OLHES...
Olhes para o horizonte, ao nascer e ao se pôr do sol,
Mesmo que nada vejas, me verás, e nem o negror da noite
Ante seus olhos me oculta.
Eu sou seu EU, seu você SOU, SOU nós dois, EU e você,
EU criei a terra, ela te gerou, seu criador SOU EU e você é
A criatura que a terra gerou sob minhas ordens.
Para afins tantos, és o homem, que me desafia, enquanto se trucida
Num mar de teimosia, até o pescoço, mergulhado,
Não te afogo no sufôco, porque, isso a você não quero,
Meu fiho és e não quero jamais que morras,
E, apesar de tudo, te reservo o paraíso eterno
Como merecida herença.
Para tanto, basta-me a mim aliar-se, aceitando a aliança
A você feita a séculos atrás através do dilúvio,
Que inundou seu mundo, mas, me arrependi
De tê-lo feito acontecer, e um sinal de meu perdão
Colquei-o feito diadema multicôr no céu que te cobre.
Enquanto veres o arco-iris, após uma tempestade,
E no ressurgir do sol, minha aliança, contigo, mantida sendo está.