ENCONTRO COM DEUS
Chegando a uma cidade, certo nobre, que vivia viajando de um lugar para outro, mandou que fosse amplamente divulgado o seguinte anúncio:
"Pagarei as dívidas de qualquer pessoa que venha ver-me amanhã, entre as oito e as doze horas da manhã."
Já se aproximava das onze horas, sem que nada houvesse acontecido; entretanto, algum tempo depois foi chegando timidamente um pobre homem.
Ao entrar tirou da cabeça o velho chapéu e um tanto acabrunhado disse:
- Senhor, é verdade que prometeu saldar as dívidas em geral de qualquer pessoa que nessa manhã procurasse avistá-lo?
- Sim.
Efetivamente está correta a notícia. Veio me procurar para esse fim?
Estou pronto a atendê-lo já. Quanto deve você? - falou o nobre. O homem, ainda que meio confuso com tamanha generosidade, disse do quanto era a sua dívida e o nobre preencheu e entregou-lhe um cheque, contendo o valor correspondente ao montante da dívida.
Ordenou-lhe em seguida que permanecesse ali sentado, até que soassem as doze horas.
Meia hora mais tarde chegou outra pessoa, que foi recebida e tratada da mesma maneira.
Ao badalar do grande relógio da praça, anunciando as doze horas, o nobre despediu-se dos dois, dispensando-os. Ao chegarem à rua, encontraram-se com muita gente já preparada para zombar deles, por haverem sido tão ingênuos e tão crédulos, ao ponto de caírem naquela armadilha ridícula.
Essa era a opinião da grande massa. Mas qual não foi a surpresa de todos, quando viram, nas mãos daqueles dois homens, os cheques que receberam para quitar suas dívidas.
Correram então apressadamente até à porta da casa, onde se hospedava o cavalheiro; mas, era tarde demais!
A hora determinada por ele já havia se escoado e a porta se encontrava agora fechada.
Voltaram tristes e envergonhados, por não haverem confiado na promessa do nobre.
Esse conto ilustra as condíções estabelecidas para se obter o perdão dos pecados.
E essa atitude simboliza também um dom da graça divina.
Há um tempo específico, durante o qual se encontra aberta a porta da graça.
Mas esta porta não se conservará aberta para sempre.
Chegará um tempo, quando será demasiado tarde para se alcançar a salvação de Deus. O único tempo considerado oportuno e disponível, podendo portanto ser chamado nosso, é agora - o tempo que se chama hoje.
A proclamação divina amplamente divulgada é:
"Se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações" (Hebreus 3.15).
"Por endurecerem os seus corações, desprezando a oportunidade de um encontro com Deus, é que muita gente tem partido sem Deus e sem o conforto da salvação."
(desconhecido)