Contraste. Brasil e Africa
Escrito em 19/05/2009
Ouvindo como fundo musical a maravilhosa e abençoada voz da cantora Fernada Brum que cantava um hino que fala do clamor das Nações, passei a navegar na Internet para avivar o meu ardor missionário e ver a situação presente do Continente africano. Assisti apenas alguns minutos de filmes no Youtube e vi nas áreas de extrema pobreza da África tantas diferenças que resolvi escrever sobre o contraste entre o nosso nós e os sofredores africanos.
Minha percepção foi a seguinte:
Enquanto somos lentos para ajoelhar para buscar o Pai celestial que nós dá o sustento; eles andam de joelhos por não terem mais forças para andar ereto;
Enquanto escolhemos a qualidade e cor da tela de nylon que queremos comprar para evitar a entrada de insetos na sua casa; eles estão nus e completamente cobertos de mosquitos;
Enquanto não jejuamos porque não resistimos ficar um tempo sem se alimentar; eles jejuam porque não tem o que comer;
Escolhemos o tipo de colchão para dormir; eles deitam na areia, na poeira, do capim, no chão e não conhecem colchão;
O nosso bebê dorme somente depois de comer; os filhinhos deles dormem por desnutrição;
Quando chega o fim da vida do nosso ente querido, os agentes funerários nos importunam oferecendo o serviço com apresentação de modelos de caixão e o tipo de sepultamento; por lá eles são enterrados nus e muitos outros nem enterrados são, aonde as forças acabam ficam em plena superfície para serem comidos pelos urubus;
Quando morremos, somos enterrados identificados; lá eles só têm o nome que a família conheceu e não têm o privilégio de covas individuais, são lançados como se enterra animais contaminados no mesmo buraco;
Quando há um confronto armado contra a sociedade, vemos pessoas espalhadas e mortas pelo chão; lá, eles morrem espalhados porque saem à procura de comida, não a encontraram e caem tombados pela fome;
Quando nos encontramos com gordura localizada procuramos logo uma dieta ou serviços especializados; lá eles são magros porque não têm nada para se alimentar;
Despimo-nos diante de outras pessoas quando somos atletas ou usamos banheiros coletivos; lá eles estão nus não têm nenhuma roupa;
Nós escolhemos o material e modelo do prato que queremos comprar para a nossa mesa de jantar; por lá eles muitas vezes comem no chão;
Quando internamos um familiar, fazemos queixa à direção do hospital por um atendimento inadequado; lá, num posto de saúde de campanha, uma mangueira de jardim pode ser usada para inserir soro no doente;
Dormir para nós é um momento de descanso para repor as energias para mais um dia de trabalho; eles muitas vezes dormem tão fracos que não mais acordam;
As nossas crianças brincam de virar os olhos como recreação; lá eles viram os olhos indicando doença, desespero e agonia;
Quando vemos uma criança com a cabeça grande costumamos dizer que é um inteligente; lá, as criancinhas aparentam ter a cabeça, mas na verdade a desproporcionalidade é pelo aspecto esquelético de seus corpinhos;
Para nós uma mão na cabeça representa uma preocupação ou pose para fotografia; lá eles podem estar usando-as para apoiar a cabeça que insiste em querem tombar;
A cor cinza da nossa roupa é uma opção; lá a roupa é cinza da sujeira da terra que de tão pobre não tem cor;
As nossas crianças raspam as cabeças por religião, opção, moda ou imitação a quem admira; os meninos pobres da África raspam a cabeça para se livrarem dos piolhos;
Os nossos meninos podem escolher o que querem beber; lá, quase sempre não tem sequer uma gota de água potável;
Aqui, um menino de três anos quando é dengoso pede a sua mãe para servi-lo a boca; lá eles não têm forças para comer sozinhos;
Campanhas de prosperidade são feitas pela TV pedindo a Deus libere a saca de praia a caminhoneta e a promoção no emprego; lá eles fazem preces contínuas pedindo ao Céu apenas uma porção diária de alimento;
Aqui as demoramos na fila, mas há carne para todos; lá eles ficam em intermináveis filas de espera e muitas vezes se transforma em fila da morte.
Minha oração: SENHOR! Sozinho eu sou completamente incapaz. Ajuda-me; Tu sabes de todas as coisas.
EU DEPENDO DA GRAÇA DE DEUS.