ONDE PROCURAR DEUS?

Nos dias atuais, quando cada vez mais o desequilíbrio ecológico evidencia seus efeitos apertando as pessoas já apavoradas por causa da miséria, das epidemias e violência crescentes, – nestes dias, por causa de todas essas coisas, encarando o caos iminente, com medo e querendo respostas, de forma igualmente crescente, as pessoas desejam que exista um Deus. Tanto é que O procuram sedentas, mas a maioria não O encontra simplesmente porque não o procura onde Ele está.

Esse erro de alvo dá-se porque, em regra, procura-se um Deus poderoso o suficiente para resolver problemas, mas não inteligente o bastante para ver a raiz desses problemas e querer eliminar suas causas, o que carece da cooperação humana e a maioria de nós prefere a inatividade, pois é cômoda.

O que ocorre é que na maioria das vezes a raiz dos problemas que nos desassossegam está na forma de vida que adotamos, na maneira como nos relacionamos com as pessoas e o ambiente, etc., decorrendo como conseqüência de um sistema de vida deturpado que ajudamos a deturpar ainda mais. E, por ser assim, para livrar-nos desses problemas Deus terá que mudar nossa forma de pensar, de ver as coisas e de agir, o que só um Deus real pode fazer.

Portanto, de nada adianta imaginar (conceber) Deus como aquele que só resolve problemas, mas fecha os olhos ou faz vista grossa para as nossas ações que os produzem ou nos fazem atraí-los. Sendo assim, o Deus que pode nos ajudar não é concebível e nem é uma força manipulável, tampouco é os astros, os adivinhos, o dinheiro, o patrimônio, o presidente, o pastor da Igreja Unilateral do Santo Lucro ou os astros da TV. O Deus que pode nos ajudar é o “Criador do Céu e da Terra e das fontes das águas”, bem como de todo o Universo. Um Deus que existe, tem Sua forma própria, Seus pensamentos próprios, bem como conceitos e princípios próprios, independente da nossa vontade ou da maneira como O concebemos. Esse Deus é o mesmo que criou todas as coisas muito antes de existirmos e podermos avaliá-lO e dar-lhE qualquer palpite, pois Ele mesmo é quem nos criou.

Trata-se, portanto, de um Deus que tudo vê e cujos olhos estão atentos a tudo, pois sabe, inclusive, a quantidade de fios de cabelos da nossa cabeça.

Quando vamos para a Justiça nos queixar do mal que nos fizeram, por exemplo, Ele conhece todos os fatos, sabendo também a parte que muitas vezes escondemos, a qual trata de nossa contribuição para a culpa. Quando reclamos dos nossos fracassos, Ele conhece as causas de nosso desânimo, bem como nossa preguiça e pessimismo; se nos queixamos de doença e dor, Ele sabe de nossas heranças genéticas, bem como de nossos devaneios e os abusos que cometemos contra nosso corpo e mente.

Todavia, Ele não pretende nos humilhar jogando-nos as culpas na cara. Ao contrário, quer nos ajudar a não mais sofrer por causa dessas coisas que fazemos, mas para tal precisa que abandonemos as práticas erradas ou até mesmo nos desviemos daqueles que nos influenciam para o erro ou nos fazem mal. E Ele sabe que para conseguirmos isso só há um caminho – seguir Suas orientações, pois elas são avaliadas e ponderadas por um Deus tão experiente que teve inteligência e capacidade para criar todos os mundos, bem como sustentá-los, e, portanto, será capaz de nos orientar de forma tão inteligência a ponto produzirmos muitos mais acertos em nossa vida. E para isso, Ele põe-se como modelo a ser imitado no guardar Sua Lei, que é a Lei da liberdade e da plenitude, pois quer que O imitemos no pensar como Ele pensa sobre a vida, sobre o corpo, sobre as outras pessoas, agindo como Ele agem em relação a tudo isso.

Na prática isso é esvaziar-se do eu, deixando de fazer nossa própria vontade, deixando os interesses egoístas, deixando de viver em busca de satisfação egoísta e instintiva e pondo-se sob o comando de Deus, de Sua vontade para nós, procurando saber o que Ele quer que façamos, como deseja que vivamos, que tipo de alimento deseja que comamos, que tipo de diversão entende que nos será melhor, que tipo de trabalho nos será mais beneficente, que tipo de relação nos dará melhor fruto, como devemos tratar nosso cônjuge para a harmonia no casamento; como convém educar nossos filhos para que eles sejam um bem para si e para a sociedade; como tratar também nossos pais, parentes em geral, vizinhos, amigos, etc..

Logo, para sermos felizes e bem-sucedidos em todas as áreas, precisamos ter a alegria inerente a todo que ama e confia em Deus e em Sua orientação, que tem a paz do Senhor, uma paz que se pode desfrutar mesmo em meio ao turbilhão do mundo, mas que nos ajuda a viver sem grandes problemas, pois não os produziremos e, por não produzi-los, muitos menos os atrairemos. Todavia, embora problemas ainda nos sobrevirão, tendo essa paz do Senhor nos será muito mais fácil enfrentá-los.

Então, como encontrar um Deus assim? Antes de saber da inteligência de Newton e que ele era um estudioso da Bíblia, pelo que previu ainda no século XV que a ciência evoluiria tanto a ponto de os carros andarem há mais de oitenta quilômetros por hora; antes também de saber que Copérnico, Da Vince, Galileu, Pasteur, enfim, um universo de grandes cientistas, os pais da ciência moderna, eram todos estudantes da Bíblia e crentes em Deus, já cria nEle pelo simples testemunho da minha amada avó Belmira Ferreira dos Santos, semi-analfabeta, autodidata na leitura, mas capaz de fazer previsões precisas do futuro, o que ela fazia no início dos anos setenta sobre o tempo em que vivemos, mas com base na Bíblia e nos livros do Espírito de Profecia de Ellen G. White. E, hoje, quando presencio o cumprimento das profecias que minha avó nos dizia, quando também já percebi muito do efeito desse Deus em minha vida, mudando-a, guiando-a e, inclusive, resolvendo problemas que eu sei que não poderia resolver; quando já sei que os pais da ciência moderna eram cristãos, bem como quarenta por cento dos melhores cientistas o são, depois também de ter cursado faculdade de História e depois de muito estudo das profecias com base na história, além de ter participado de seminários criacionistas, – sendo assim, hoje posso melhor sustentar frente aos descrentes a certeza da existência desse Deus. Entretanto, minha certeza nEle continuou a mesma, embora que por um tempo, na adolescência vacilou um pouco. Mas essa certeza recobrou vigor pelo simples fato de que eu sempre soube que todo que crê nesse Deus e se submete as Suas Leis de amor e liberdade tem um coração mais amoroso, capaz da misericórdia e do perdão, bem como capaz de admitir sua ignorância, seus erros, seus pecados, vencer o orgulho, submeter sua vontade a Deus e seguir daí para a frente no caminho do acerto. E se todos os seres humanos fossem assim não estaríamos caminhando para o fim do mundo, quando Deus intervirá e dará início a eternidade de perfeição e plenitude.

Portanto, para encontrar o único Deus que existe e o qual é capaz de mover montanhas por nós, somente na Bíblia, na Sua palavra, onde uma porção explica e ajuda a entender o que se lê na outra.