ORAÇÃO, MANEIRA DE APRENDER
"POR CAUSA DISTO, TRÊS VEZES PEDI AO SENHOR QUE O AFASTASSE DE MIM"
(2 Co. 12:8)
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Certamente encontramos aqui a oração zelosa, eficaz e fervorosa, que muito pode valer em seus efeitos. (Tia. 5:16); mas ela de nada valerá, senão para ajudar na autodisciplina, se a solicitação não estiver de conformidade com uma vida dedicada. Mas, ocasionalmente, um não da parte do Senhor, é a melhor resposta às nossas orações, quando pedimos ignorantemente, por motivos egoístas ou perversos. Notemos que o apóstolo Paulo orou ao CRISTO exaltando: "...TRÊS VEZES PEDI AO SENHOR...".
CRISTO é o Senhor ressurreto, que intercede por nós - Rom. 8:34 - As orações dirigidas a JESUS CRISTO, que são uma prática legítima, ele JESUS DE NAZARÉ muito acima da categoria dos homens e dos anjos, porquanto não é legítimo orar a homens ou a anjos. A oração, que subentende que uma elevada posição cósmica e uma grande e divino poder pertencem àquele para quem oramos, sugere a legitimidade da adoração que prestamos a tal ser. Esses elementos sugerem, mesmo que não ensinem diretamente, a divindade de JESUS CRISTO.
O apóstolo via na oração um meio de modificar as coisas; e, de fato, a oração tem tal efeito. Porém, para o cristão dedicado, suas orações deve harmonizar-se com a vontade de DEUS, e por si mesmas tais orações são uma forma de submissão à vontade de Senhor. Existem certas ocorrências vinculadas ao destino que devem acompanhar necessariamente cada vida, eventos que são especialmente amoldados para treinar a alma envolvida, aos quais damos o nome de lições necessárias. Contudo, a oração pode alterar até mesmo esses acontecimentos; mas, nesse caso, será somente para detrimento daquele que assim ora, em seu próprio benefício.
Orações prejudiciais podem ser perigosas. A primeira grande regra da oração é não poder coisas alguma contrária à vontade de DEUS.
Há igualmente uma forma de oração telepática que pode produzir acontecimentos em um nível puramente humano. Se um homem orar muito, pode alterar os pensamentos daqueles que influenciam as circunstâncias, e um indivíduo, dessa maneira, pode ser capaz de responder às suas próprias orações, o que é contrário à vontade do Senhor. Sendo esse o caso, pode-se notar que a oração pode ser até mesmo perigosa, a menos que o cristão esteja resolvido a fazer a vontade de DEUS. O conhecimento sobre a vontade de DEUS, em muitos casos, é o simples desenvolvimento espiritual. A oração eficaz, nas mãos de um cristão carnal, pode ser até mesmo uma influência prejudicial; porém, nas mãos de um cristão dedicado, pode ser um poder em favor do bem.
Paulo orava intensamente; porém, não para escapar da vontade de DEUS, mas antes, para conhecê-la e poder praticá-la. E a resposta que ele aguardava não foi exatamente a resposta que obteve. Desejava livramento de sua aflição física. Não há que duvidar que argumentasse com o Senhor que poderia servi-lo com maior liberdade e eficiência se o seu corpo fosse libertado daquele problema debilitante. Mas o Senhor JESUS lhe respondeu negativamente. A sua fraqueza é que abria caminho para as manifestações do poder de DEUS.
Para essa razão, tal problema prosseguiu. É fato facilmente observável que aqueles que muito realizam são justamente aqueles que têm vencido algum grande obstáculo, de natureza física ou não. Muitos cristãos se tornam vencedores porque a sua fraqueza provoca neles a inflexível determinação de serem vencedores. Quiçá isso é o que aconteceu no caso do apóstolo Paulo.
Nas nossas orações, precisamos estar dispostos a aprender as lições necessárias.
Conta-se a história da filha de um famoso violinista, que começou a estudar violino com um estranho. Quando indagaram do pai da jovem por qual motivo ele não ensinava violino à sua própria filha, sua resposta é que ela nunca lhe tinha solicitado isso, embora ele mesmo tivesse grande desejo de ensinar-lhe tudo quanto sabia.
Em nossas orações, pois, devemos estar preparados para aprender de DEUS, e não somente para receber os seus benefícios. A oração é uma maneira de aprender, e algumas dessas lições podem ser difíceis.
O apóstolo Paulo orou por três vezes, mas a resposta sempre era dada na forma negativa. CRISTO também orou pela retirada do cálice que lhe era mister beber, mas recebeu resposta negativa. Essa resposta negativa visava o bem de toda a humanidade, embora significasse a agonia pessoal do Senhor JESUS.
"VIGIAI E ORAI, PARA QUE NÃO ENTREIS EM TENTAÇÃO; O ESPÍRITO, NA VERDADE, ESTÁ PRONTO, MAS A CARNE É FRACA". (Mat. 26:41)
FONTES: Bíblia Sagrada
Livro N.T.Interpretado
Wilson de Oliveira Carvalho
NUNCA ORE SUPLICANDO CARGAS MAIS LEVES, E SIM OMBROS MAS FORTES
(Philips Brooks)