Quem é Jorge?
Tenho dito esse nome com uma freqüência gigante. Troco o nome das pessoas, na verdade de uma só, e nessa troca é o dele que aparece.
Jorge tem se sobressaído e nem sequer o conheço, a não ser um primo do meu pai que nem aqui no Brasil mora, está pra lá do oceano.
Nem percebo quando chamo por seu nome e passei a chamá-lo há exatos dois meses, mas você não aparece.
Quando caminho pelas ruas, a caminho de casa ou do trabalho, chego a sentir que se aproximará; paro e espero por você, quando olho para trás você já se foi, sem ao menos me tocar.
Mas será que estavas?
Jorge, tens feito uma tremenda confusão em mim...
E agora, olha! Já não estou falando de você à alguém, estou falando com você, pra você sobre você mesmo.
Você me ouve Jorge? Quem és tu afinal? O que queres?
Alguém me ouve?
E então Jorge, você está aí?
(Talvez esteja para além de mim...)