LITURGIA DA PALAVRA (Missa do próximo domingo dia 07 Março 2010
LEITURAS QUE SERÃO PROFERIDAS NO MUNDO TODO NAS CELEBRAÇÕES DAS SANTAS MISSAS NO PRÓXIMO DIA 07/03/2010
FONTE: www.arquidiocesedesaopaulo.org.br
3º DOMINGO DA QUARESMA.
Irmãos e irmãs, bem-vindos para celebrar a Ceia do Senhor e para escutar seu apelo de conversão. Caminhando em direção à festa da Páscoa, abramos os nossos corações para a conversão e reconciliação que o Senhor deseja realizar em nossas vidas e na história da humanidade. Inspirados pela Campanha da Fraternidade, sejamos promotores desta nova maneira de organizar a economia, onde o que conta é o serviço a Deus e à humanidade e não ao dinheiro. Iniciemos, cantando:
A libertação que Deus concede ao seu povo exige uma profunda conversão. Ouçamos com atenção:
PRIMEIRA LEITURA (Ex 3, 1-8a.13-15)
Leitura do Livro do Êxodo.
Naqueles dias,
1 Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro,
sacerdote de Madiã. Levou um dia, o rebanho deserto adentro
e chegou ao monte de Deus, o Horeb.
2 Apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama de fogo, do meio de
uma sarça. Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não
se consumia, e disse consigo:
3 ”Vou aproximar-se desta visão extraordinária, para ver porque a
sarça não se consome”.
4 O Senhor viu que Moisés se aproximava para observar e chamou-o
do meio da sarça, dizendo: “Moisés! Moisés!” Ele respondeu: “Aqui
estou”.
5 E Deus disse: “Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés,
porque o lugar onde estás é uma terra santa”.
6 E acrescentou: “Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão,
o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”. Moisés cobriu o rosto, pois
temia olhar para Deus.
7 E o Senhor lhe disse: “Eu vi a aflição do meu povo que está no
Egito e ouvi o seu clamor por causa da dureza de seus opressores.
Sim, conheço os seus sofrimentos.
8 Desci para libertá-los das mãos dos egípcios, e fazê-los sair
daquele país para uma terra boa e espaçosa, uma terra onde corre
leite e mel.
13 Moisés disse a Deus: “Sim, eu irei aos filhos de Israel e lhes direi:
‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas, se eles
perguntarem: ‘Qual é o seu nome?’ o que lhes devo responder?”
14 Deus disse a Moisés:
“Eu Sou aquele que sou”. E acrescentou: “Assim responderás aos
filhos de Israel: ‘Eu sou’ enviou-me a vós’”.
15 E Deus disse ainda a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel:
‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de
Isaac e o Deus de Jacó, enviou-me a vós’. Este é o meu nome
para sempre, e assim serei lembrado de geração em geração.
– Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.
SEGUNDA LEITURA (1Cor 10, 1-6. 10-12)
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.
1 Irmãos, não quero que ignoreis o seguinte: os nossos pais
estiveram todos debaixo da nuvem e todos passaram pelo
mar; (2)todos foram batizados em Moisés, sob a nuvem e
pelo mar; (3) e todos comeram do mesmo alimento
espiritual, (4) e todos beberam da mesma bebida espiritual; de
fato, bebiam de um rochedo espiritual que os acompanhava - e
esse rochedo era Cristo.
5 No entanto, a maior parte deles desagradou a Deus, pois
morreram e ficaram no deserto.
6 Esses fatos aconteceram para serem exemplos para nós,
a fim de que não desejemos coisas más, como fizeram aqueles no
deserto.
10 Não murmureis, como alguns deles murmuraram, e, por isso, foram
mortos pelo anjo exterminador.
12 Portanto, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair.
– Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Honra, glória, poder e louvor, * a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Jesus começou a pregar e dizer: * Eis o reino a chegar, povo meu, convertei-vos!
EVANGELHO (Lc 13,1-9)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
T. Glória a vós, Senhor.
1 Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus
a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado,
misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam.
2 Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais
pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal
coisa?
3 Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes,
ireis morrer todos do mesmo modo.
4 E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu
sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os
outros moradores de Jerusalém?
5 Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes,
ireis morrer todos do mesmo modo”.
6 E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira
plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou.
7 Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando
figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela
inutilizando a terra?’
8 Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano.
Vou cavar em volta dela e colocar adubo.
9 Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás”.
- Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor.
COMENTÁRIO
Mais uma vez nos encontramos para meditarmos juntos a Boa Nova da Salvação. Estamos no Terceiro Domingo da Quaresma e, espero que você não esteja triste. É comum sentirmos tristeza e melancolia nesta época. Parece que a quaresma foi inventada para trazer à tona tristes recordações.
Na verdade, a quaresma é o contrário do que imaginamos. O período de quaresma é extremamente forte e marcante na vida do cristão. A quaresma não tem a menor pretensão de fazer-nos baixar a cabeça e chorar pelos cantos, a morte de Jesus.
Assim como os momentos alegres, as coisas tristes também acontecem. De forma alternada vivemos momentos bons e ruins em nossas vidas. Não existe um período pré-determinado para tristeza e outro para alegria.
No entanto, se tivéssemos que definir qual desses sentimentos deve predominar na quaresma, poderíamos dizer que é a alegria. O coração tem que estar feliz. Ninguém prepara uma grande festa com o coração fechado e triste. Os preparativos para uma festa nos fazem transpirar alegria.
A quaresma deve fazer-nos crescer. É também tempo de penitência, porém a penitência que Jesus se refere não pode ser triste e vazia. Os gestos concretos são os requisitos necessários para preparar dignamente a maior festa do cristianismo: a paixão, morte e, acima de tudo a Ressurreição de Jesus.
Esse é o grande motivo da nossa alegria, Cristo ressuscitou! É nessa verdade que se baseia a nossa fé. Jesus está vivo e nos deixou a certeza da vida eterna. Com Ele e como Ele, também nós poderemos reviver. A Glória Eterna está reservada para quem produzir frutos.
"Se vocês não mudarem de vida e de atitudes, serão tratados do mesmo modo. Se não fizerem penitência, morrerão de modo semelhante". Sem rodeios, sem meias palavras, Jesus deixou bem claro que o futuro depende do modo como vivemos o presente.
Essas Palavras de Jesus são um convite à conversão. Jesus fala da figueira que não produzia frutos e que, durante três anos, nada fez para justificar sua importância. Aparentemente era desnecessária e só servia para ocupar espaço. Um fim muito triste estava a sua espera.
O dono do pomar mandou cortá-la. Seria derrubada e, provavelmente, lançada ao fogo, não fosse a intercessão do agricultor. Importante notar que o agricultor não se limitou a pedir clemência, ele apontou a solução e fez o que era preciso para torná-la produtiva. Cavou e adubou, na esperança de mantê-la viva. Esse agricultor mostrou como deve ser o verdadeiro evangelizador. O seu empenho trouxe salvação para a figueira.
Quantas figueiras nós encontramos em nosso dia-a-dia, improdutivas e predestinadas ao corte. Bastaria cavar ao seu redor e adubar, bastaria regar com a Água Viva para que tudo mudasse. Quaresma é tempo de arar e preparar o terreno. Tempo de cuidar dessa planta que também somos nós e os irmãos!
Quaresma é um período de graça e renovação, é a nova oportunidade para mudarmos os hábitos, mudarmos de vida, crescermos e produzirmos os frutos que o Pai espera poder colher.
jorgelorente@ig.com.br – 07/março/2010