O Amor de Deus

 

            Deus nos ama porque simplesmente Deus é Amor, e sendo Amor, não tem como não amar. No entanto, o Amor de Deus, não é da maneira como concebemos, isto é, um amor que exige reciprocidade, pelo contrário, amor é amar simplesmente porque ama, e assim permitir ao homem total liberdade, sem necessidade de impor condições para se amar.

            Certamente, iríamos perguntar: como amar assim? Então as pessoas podem ser o que quiserem ser? E viverem segundo seus pensamentos e vontades? Pois bem, amar não significa ser omisso, ou não permitir que as pessoas sofram as conseqüências dos atos praticados. Uma mãe ama seu filho, porém, se ele comete erros, acaba sofrendo as conseqüências, e tais conseqüências são segundo os erros cometidos.

            Deus está como aquele Pai da parábola do filho pródigo. Está sempre na espera da volta de seu filho, que pega seus bens – que é a liberdade – e sai pelo mundo, mas que em determinado momento se vê preso, numa prisão que destrói seu corpo, seu emocional, como sai destruindo tudo e todos que estão a sua volta. No entanto, em determinado momento, percebe que é hora de voltar e é recebido pelo Pai de braços abertos e com festa. Enfim, este é o que chamamos de Amor de Deus.

            Quem ama, como foi dito acima, dá a liberdade ao seu amado, ainda que saiba que tal liberdade irá provocar sofrimento. Mesmo sabendo, que esta liberdade pode lhe tirar sua própria vida. Quem ama dá a liberdade para que a pessoa possa aprender com seus próprios erros sem intromissão, pois quando se está obstinado não se dá ouvidos mesmo.

            O Amor se descobre pelo amor, ainda que esta descoberta venha pela dor. Quanto mais nos sentimos amados, ainda que não mereçamos, mas sentimos a presença do Amor. É assim, o amor de Deus. Por mais que alguém seja pecador; por mais que uma pessoa não mereça ser amada pela sua vida de erros. Enfim, todo aquele que  recorre a Ele, tem a certeza do acolhimento.

            Portanto, não há o que temer em se aproximar de Deus, por mais pequeno que possa se sentir Seu amor será grande e terno para acolher. No entanto, é preciso que sejamos conscientes, que todos nossos atos têm conseqüências e que, certamente acabamos tendo que enfrentá-las, não há como fugir delas. No entanto, estas conseqüências a partir da experiência com Deus nos fortalecem ainda mais, pois de certa maneira, servem  para que ao sentí-las ou vivê-las nos faça um pouco colaborares na redenção de Cristo. 

Revisão:
Vera Lucia Cardoso

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 15/06/2009
Reeditado em 15/06/2009
Código do texto: T1650859