O que fazer quando o cansaço chega?

Escrito em 17/08/2009, às 22h.

Não é depois de uma severa jornada que vem o pior cansaço ao trabalhador.

O desgaste que tantas vezes o aflige não vem somente depois de uma viagem de negócios do exterior.

Aquela incômoda dor lombar que aparece ao se levantar não foi produzida pelos movimentos de afagos e abraços em sua mulher amada em uma noite de delícias.

Os longos anos de trabalho e as constantes viagens nas noites frias e perigosas saindo de casa pelas madrugadas enfrentando a violência noturna do Rio de Janeiro bem que poderia ser o maior culpado.

As noites em claro ou em claro à espera dos filhos que saíram para uma festa e não regressaram no mesmo dia, talvez pudessem abocanhar a maior fração de culpa pelo cansaço de um chefe de família, mas ainda não é a principal fonte promotora de fadiga.

Existem situações que cansam, enfadam, faz desfalecer, humilha e consegue deixar um homem à beira de perder o bem mais precioso que um home natural tem: a esperança.

Os guardiões da língua dizem que esperança é a confiança em conseguir o que se deseja.

Negócios complicados, relacionamento conjugal, o trabalho duro, o perigo urbano, o zelo paterno ou qualquer outra coisa hedionda, são agentes naturais promotores de cansaço sim, mas sempre são atenuados quando se tem esperança.

A esperança deve permanecer na vida de um homem e sobressair sobre quaisquer valores humanos.

A esperança deve ser sim, sempre a última coisa a sucumbir; deve ser posicionada tão adiante que se associe com a hora final.

A esperança é como uma lente fotocromática. Dá descanso, protege contra os raios da cobrança e corrige a visão para que os projetos ainda não realizados, por mais complexos é utópicos que pareçam possam ser realizados.