LITURGIA DA PALAVRA (Leituras que serão proferidas nas cerimônias de 6ª Feira Santa 2º dia do "Triduo Pascal")

ANIMADOR:

Enquanto Servo Sofredor, foi profetizado que o Messias seria golpeado até morrer e seu sofrimento seria o preço da paz, e suas ferida, o preço da cura da humanidade. Tudo isto foi realizado pela Paixão de Jesus, que hoje celebramos com o coração quebrantado.

PRIMEIRA LEITURA (Is 52, 13-15.53,1-11)

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

13 Ei-lo, o meu Servo será bem sucedido; sua ascensão será ao mais

alto grau.

14 Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão desfigurado

ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano –15 do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante

dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi

narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram.

53,1 “Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado

reconhecer a força do Senhor?

2 Diante do Senhor ele cresceu

como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha

beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos

agradasse.

3 Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de

dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto;

tão desprezível era, não fazíamos caso dele.

4 A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria,

ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado,

golpeado por Deus e humilhado!

5 Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por

causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da

nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura.

6 Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual

seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de

todos nós.

7 Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro

levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam,

ele não abriu a boca.

8 Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se

preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo

dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até

morrer.

9 Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque

ele não praticou o mal, nem se encontrou falsidade em suas

palavras.

10 O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em

expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com

êxito a vontade do Senhor.

11 Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita.

Meu servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre

si suas culpas. 12Por isso, compartilharei com ele multidões e ele

repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou

o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na

verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos

pecadores.

- Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus.

SEGUNDA LEITURA (Hb 4,14-16;5,7-9)

Leitura da Carta aos Hebreus

Irmãos:

14 Temos um Sumo Sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o

Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que

professamos.

15 Com efeito, temos um Sumo Sacerdote capaz de se compadecer

de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como

nós, com exceção do pecado.

16 Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça,

para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um

auxílio no momento oportuno.

5,7 Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas,

com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da

morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus.

8 Mesmo

sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por

aquilo que ele sofreu.

9 Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação

eterna para todos os que lhe obedecem.

- Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (Fil.2) (HL2, p.189)

Salve, ó Cristo obediente! Salve, amor onipotente,

que te entregou à cruz e te recebeu na luz!

O Cristo obedeceu até a morte,

humilhou-se e obedeceu o bom Jesus,

humilhou-se e obedeceu, sereno e forte,

humilhou-se e obedeceu até a cruz.

Por isso o Pai do céu o exaltou,

exaltou-o e lhe deu um grande nome,

exaltou-o e lhe deu poder e glória,

diante dele céus e terra se ajoelhem!

EVANGELHO (Jo 18, 1-19,42)

Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo João.

LEITURAS PROFERIDAS PELEO CELEBRANTE, LEITOR 1, LEITOR 2, ÇEITOR 3 E PARTICIPAÇÃO DO POVO.

L1: Naquele tempo,

1 Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do

Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os

discípulos.

2 Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus

costumava reunir-se aí com os seus discípulos.

3 Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns

guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com

lanternas, tochas e armas.

4 Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao

encontro deles e disse:

PADRE: “A quem procurais?”

L1: 5 Responderam:

TODOS: “A Jesus, o Nazareno.”

L1: Ele disse:

PADRE: “Sou eu.”

L1: Judas, o traidor, estava junto com eles.

6 Quando Jesus disse “sou eu”, eles recuaram e caíram por

terra.

7 De novo lhes perguntou:

PADRE: “A quem procurais?”

L1: Eles responderam:

POVO: “A Jesus, o Nazareno.”

L1: 8 Jesus respondeu:

PADRE: “Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então

deixai que estes se retirem.”

L1: 9 Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: “Não perdi

nenhum daqueles que me confiaste”.

10 Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o

servo do Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome

do servo era Malco.

11 Então Jesus disse a Pedro:

PADRE: “Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o

Pai me deu?”

L1: 12 Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus

prenderam Jesus e o amarraram.

13 Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o

Sumo Sacerdote naquele ano. Foi Caifás que deu aos judeus o

conselho:

L2: “É preferível que um só morra pelo povo”.

L1: 15 Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse

discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus

no pátio do Sumo Sacerdote.

16 Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era

conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a

encarregada da porta e levou Pedro para dentro.

17 A criada que guardava a porta disse a Pedro:

L3: “Não pertences também tu aos discípulos desse homem?”

L1: Ele respondeu:

L4: “Não”.

L1: 18 Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam

se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-

se.

19 Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de

seus discípulos e de seu ensinamento.

20 Jesus lhe respondeu:

PADRE: “Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no

Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às

escondidas.

21 Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles

sabem o que eu disse.”

L1: 22 Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-

lhe uma bofetada, dizendo:

L2: “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?”

L1: 23 Respondeu-lhe Jesus: P: “Se respondi mal, mostra em quê;

mas, se falei bem, por que me bates?”

L1: 24 Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o Sumo

Sacerdote.

25 Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:

L3: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?”

L1: Pedro negou:

L4: “Não!”

L1: 26 Então um dos empregados do Sumo Sacerdote, parente

daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:

L3: “Será que não te vi no jardim com ele?”

L1: 27 Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo

cantou.

28 De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã

cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem

impuros e poderem comer a Páscoa.

29 Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:

L2: “Que acusação apresentais contra este homem?”

L1: 30 Eles responderam:

TODOS: “Se não fosse malfeitor, não o teríamos

entregue a ti!”

L1: 31 Pilatos disse:

L2: “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa

Lei.”

L1: Os judeus lhe responderam:

TODOS: “Nós não podemos condenar ninguém à morte.”

L1: 32 Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que

morte havia de morrer.

33 Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e

perguntou-lhe:

L2: “Tu és o rei dos judeus?”

L1: 34 Jesus respondeu:

PADRE: “Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto

de mim?”

L1: 35 Pilatos falou:

L2: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te

entregaram a mim. Que fizeste?”

L1: 36 Jesus respondeu:

PADRE: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste

mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse

entregue aos judeus. Mas o meu reino não é

daqui.

L1: 37 Pilatos disse a Jesus:

L2: “Então tu és rei?”

L1: Jesus respondeu:

PADRE: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto:

para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da

verdade escuta a minha voz.”

L1: 38 Pilatos disse a Jesus:

L2: “O que é a verdade?”

L1: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes:

L2: “Eu não encontro nenhuma culpa nele.

39 Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte

um preso. Quereis que vos solte o rei dos judeus?”

L1: 40 Então, começaram a gritar de novo:

TODOS: “Este não, mas Barrabás!”

L1: Barrabás era um bandido.

19,1 Então Pilatos mandou flagelar Jesus.

2 Os soldados teceram uma coroa de espinhos e puseram na cabeça

de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho,

3 aproximavam-se dele e diziam:

TODOS: “Viva o rei dos judeus!”

L1: E davam-lhe bofetadas.

4 Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:

L2: “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum.”

L1: 5 Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:

L2: “Eis o homem!”

L1: 6 Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:

TODOS: “Crucifica-o! Crucifica-o!”

L1: Pilatos respondeu:

L2: “Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele

crime algum.”

L1: 7 Os judeus responderam:

TODOS: “Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer,

porque se fez Filho de Deus.”

L1: 8 Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo

ainda.

9 Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:

L2: “De onde és tu?”

L1: Jesus ficou calado.

10 Então Pilatos disse:

L2: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te

soltar e autoridade para te crucificar?”

L1: 11 Jesus respondeu:

PADRE: “Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te

fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem

culpa maior.”

L1: 12 Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus

gritavam:

TODOS: “Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele

que se faz rei, declara-se contra César.”

L1: 13 Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e

sentou-se no tribunal, no lugar chamado “Pavimento”, em

hebraico “Gábata”.

14 Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia.

Pilatos disse aos judeus:

L2: “Eis o vosso rei!”

L1: 15 Eles, porém, gritavam:

TODOS: “Fora! Fora! Crucifica-o!”

L1: Pilatos disse:

L2: “Hei de crucificar o vosso rei?”

L1: Os sumos sacerdotes responderam:

TODOS: “Não temos outro rei senão César.”

L1: 16 Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o

levaram.

17 Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar

chamado “Calvário”, em hebraico “Gólgota”.

18 Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no

meio.

19 Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz;

nele estava escrito: “Jesus, o Nazareno, o Rei dos

judeus”.

20 Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que

Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava

escrito em hebraico, latim e grego.

21 Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:

TODOS: “Não escrevas 'o Rei dos Judeus', mas sim o que ele disse: 'Eu sou o Rei dos judeus' ”.

L1: 22 Pilatos respondeu:

L2: “O que escrevi, está escrito.”

L1:23 Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua

roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à

túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto a

baixo.

24 Disseram então entre si:

TODOS: “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de

quem será.”

L1: Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as

minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim

procederam os soldados.

25 Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua

mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena.

26 Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava,

disse à mãe:

PADRE: “Mulher, este é o teu filho.”

L1: 27 Depois disse ao discípulo:

PADRE: “Esta é a tua mãe.”

L1: Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.

28 Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para

que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:

PADRE: “Tenho sede.”

L1: 29 Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma

esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30 Ele tomou o vinagre e disse:

PADRE: “Tudo está consumado.”

L1: E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

(Todos se ajoelham um instante).

L1: 31 Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam

evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado,

porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a

Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os

tirasse da cruz.

32 Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do

outro que foram crucificados com Jesus.

33 Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não

lhe quebraram as pernas;

34 mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu

sangue e água. 35Aquele que viu, dá testemunho e seu

testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para

que vós também acrediteis.

36 Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que

diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”.

37 E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que

transpassaram”. 38Depois disso, José de Arimatéia, que era

discípulo de Jesus – mas às escondidas, por medo dos judeus –

pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu.

Então José veio tirar o corpo de Jesus.

39 Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de

noite encontrar-se com Jesus. Trouxe uns trinta quilos de

perfume feito de mirra e aloés.

40 Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os

aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar. 41 No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no

jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido

sepultado.

42 Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava

perto, foi ali que puseram Jesus.

– Palavra da salvação.

T. Glória a vós, Senhor.

Antônio Oliveira
Enviado por Antônio Oliveira em 05/04/2009
Reeditado em 05/04/2009
Código do texto: T1524434