TRAGÉDIAS - POR QUÊ?

TRAGÉDIAS? POR QUÊ?

Impressiona-nos a reflexão de uma mensagem do Pr. Caio que em forma de carta dirigiu àquela irmã que perdeu a filha na flor da idade de seus 26 anos, assassinada covardemente com dois tiros (conhecei pessoalmente o Pr. Caio Fábio quando da inauguração de um templo evangélico nesta Capítal).

A precisão de sua exposição (*) condiz com a inerrância das Escrituras Sagradas, na medida em que tudo o que temos pesquisado e lido a respeito deste tema que leva o homem natural a questionar o amor e a justiça de Deus, não tem passado de meras especulações, nas quais, o homem termina por tentar como que "ajudar" Deus a ser Deus!

Não é o caso desse eminente estudioso da Palavra que é o Pr. Caio Fábio, este incompreendido e um tanto desprezado até por boa parte dos evangélicos, até os nossos dias, como se ninguém fosse incapaz de na vida um dia cometer este ou aquele tropeço.

Entretanto, o julgamento pertence a DEUS, e nada obstante, é indiscutível o conhecimento que esse servo do Senhor detém das Escrituras Sagradas.

Ninguém de sã consciência deveria fugir da base principal de todo conhecimento teológico, o qual nos revela em primeiro plano a SOBERANIA DE DEUS, único responsável pela Criação e manutenção deste Universo. E todos os fatos mencionados pelo Rev. Caio estão relacionados na Bíblia, os quais continuam ocorrendo todos os dias, desde algum pequeno espaço de tempo após a criação do Mundo.

Não está escrito que "Deus não vê como vê o homem" e que os "meus pensamentos não são os seus pensamentos"?

O fato é que ninguém pensa na Eternidade com Deus como deveria pensar, e esta deveria ser a primeira premissa de todo o homem, afinal, não será demais repetir a nossa efêmera presença física neste Mundo, seja ele constituído por "ais" (dor, doenças, sofrimento, morte) ou de obas-obas. nas orgias, festas e banquetes, até no seio de nossas Igrejas.

Somos bombardeados por mensagens de fé e de esperança na vitória, entretanto, poucos percebem que o verdadeiro sentido destas mensagens de vitória não deveria estar relacionada ao tempo que passarmos neste planeta. É claro que DEUS pode, perfeitamente, prorrogar o nosso tempo de felicidade terrena, subordinando este fato, sem dúvida, à sua sábia e santa vontade, a qual é regida por princípios eternos e infalíveis. Não temos como fugir, por exemplo,das catástrofes provocadas por fenômenos naturais: tempestades, fomes, tremores de terra, tragédias, etc. ao redor do Mundo, matando gente inocente, velhos, crianças e tudo que estiver na área de influência dessas ocorrências.

"Pensai nas coisas que são do alto, e não nas da terra, que perecem" é o que nos relembra o escritor sagrado.

Quantas e quantas vezes temos tomado conhecimento de notícias trágicas envolvendo gente inocente, e assim, tentados mas, graças ao Pai, não levados a questionar o nosso DEUS, pois não temos como fugir desse "cheque-mate" em que ficamos a não ser abaixar humildemente a cabeça e reconhecer a eterna soberania de DEUS.

Peçamos portanto a ELE, tão somente ELE: "Misericórdia, meu DEUS, ensina-nos a contar os nossos dias para suportar como Jó suportou os dias seus, de tal forma que possamos dizer alto e bom som de dentro do coração como ele disse: "antes eu te conhecia só de ouvir falar, hoje eu sei que o meu Redentor Vive"

(*) Extrato da carta escrita pelo Pr. Caio Fábio, consolando uma mãe que perdeu a filha de 26 anos, assassinada com dois tiros, deixando duas filhinhas:

“Adão não deveria ter pecado; Caim não deveria ter matado Abel; os filhos de Caim não deveriam ter construído Babel; Cão não deveria ter “abusado” na nudez do pai, Noé; Abraão não deveria ter gerado filho de sua serva, Hagar; Jacó não deveria ter enganado Esaú e nem Esaú deveria ter trocado a “bênção” por um prato de lentilhas; os filhos de Jacó não deveriam ter traído José; Moisés deveria ter entrado na Terra de Canaã; a filha de Jefté não deveria ter sido morta pelo voto do pai; Sansão não deveria ter morrido daquele jeito; Davi não deveria ter surtado nunca; e, por isto, não deveria ter perdido nenhum filho; Isaías não deveria ter sido serrado pelo meio; a mulher de Ezequiel não deveria ter sido morta como parábola para ensinar os incrédulos; Oséias não deveria ter sido tão infeliz no casamento; os inocentes deveriam ter sido poupados em todas as chacinas; nenhuma criança deveria ter morrido pela ambição dos adultos; nenhuma mãe jamais deveria ter comido seus filhos no auge da fome; João Batista deveria ter vivido vida longa e honrada, ao invés de acabar sem cabeça em razão de uma bunda bonitinha; Jesus, O Verbo, A Palavra, não deveria ter sido morto; a Ressurreição não deveria ter sido tão discreta...; os apóstolos, como Tiago irmão de João, não deveriam ter sido mortos por nenhum capricho [e todos foram...]; Paulo não deveria ter sido morto justamente quando os cristãos mais precisavam dele; milhares de testemunhas também nunca deveriam ter morrido uma morte sem sentido, banal; enquanto os maus prosperam; enquanto a injustiça foge do juízo; enquanto a verdade é pisoteada; enquanto a maldade se torna poder; enquanto gente boa some... sem explicação...

Sim, entregue a minha visão menor do que a de uma ameba e mais egoísta do que eu mesmo consigo discernir a profundidade do egoísmo, eu poderia consertar o mundo; impedir todas as injustiças; ajudar Deus a ser Deus; determinar o melhor pro mundo, pros meus filhos, pra minha vida; enfim, eu, entregue a mim mesmo, seria tão cheio de boas idéias..., que ninguém que eu amasse morreria; sim, ninguém...; e se morresse seria com meu consentimento, entendimento, compreensão e apoio a Deus na Sua soberania!...

Ah, se eu fosse o Deus do mundo ninguém morreria; ou, então, ninguém que eu gostasse; e, da minha casa, certamente ninguém morreria; não enquanto eu estivesse vivo...”

Obs. Tais fatos que consideramos irretocáveis e irrecorríveis é que nos levam a solidificar a nossa convicção nos cinco pontos fundamentais da doutrina daquele que consideramos um dos mais eminentes teólogos de todos os tempos: João Calvino, mas enfocá-los neste momento ensejaria um novo arrazoado.

Graça e Paz

Ir. Gilberto.

Gilberto Maia Lorenzo
Enviado por Gilberto Maia Lorenzo em 04/02/2010
Código do texto: T2068988
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