração — amar e adorar a Deus Santo — ainda se aplicam. Jesus foi frequentemente acusado pelos fariseus de violar a lei cerimonial.

“(2) A Lei Civil se aplicava à vida cotidiana em Israel (Deuteronômio 24.10,11). Pelo fato de a sociedade e a cultura modernas serem tão radicalmente diferentes das daquele tempo, esse código como um todo não pode ser seguido. Mas os princípios éticos contidos nos mandamentos são atemporais, e devem guiar nossa conduta. Jesus demonstrou estes princípios por meio de sua vida exemplar.

“(3) A Lei Moral (como os Dez Mandamentos) é a ordem direta de Deus, exige uma obediência total (Êxodo 20.13), pois revela sua natureza e vontade. Assim, ainda é aplicável em nossos dias. Jesus obedeceu completamente à Lei Moral.” — Extraído de “Bíblia de Estudos e Aplicação Pessoal”, p. 1224 do Novo Testamento. Ver comentário sobre Mateus 5:17. Tradução de Almeida. CPAD — “Casa Publicadora das Assembléias de Deus”. Grifos acrescentados.

Mais uma vez o Pr. Boyer nos apresenta aquilo que tem aprendido de Deus, em anos de estudo da Palavra:

“Algumas pessoas dão ênfase à distinção entre mandamentos ‘morais’ e mandamentos ‘cerimoniais’. As exigências ‘morais’ são aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso. (…) As leis ‘cerimoniais’ podem ser ab-rogadas na mudança de dispensação, mas não as leis ‘morais’. É certo que existe tal distinção.” — Em “Marcos: O Evangelho do Senhor”, p. 38–39. Grifos acrescentados.

E o Pr. Antonio Gilberto, também da Assembléia de Deus, confirma:

“A parte moral da lei é eterna e universal”. — Em “Manual da Escola Dominical”, p. 86.

De tudo que está registrado, fica mais do que claro que esses documentos confessionais cristãos históricos, além de mestres de outras confissões, admitem que existam pelo menos duas leis, dentre outras, das quais fala a Escritura Sagrada:

—> Lei Moral — sumariada nos Dez Mandamentos, e

—> Lei Cerimonial — representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.

6) A que tipo de lei o apóstolo Paulo se refere em Colossenses 2:16?

O já citado Pr. Myer Pearlman responde apropriadamente a esta questão quando escreve:

“A sua relação com a Lei Cerimonial (vers. 15, 16). As festas, os dias santos e outras observâncias cerimoniais judaicas não passam de símbolos e figuras representando Cristo. Agora, desde que Cristo cumpriu os símbolos, os mesmos tornam-se desnecessários.” — Op. cit., p. 293. Grifos acrescentados.

Mais uma questão devidamente esclarecida. E a posição oficial da Assembléia de Deus é que Colossenses 2:16 não está falando do sábado do quarto mandamento. Está falando da LEI CERIMONIAL, e não da Lei Moral!

7) E o sábado do quarto mandamento da Lei Moral, qual a sua origem?

Num livro preparado pela “Casa Publicadora das Assembléias de Deus” (CPAD), para tirar algumas dúvidas sobre certos assuntos, intitulado “A Bíblia Responde”, nós lemos esta declaração:

“O observador mais acurado vai perceber que o sábado não é um mandamento originado na lei mosaica (Gên. 2:3), ainda que mais tarde a ela incorporado.” — Em “A Bíblia Responde”, p. 123.

Depois dele, quem responde a esta pergunta é o Pr. Carlo Johansson. Ele escreveu estas palavras:

“O sábado tem a sua origem na criação, Gên. 2:1–3.” — Op. cit., p. 42. Grifos acrescentados.

E o que o assembleiano Prof. Carlos Schimdt Costa declara:

“O senhor completou sua obra de criação no sétimo dia, portanto o abençoou.” — Em “Porque não guardamos o Sábado”, artigo do “Missão Ômega”, página assembleiana da web que pode ser visualizada no seguinte endereço: http://www.iadgpuava.com.br/noticias/noticias.asp?id=246 (acessado a 26/11/2007).

Novamente o dedicado estudioso Pr. Myer Pearlman completa o que foi dito acima, da seguinte maneira:

“O Grande Arquiteto do Universo completou em seis dias Sua obra da criação, e descansou no sétimo dia. (…) No sétimo dia Ele descansou, dando ao homem um exemplo, trabalhando seis dias e descansando no sétimo.” — Op. cit., p. 14–15. Grifos acrescentados.

A origem do sábado, ao contrário do que ensinam alguns assembleianos leigos desinformados, não é a doação da lei dos Dez Mandamentos no Monte Sinai. Conforme os líderes assembleianos estudiosos da Bíblia, foi na SEMANA DA CRIAÇÃO. Tanto é que o Prof. Carlos Schimdt Costa, em seu artigo, confirma que “dentre estas leis” que já existiam antes do Sinai, já “incluía-se o mandamento de guardar o sábado.” Seis dias de trabalho, e o sétimo dia foi SANTIFICADO para o descanso das coisas seculares e culto religioso, que é a posição oficial da Igreja Evangélica Assembléia de Deus.

8) Há razões para santificarmos o sábado?

O Pr. Harold J. Brokke é bastante enfático e categórico ao dar uma resposta a esta questão. Ele proclama “em alto e bom som”:

“É possível que alguém imagina que a transgressão desse quarto mandamento é menos grave do que a transgressão dos outros nove. A verdade, porém, é que quem se dispõe a transgredir o quarto mandamento já tem no coração a inclinação de transgredir um ou mais dos outros mandamentos. (…)

“Por que deve o homem guardar o sábado do Senhor? Porque é justo! Segue-se aqui o mesmo princípio de não furtar porque não é justo.” — Op. cit., p. 58–59.

Indiscutivelmente, as autoridades e documentos religiosos da Assembléia de Deus não concordam com a visão herética semi-antinomista/dispensacionalista que nega a validade e vigência do Decálogo como norma cristã, e prega o fim total do quarto mandamento, como sendo “cerimonial”. Mesmo que o sábado seja interpretado por esses documentos e autores como referindo-se ao primeiro dia, o “sábado cristão” como é chamado, o que importa é que admitem oficialmente a validade e vigência do mandamento e as origens endêmicas do princípio sabático. A questão sobre o domingo ter tomado o lugar do sétimo dia já é outra.

9) Contra o que Jesus Se levantou com relação ao sábado?

Existem assembleianos leigos, mesmo sinceros, que acreditam que Jesus não guardou os Dez Mandamentos e que ele combateu o sábado. O que diz a Bíblia? Até onde vai o conhecimento deles? Caso Jesus tivesse profanado o sábado, ou qualquer outra lei, Ele não poderia ser “um cordeiro sem defeito nem mancha” (1Pe.1:19), nem poderia ser o Messias que tem a função de “engrandecer a lei e torná-la gloriosa” (Is.42.21). Então, quem afirma que Cristo violou o sábado, está negando que Ele era o Messias, tornando-O um mero pecador e mentiroso, pois Ele mesmo disse ter observado os mandamentos (Jo.15:10).

E o que dizem os líderes assembleianos sobre esse assunto? A “Casa Publicadora das Assembléias de Deus” (CPAD) publicou um livro comentando, brevemente, toda a Bíblia. Nele nós encontramos:

“O zelo dos fariseus não era pela Lei de Deus, mas das suas próprias tradições. Tinham tornado o dia de descanso em um dia cheio de preceitos e exigências absurdas. Jesus deliberadamente pisou-as, e estabeleceu o princípio de que ‘é lícito fazer bem no sábado’ (v.9).” — S. E. McNair, “A Bíblia Explicada”, p. 355. Grifos acrescentados.

Comentando sobre o capítulo 12 de Mateus, o Pr. Myer Pearlman escreveu isto:

“O capítulo 12 registra a oposição dos fariseus a Jesus. Seus motivos para opor-se a Ele eram os seguintes: Sua origem humilde; Sua associação com os pecadores; e a Sua oposição às tradições. O capítulo 12 descreve a oposição vinda pela última razão mencionada.” — Op. cit., p. 193.

10) Que tipo de trabalho Jesus e o Pai fazem no sábado?

Mais outra vez, o famoso Pr. Myer Pearlman! Ele escreveu um comentário do Evangelho de João. Vejamos o que ele disse sobre João 5:15–20 (que é o texto preferido de muitos assembleianos que tentam frustradamente provar que Jesus “trabalhou” no sábado):

“Mas Ele [Jesus] lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também’. Noutras palavras, Deus trabalha no sábado, sustentando o universo, comunicando vida, abençoando os homens, respondendo as orações.” — Em “João — Ouro Para Te Enriquecer”, p. 59.

Então, podemos afirmar com toda convicção: Jesus não Se levantou contra os Mandamentos, nem contra o sábado. O que Jesus fez foi não Se ajustar às formas e aos acréscimos que os escribas e fariseus fizeram à Lei de Deus. Jesus guardava o sábado conforme a ESSÊNCIA do quarto mandamento, e não à moda farisaica cheia de tradições! O que fica mais do que claro que Jesus queria confrontar os escribas e fariseus na MANEIRA deles verem o mandamento do sábado, e não no próprio mandamento em si, para reformar a observância sabática ao verdadeiro sentido do mandamento.

11) O sábado pode ser reinterpretado segundo a vontade de cada um?

Os assembleianos acham que eles mesmos são os que devem escolher o dia para o descanso e culto, reinterpretando o mandamento do sábado e aplicando-o ao domingo, chamando-o de “o sábado cristão”, supostamente devido à ressurreição de Cristo. O fato é que esta questão está obedecendo à conveniência das pessoas e não o que diz o claro “assim diz o SENHOR”. Será que deve ser assim mesmo? Biblicamente, “o sétimo dia é o sábado do SENHOR” (Ex.20:10).

Contudo, os assembleianos infelizmente fazem sua apologia à guarda do domingo, como é expresso pelos escritos do Prof. Carlos Schimdt Costa, que assim argumenta:

“Deus, o pai, tinha um plano, a criação do mundo, e o cumpriu em sete dias… Cristo o filho, também veio para cumprir um plano traçado pelo pai, o plano da Redenção da Humanidade, que… só se cumpriu no dia da sua ressurreição”. — Op. cit., par. 4.

O raciocínio do Prof. Carlos Schimdt Costa é igual ao de todas as outras denominações que guardam o domingo como “sábado cristão”:

“Sábado, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não significa literalmente sétimo dia, e sim, dia de descanso, e por providência divina, no calendário universal”. — Idem. Grifos acrescentados.

Ou seja, ele diz que o “sábado” do cristão é uma “providência divina, no calendário universal”, mas “não significa literalmente sétimo dia”, para depois terminar sua apologia ao domingo aplicando o princípio sabático ao primeiro dia da semana:

“…tornou-se o Domingo o dia do Senhor, e nós os cristãos, o temos como o dia de descanso.

“Em resumo, nós consideramos o primeiro dia da Semana (como o santo Dia do Senhor) e não o sétimo, por ser o dia da nossa redenção.” — Ibidem. Grifos acrescentados.

12) A Bíblia ensina a observância do domingo no lugar do sábado?

“A falta de probidade intelectual neste assunto é deveras deplorável, mas que deverá pensar o estudante confiado a respeito desta afirmação em que o sábado judaico é identificado com o domingo cristão: — ‘Depois da ressurreição de nosso Senhor, passou-se a observar o primeiro dia da semana, em vez do sétimo, como sábado, em comemoração de Sua ressurreição dos mortos’? Temos ouvido muito acerca de ficções lícitas, aqui porém temos uma ficção religiosa que ultrapassa as mais ousadas ficções lícitas… Que o sábado judaico e o domingo cristão são dois dias diferentes, está suficientemente comprovado pelo fato de que durante um longo tempo depois da morte de Jesus os cristãos observaram ambos os dias, não lhes ocorrendo confundir esses dois dias, tão pouco como a nós o confundir o natal com a festa de 4 de julho. (…) O primeiro era observado no sétimo dia, e na manhã seguinte os cristãos celebravam uma reunião simples, entregando-se depois aos diversos cuidados e prazeres do dia, como soíam fazer num outro dia qualquer.” — Extraído de “The Forum”, por J. W. Chadwick, vol. 14, p. 543–544.

Um dicionário teológico, preparado pelo teólogo Dr. Charles Buck, afirma:

“Sábado, na língua Hebraica, significa ‘cessar’, e é o sétimo dia da semana… e devemos confessar que não há lei alguma, no Novo Testamento, com relação ao primeiro dia.” — P. 403, art. “O Sábado”.

13) Como poderíamos resumir todo o ensinamento assembleiano que vimos até agora?

A — A universal e eterna lei de Deus é sistematizada e expressa para o homem na forma dos Dez Mandamentos, também universais e eternos, que prosseguem válidos e vigentes como norma de conduta cristã. Tal fato é oficialmente reconhecido por doutíssimas autoridades em Teologia do presente e do passado, pertencentes às mais diferentes denominações, e é o que sempre constituiu o pensamento geral de toda a cristandade.

B — A lei divina nas Escrituras se apresenta com preceitos morais, cerimoniais, civis, etc., sendo que a parcela cerimonial, por ser prefigurativa do sacrifício de Cristo, findou na cruz, mas os mandamentos de caráter moral prosseguem válidos e vigentes para os cristãos.

C — Dentro do Decálogo há o quarto mandamento estabelecendo que um dia inteiro entre sete de descanso deve ser santificado a Deus, princípio este que fora instituído na fundação do mundo para benefício do homem no Éden e deve ser mantido pelos cristãos hoje.

D — Jesus não transgrediu o quarto mandamento, muito pelo contrário, Ele pretendia reformar sua observância de acordo com a essência do princípios sabático e em nenhum lugar da Bíblia consta a informação de que o sábado foi substituído do sétimo dia para o primeiro da semana.

14) O que deve fazer o cristão, numa demonstração prática de sabedoria e amor a Deus?

Referindo-se a 1 João 2:2–6 e 5:2–3, o mesmo Pr. Myer Pearlman apropriadamente escreveu estas palavras:

“O nosso amor a Deus encontra a sua manifestação na observância de Seus mandamentos. (…) Obediência aos mandamentos de Deus em imitação de Cristo. (…) Assim sendo, ele [o apóstolo João] ordena aos homens que dêem prova do seu conhecimento de Deus. Para saberem de certo se têm ou não o conhecimento de Deus, a prova é simples — guardam os mandamentos de Deus?” — Op. cit., p. 344–341. Grifos acrescentados.

Isso está perfeitamente de acordo com as palavras do Senhor Jesus, que diz:

“Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos. (…) Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele.” (Jo.14:15,21)

15) Diante de tudo o que foi apresentado, qual deve ser a posição de cada ovelha do rebanho da Igreja Evangélica Assembléia de Deus?

A Bíblia Viva registra Tiago 4:17 da seguinte maneira:

“Lembrem-se também de que, saber o que deve ser feito e não fazer, é pecado.”

16) Como cristão sincero, nascido de novo pelo sangue de Cristo, qual vai ser a sua resposta ao Senhor Jesus?

A escolha é totalmente sua!

“Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Ap.14:12)

“Escute as minhas palavras e preste atenção em tudo o que vou dizer…

“Darei a minha opinião com franqueza; as minhas palavras serão sinceras, vindas do coração.” (Jó 33:1,3)