VICE-E-VERSA DO AMOR
ELE...
Convidava, chamava, se doava, servia, curava, mas jamais se impunha, jamais colocava limites à liberdade de outro: deixou Judas agir, Pedro fraquejar, os fariseus e os romanos o condenar e matar.
ELA ...
A Umbanda procede dentro dessas semelhanças.
Na Umbanda, o mais simples dos homens dá aulas à “doutores” .
Quando pensamos no termo Umbanda, imediatamente a agregamos ao nosso Pai sistêmico, o Senhor Cristo Jesus - Oxalá. Não existe um Templo que não o saude,o reverencie...
ELE...
Jesus, está acima de qualquer comparação com qualquer homem do mundo.
Ele foi o mais sábio, o mais bondoso e o mais divino de todos os homens.
Veio ao mundo ensinar à humanidade como ser feliz.
Fazendo o bem, amando-nos uns aos outros e construindo a paz na terra. Ele andava pelos caminhos, de túnica simples e de pés descalços, contando parábolas, ensinando coisas maravilhosas.
Eram histórias da vida comum, mas que ensinavam coisas profundas sobre amor, caridade, bondade e paz. Histórias para se entender com o coração!
E há outras histórias que Jesus não contou, mas viveu, que fazem a gente se emocionar e pensar.
Uma dessas histórias que Jesus viveu foi a de sua própria morte. Os homens que dominavam o povo da época – os chamados fariseus, que eram sacerdotes, e os romanos, que pertenciam ao Império Romano, se incomodavam com a sua bondade. Pois quiseram persegui-lo e o prenderam, o chicotearam, puseram-lhe uma coroa de espinhos na cabeça e, por fim, o pregaram na cruz, com pregos nas mãos e nos pés.
ELA...
Quando falamos de Umbanda imediatamente nos remetemos aos ensinamentos de Deus, e assim como Jesus, quiseram-lhe matar, lhe sufocar, esfacelar e calar, porém, ela ressurgiu com mais força ainda, pois a Umbanda é um movimento de integração entre os povos, é um vetor de transmissão de conhecimento, de união e de harmonização.
ELE & ELA...
Porém, nem todos a compreendem ainda, assim como se sucedeu com o Cristo Jesus, pois, nem todos os cristãos contemporâneos compreenderam sua mensagem de liberdade, igualdade e fraternidade. Mesmo entre os apóstolos havia controvérsias. Foi difícil para eles compreenderem as novas idéias cristãs, pois estavam condicionados pela religião e costume judaicos. Um exemplo é quando Paulo, Pedro e Tiago tiveram fortes discussões e uma clara rivalidade sobre a obrigação de todo cristão fazer ou não a circuncisão, pratica obrigatória entre os judeus. Paulo negava com veemência essa falsa interpretação: “Pois em Cristo nem a circuncisão vale coisa alguma, nem a incircuncisão, mas a fé animada pela caridade” (Gálatas, 5:2-6). Tiago defendia abertamente a circuncisão, Pedro ficou em dúvida e o apoiou.
Já foi dito que a Umbanda é uma magia, e como tal, atrai e fascina. Porém, ainda é incompreendida, mesmo sendo revolucionários os seus ensinamentos, assim como foram revolucionários para a época, os ensinamentos de Jesus.
Peguemos como exemplo, o tratamento que Ele dava às mulheres, o que era inaceitável para muitos. As seguidoras de Jesus, não se limitavam a fazer comida, como era de hábito, elas ensinavam, debatiam a compreensão dos ensinamentos e até serviam de médiuns para as instruções dos Espíritos.
ELA & ELE;
ELA VELA, ELE EXPOSTO!
Jesus fazia a interação entre os povos, entre os homens.
A Umbanda, Lei Divina, Religião Primeva, a sabedoria que os orixás deixaram na terra, para contribuir no dia-a-dia dos seres de forma positiva, foi “calada” por um bom período pela sociedade dominante da época – Igreja Católica, Kardecismo, Movimento dos Médicos e outros tantos, onde teve seus “terreiros” invadidos pela polícia, seus atabaques confiscados e altares destruídos. Mas mesmo assim, e por força do Astral, a umbanda sempre ressurgia e hoje é uma realidade social/cultural/religiosa brasileira.
E como isso foi possível?
Foi possível pela persistência e sabedoria dos seus líderes dirigentes, que usando o “folclore católico” adaptou aos seus “ritos” as ditas festas de “santo”.
Então os terreiros eram enfeitados com plantas, flores e bandeirolas e todos os tipos de doces e comidas passaram a ser ofertados nessas festas, o que, sobremaneira, atraia a comunidade para os terreiros.
Tais “festas” entrou para o calendário da Umbanda e as comunidades, cada vez mais, foram se aproximando para comemorar juntas as festas:
São Cosme e São Damião - Ibejis: 27/09 -;
Ogum: 23/04;
Banho na cachoeira em louvação a Oxum: 12/10;
Xangô: 29/06 (São Pedro);
Nanã: 26/07 (Sant'Ana - Avó de Jesus);
Águas de Oxalá: 25/12;
Romaria das flores de Yemanjá: 08/12;
Inhansã: 04/12;
Oxossi (Osain): 20/01;
Obaluaê (Yorimá, Chapanã): 16/08;
Culto às Almas: 13/05, Pais-Velhos.
Essas “festas’ promoviam e ainda promovem uma verdadeira interação entre a comunidade templária propriamente dita”, e os povos da comunidade simpatizante, e a partir daí surge o entrelaçamento e a ampliação da corrente umbandista, o que facilmente se verifica nos dias de “gira”; terreiros cada vez mais "lotados" e sempre, com “caras” diferentes, isto é, novos freqüentadores.
Venho observando que esta atitude louvável dos dirigentes dos templos está ampliando o leque de aceitação da religião, e que a religião caminha em sentido circular para dentro da sociedade como um todo, atingindo os mais diversos graus de consciência, trazendo para dentro dos terreiros os mais variados seguimentos sócio-econômico, promovendo a mistura dos Seres, arrancando-lhes seus calçados e vestindo-os de branco, derrubando assim, as barreiras que os diferenciam.
Essa magia esta sendo executada por esses “alguens” (líderes espirituais) que traz na mente bons pensamentos e usa elementos puros, que proporcionam a aproximação de espíritos elevados, formando em suas “casas” verdadeiras egrégoras positivas.
A Umbanda é um movimento genuinamente espiritualizante brasileiro e está inserido em um contexto histórico-cultural.
É através da Umbanda que as classes menos favorecidas socialmente têm condições de interagir, e caminham em direção ao centro das discussões da nação, encurtando as diferenças entre o centro e a periferia sociais.
É público e notório a participação cada vez maior da Umbanda nos seguimentos sociais, através de seus ritos, cursos e palestras. Demonstrando por meio da diversidade, que a tal da superioridade, não passa de mito e que a relação superior-inferior podem derivar tanto de classe social, credo e raça; e quando a Umbanda mistura tudo isso, demonstra que todos os Seres Humanos são iguais, mesmo sendo diferentes nos seus procedimentos.
A Umbanda vem fazendo uma verdadeira integração social, atuando nas camadas menos favorecidas da sociedade, num verdadeiro trabalho de corpo-a-corpo, resgatando a dignidade dos indivíduos por meio das entidades astralizadas e por seus projetos sociais já citados.
Percebe-se que a Umbanda por meio de seus variáveis níveis, está abarcando toda a sociedade, num lindo trabalho de junção, de ajuntamento, de harmonização, até mesmo de vaquejada, vem trazendo todos os irmãos planetários para um encontro definitivo no centro das “discussões”, operando inteligentemente de cima para baixo por meio dos órgãos superiores - Federações e Conselhos, e principalmente, a FTU – Faculdade de Teologia Umbandista, pioneira no seguimento, e de baixo para cima, numa verdadeira corrente de caridade, pois, caridade é ensinamento, é cultura, é transmissão de sabedoria.
Os órgãos superiores supra citados, pela sua própria natureza jurídica, política e social, vêm carreando o seguimento social tido como abastado, e os terreiros periféricos, procedendo da mesma forma com a camada desfavorecida, cada uma saindo dos seus pólos (opostos) e se dirigindo para o mesmo ponto; o centro das discussões.
Isso já ocorre, é bem verdade que em escala minúscula, porém, se vislumbra a ampliação desse quadro.
É por meio de projetos ousados, tanto na área educativa, onde congressos e palestras vêm sendo ministrados constantemente, como também, por meio de contatos estreitos com o legislativo e o executivo, nos seus três níveis, e ainda no judiciário, que a Umbanda vai fincar a sua bandeira de integração social, e em curtíssimo tempo a interação dos povos se dará.
A Umbanda hoje é a maior defensora da ecologia, o que demonstra a sua preocupação com os povos em geral, defendendo, a habitabilidade dos Seres, com dignidade no Planeta Terra.
Como a Umbanda não é codificada, seus Templos não seguem uma mesma linha arquitetônica muito menos sincrética, mas, todos caminham na mesma direção. Na direção do Religare.
Assim como Jesus, a Umbanda nos ensina que o princípio máximo da vivencia é um amor de doação, sacrifício, renuncia total de si. Com isso, a Umbanda nos mostra através das entidades astralizadas que só o amor é capaz de tocar as fibras divinas da alma, despertando-nos as potencialidades do bem. A umbanda vem paulatinamente nos mostrando que nenhuma violência, opressão ou imposição constrói um processo de educação. Apenas o amor educa.