LITURGIA DA PALAVRA (Missa do próximo domingo dia 20 setembro 2009

LEITURAS QUE SERÃO PROFERIDAS NO MUNDO TODO NAS CELEBRAÇÕES DAS SANTAS MISSAS NO PRÓXIMO DIA 20/09/2009

FONTE: www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

Irmãos e irmãs, no próximo domingo é o “Dia Nacional da Bíblia”. Por isso, queremos mais uma vez despertar a comunidade para o conhecimento e o amor à Palavra de Deus, revelada nas Sagradas Escrituras. Elas nos dão conta daquilo que Jesus fala aos discípulos: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”. A fé no Ressuscitado leva-nos a colocar nossas vidas a serviço dos irmãos e irmãs, sobretudo, dos mais necessitados. Cantando, iniciemos nossa celebração.

***

Jesus propõe a Cruz como caminho de salvação e apresenta a criança como inspiração de vida. Ouçamos com atenção.

PRIMEIRA LEITURA (Sb 2,12.17-20)

Leitura do Livro da Sabedoria

Os ímpios dizem:

2,12 ”Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda:

ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as

transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa

disciplina.

17 Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e comprovemos o

que vai acontecer com ele.

18 Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o

livrará das mãos dos seus inimigos.

19 Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua

serenidade e provar a sua paciência;

20 vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com

suas palavras, virá alguém em seu socorro”.

– Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus.

SEGUNDA LEITURA (Tg 3,16-4,3)

Leitura da Carta de São Tiago

Caríssimos:

3,16 Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda

espécie de obras más.

17 Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo,

pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de

misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem

fingimento.

18 O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que

promovem a paz. De onde vêm as guerras?

4,1 De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das

paixões que estão em conflito dentro de vós?

2 Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas

não con­seguis êxito. Brigais e fazeis guer­ra, mas não conseguis

possuir. E a razão está em que não pedis.

3 Pe­dis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis

esbanjar o pedido nos vossos prazeres.

- Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO

(= faixa 10, CD “Liturgia VI”)

Aleluia, Aleluia, * Aleluia, Aleluia (bis)

Eu te louvo, ó Pai Santo * Deus do céu, Senhor da terra:

* os mistérios do teu reino aos pequenos, * Pai, revelas!

EVANGELHO (Mc 9, 30-37)

P. O Senhor esteja convosco.

T. Ele está no meio de nós.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.

T. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo,

30 Jesus e seus discípulos atravessavam a Galiléia. Ele não queria que

ninguém soubesse disso,

31 pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do

Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão.

Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.

32 Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras 0e tinham

medo de perguntar.

33 Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-

lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”

34 Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido

quem era o maior.

35 Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser

ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a

todos!”

36 Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e

abraçando-a disse:

37 ”Quem acolher em meu nome uma destas crianças,

é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo,

não a mim, mas àquele que me enviou”.

– Palavra da salvação.

T. Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIO

No Evangelho de hoje Jesus nos fala dos verdadeiros valores do Reino de Deus. Jesus está a caminho de Jerusalém, não para conquistar um reino deste mundo, mas para dar a sua própria vida.

No entanto, seus discípulos não conseguiam entender essa dura realidade. Não só os apóstolos, mas todo povo tinha uma idéia totalmente errada sobre Jesus. Ninguém conseguia entender porque Jesus tinha que ser entregue aos inimigos e morto por eles.

Os discípulos não entendiam as palavras de Jesus e tinham medo de pedir-lhe explicações. É fácil entender porque não o compreendem; o tipo de Messias anunciado por Jesus está muito longe daquele imaginado pelo povo.

Os doutores da lei ensinavam que o Filho de Deus não morreria jamais, que triunfaria sobre todos inimigos... como então aceitar uma derrota e, o que é pior, aceitar a sua morte?

O evangelista faz questão de observar que os apóstolos não tinham coragem de fazer nenhuma pergunta, nem sugerir mudanças. Certamente não o faziam, pois conheciam muito bem o Mestre, sabiam que Jesus falava sério e não aceitava desviar-se, nem um milímetro, dos planos traçados pelo Pai.

Quantas vezes nos fazemos de desentendidos ou não queremos entender as propostas de Jesus. Lutamos por colocar em evidência as nossas propostas de vida e de interpretação do evangelho, conforme nossos interesses.

Quantas vezes agimos exatamente como os discípulos de Jesus. Com tantas coisas para nos preocuparmos, e ficamos nos questionando quem será o primeiro, quem é o maior no trabalho, no lar, na comunidade, nos movimentos e pastorais?

A tentação do prestígio e do poder é tão forte que se manifesta em todos os lugares, por isso pode se manifestar, até mesmo, na Igreja e nos ambientes mais santos que conhecemos. Esquecemos que a autoridade, a liderança, tem que ser manifestada através do serviço, através de obras.

Jesus nos mostra que no Reino de Deus, os valores são invertidos. O maior é o menor. O primeiro é o último, é aquele que se coloca a serviço dos irmãos. A autoridade só pode ser reconhecida se for útil para a comunidade.

Colocar-se em último lugar, como manda Jesus, não significa esconder-se, fugir dos compromissos sociais e religiosos, muito menos fechar os olhos ou fingir que não vê as falcatruas e injustiças do dia a dia.

A característica do seguidor de Jesus é a humildade. Colocar-se em último lugar é a atitude do cristão que entendeu a mensagem do Mestre e a traduz com transparência em sua própria vida.

jorgelorente@ig.com.br - 20/setembro/2009

Antônio Oliveira
Enviado por Antônio Oliveira em 14/09/2009
Reeditado em 15/09/2009
Código do texto: T1809118