Estórias de púlpitos- O perdão

Perdoar é uma das coisas mais difíceis de se fazer. O Pastor Evaldo Marciano Alves sempre contava a estória de dois irmãos que moravam na roça e todos os dias de cultos iam juntos á igreja na cidade.

Num sábado, culto de ceia, ia os dois cantando hinos alegremente como faziam os crentes do passado, quando uma cobra passou rastejando rapidamente pela estreita estrada em que caminhavam.

Já era de tardezinha, com o sol quase se pondo e a pouca luz atrapalhou a visão deles.

- É um a cascavel, disse um.

- Não! Uma jaracuçu retrucou o outro.

Iniciou-se uma discussão sobre que cobra era aquela, que quase termina em briga.

Não se falaram mais; chegaram à igreja separados; não sentaram juntos e não participaram da ceia, como era de se esperar.

O pastor notou a atitude dos dois de não participarem da ceia e mais ainda de irem embora um depois do outro. Esperou uma semana e foi conversar com eles

Soube da estória, passou-lhes um sermão sobre amar o próximo, renuncia, comunhão, salvação etc. e da bobagem de se brigar para saber de que tipo era uma cobra que não era outra senão o próprio Satanás. Pediu que se perdoassem no que foi prontamente atendido pelos dois, não sem uma ressalva de um deles:

- Eu perdôo, mas que era uma cascavel, isso era!

Lá foi o pastor começar de novo e ensinar aos dois irmãos que o perdão não impõe condições, regras, não há vencedores ou vencidos, não guarda magoas, ressentimentos.

Uma sábia lição para os dias de hoje!