PROPÓSITOS

Existe um fenômeno na natureza que abala tanto ser humano (ser que pensa e sabe) quanto animal (ser que pensa, mas que não sabe). Que mexe as estruturas emocionais tanto de crianças, quanto adultos, sejam estes emocionalmente sensíveis ou “durões”. Que causa medo nos destemidos. Que arranca as palavras dos mais eloqüentes, quando tentam explicar, mas não conseguem, o que pode vir depois deste evento. A humanidade tenta driblar este fenômeno criando uma série de recursos: medicamentos, medicina alternativa, atividade física, dietas... Mas é inevitável, a maioria dos seres humanos passarão, ou serão transpassados, por este fenômeno. Claro, estou falando da morte.

No dia 02 de novembro a igreja católica celebra o seu dia: O Dia de Todos os Mortos ou Finados. Celebra todos os que morreram, estão no limbo, ou foram esquecidas.

Esta festa era comemorada pelo povo celta (povo que habitava a região em que se localiza a Irlanda, atualmente), que a tinha no calendário. Ela acontecia no final do verão, por isso o nome “Samhain”, que, literalmente significa “Fim de Verão”. Eles acreditavam que neste dia o “mundo dos mortos” e o “mundo dos vivos” ficavam muito próximos, eles celebravam esta “comunhão”. O cristianismo (católico) adotou esta cultura a partir do encontro com este povo. Não ouvindo o imperativo de Paulo: “não vos conformeis com este mundo”- ou seja, não adotem a forma do mundo, não sejam influenciados.

Neste mesmo período (do dia 30 de outubro a 2 de novembro) é comemorado também o “Halloween”, festa originária da junção da festa de “Samhain” e a festa do dia de Todos os Santos em inglês “All Hallow’s Eve”, atualmente “Halloween”. Uma festa destinada às pessoas que morreram e não foram para o céu, ou estão esquecidas.

Sabemos que quando a vida chegar ao fim, ou seja, quando a morte chegar, devemos estar preparados para nos encontrarmos com Deus. Mas até que este dia chegue, e como não sabemos quando chegará, pois acredito que ninguém a programou, nem a marcou na agenda, mas está registrado na agenda da vida. E ela, a morte, que não faz distinção entre branco ou negro, rico ou pobre, cristão ou pagão, religioso ou ateu, dará à pessoa por ela acometida, uma nova identidade que é igual para qualquer pessoa: defunto.

Este breve histórico não é para falar de morte, mas falar de vida. A morte nos abala. E por mais que estejamos preparados espiritualmente nos arrepiamos quando pensamos na morte. Entristecemos-nos quando nos lembramos da experiência de ter perdido alguém para a morte.

Mas para que falar de morte, se estamos vivos?

No livro de Eclesiastes, no capítulo 3 Deus, através de Salomão nos diz que: “tudo tem uma ocasião própria, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.

E é sobre estes propósitos que quero falar.

Quais são seus propósitos? O que você pensa em fazer até o final deste ano? Quais são seus alvos para o próximo ano? E pro seguinte? Quais são seus propósitos até o final de sua vida? Já pensou nisso?

A bíblia nos narra a história de muitas pessoas que tiveram um propósito e mantiveram firmes neles, até vê-los cumpridos.

Jacó tinha um propósito, em Gênesis capítulo 28, a partir do versículo 20 diz:

“Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes para vestir, de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o Senhor for o meu Deus, então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”.

Mas à frente ele tem outro propósito, sem se esquecer do primeiro: casar-se com Raquel: “sete anos te servirei para ter a Raquel, tua filha mais moça” (Gen. 29 - 18). Jacó trabalhou 14 anos para poder se casar com Raquel.

Os seus propósitos se cumprirão, meu querido, minha querida, mesmo que leve 14 (árduos) anos, se este estiver em consonância com a vontade de Deus.

Anos mais tarde Jacó ouve de Deus: “levanta-te, pois, sai-te desta terra e volta para a terra da tua parentela” (Gen. 31 – 31).

Outros exemplos de propósito e de perseverança estão registrado no livro de Mateus, no capítulo 8, dos versículos de 1 à 4, “A Cura de Um Leproso”, do versículo 5 à 13, “O Centurião de Cafarnaum”. E tantos outros... Tanto no Velho como no Novo Testamento.

O salmista Davi disse que tinha um propósito: Salmo 27 – 4: “Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo”. E, em seguida afirma: “Espera tu pelo Senhor, anima-te, e fortalece o teu coração; espera, pois, pelo Senhor”.

Mas não nos esqueçamos de uma coisa:

Devemos nos alegrar, acima de tudo, por temos nossos nomes escritos nos céus (Lucas 10 – 20).

E, em tudo, não nos esqueçamos, não somos dignos da menor de todas as beneficências e de toda a fidelidade que Deus tem usado para conosco (Gen. 32 – 10).

Então, boa vida, bons planos e sucesso!